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Um novo horizonte para a produção orgânica.

Em Arataca, no sul da Bahia, é feito o “chocolate rebelde”. Produzido por 55 famílias em um assentamento do Movimento Sem Terra localizado em meio a grandes propriedades exportadoras de cacau, o chocolate Terra Vista levou oito anos para ganhar a certificação de “orgânico”, que indica um cultivo sem agrotóxicos e com técnicas sustentáveis. O longo e penoso período dificulta, e pode até inviabilizar, a criação de novos produtos orgânicos para o mercado brasileiro, especialmente no caso de pequenos produtores.

Cientistas pedem a suspensão dos transgênicos em todo o mundo.

Carta aberta de cientistas de todo o mundo a todos os governos sobre os organismos geneticamente modificados (OGM). Os cientistas estão extremamente preocupados com os perigos que os transgênicos representam para a biodiversidade, a segurança alimentar, a saúde humana e animal, e, portanto, exigem uma moratória imediata sobre este tipo de cultivo em conformidade com o princípio da precaução.

A armadilha do PET, artigo de Norbert Suchanek.

Foi na última semana, quando uma amiga me enviou uma foto de seu quintal de permacultura, e com orgulho ela escreveu: “Olha estou reciclando garrafas de PET, utilizando no viveiro para as minhas plantinhas.” A minha amiga se acha ecologicamente correta e consciente, mas sem querer ela entrou na armadilha da grande indústria do plástico e do petróleo.

Agricultura familiar é protagonista na produção de alimentos saudáveis.

A vida corrida e agitada levada por grande parte dos brasileiros faz com que poucos se preocupem com a alimentação saudável. Em virtude disso, o número de pessoas com problemas de saúde, como diabetes, hipertensão e colesterol alto tem crescido assustadoramente. Além disso, no Brasil, mais de 65 milhões de pessoas – 40% da população – estão com excesso de peso, enquanto 10 milhões são considerados obesos, segundo dados da Associação Médica Brasileira (AMB).

Como Devolver os Minerais para o Solo e os Alimentos.

Se estivermos comendo alimentos processados, estaremos então sendo expostos a herbicidas tóxicos que, face miríades de evidências, demonstram ser meios de promoção de doenças crônicas. A contínua depleção de minerais em alimentos está relacionada à progressiva implementação de práticas agrícolas como a mecanização agrícola, fertilizantes pesadamente nitrogenados e ao emprego de agrotóxicos—todos agressores dos solos.

Grã-Bretanha lança megaestudo para avaliar riscos de celular a crianças.

A Grã-Bretanha está lançando uma ampla pesquisa para averiguar se celulares e outras tecnologias sem fio afetam o desenvolvimento mental de crianças. O estudo – financiado por governo e indústria – vai monitorar 2.500 crianças de 11 e 12 anos. Testes de sua capacidade cognitiva – como habilidades de pensamento, memória e atenção – serão feita e, depois, repetidos em 2017 para comparação.

Chorume de aterro sanitário: por que o tratamento deve ser uma prioridade?

Localidades que têm como intuito servir para a deposição ou descarte de resíduos sólidos urbanos, os aterros sanitários são a evolução da antiga prática de aterramento, buscando acomodar detritos no solo no menor espaço possível e causar o mínimo impacto ao meio e à saúde pública. Tais preocupações não são em vão: ainda que sejam o método sanitário mais simples para destinação final de resíduos urbanos, os aterros muitas vezes são alvos de críticas por não terem como meta a reciclagem ou tratamento dos materiais presentes no lixo, altamente poluentes para o ecossistema e nocivos ao ser humano.

A segunda revolução verde e o combate à fome.

Novas formas de produção de alimento estão sendo desenvolvidas. Algumas são resistentes às inundações, outras às secas, às salinidades ou aos calores extremos, problemas enfrentados pelos pequenos e pobres produtores (nota do site – apesar de todas as mazelas que a agroquímica vem trazendo à sobrevivência tanto física como econômica da humanidade, o discurso continua ufanista, desenvolvimentista e com profunda abertura para a tecnocracia representada das imensas transnacionais e do agronegócio. Quem será que ‘apoiou’ a elaboração deste artigo?).

Com o selo da Reforma Agrária, assentamentos plantam e colhem de tudo pelo país.

Seu Antônio carpina a terra. São 60 anos de experiência – aos 8, começou a ajudar os pais. Já foi meeiro, hoje é assentado. “Nunca trabalhei empregado em firma”, conta Antônio Paulino Santo, que trabalha na Agrovila III, uma área de assentamentos em Itapeva, no sudoeste paulista, a 270 quilômetros da capital e já perto da divisa com o Paraná. Sete agrovilas espalhadas na região reúnem 450 famílias, aproximadamente 1.800 pessoas, em 17.000 hectares. Em todo o país, há 54 cooperativas produzindo, segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), que completa 30 anos neste 2014. A produção é diversificada, de itens in natura a beneficiados. Parte vem de cooperados, parte de produtores individuais.