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MPF/MT denuncia 27 por desmatamento em terra indígena e cobra R$ 42 mi para reflorestamento.

Custo de R$ 42 milhões para o reflorestamento dos 10 mil hectares da área está sendo cobrado dos donos das fazendas constituídas ilegalmente dentro da Terra Indígena Marãiwatsédé. Vinte e sete pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal no Mato Grosso (MPF/MT) por invadir a Terra Indígena Marãiwatsédé, desmatar a área e impedir a recuperação natural de 10 mil hectares de vegetação nativa. Os denunciados são responsáveis por fazendas constituídas dentro da área demarcada e homologada, desde 1998, como território de ocupação tradicional da etnia Xavante, na região noroeste de Mato Grosso.

Liderança terena é baleada na perna depois de sofrer terceiro atentado em menos de um ano.

O indígena Paulino Terena acabou baleado na perna direita depois que homens não-identificados atacaram a tiros, na madrugada desta segunda-feita, 19, a aldeia e a casa onde ele vive com a família. O terena é liderança da retomada Pillad Rebuá, território indígena localizado no município de Miranda, no Mato Grosso do Sul (MS), região do Pantanal, foco de conflito agrário. Este é o terceiro atentado sofrido pelo indígena em menos de um ano.

Nota de docentes e discentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e de Pelotas em Apoio ao Povo Kaingang.

Nós, enquanto do corpo discente do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), juntamente com professores e pesquisadores que participaram e/ou apoiaram a elaboração deste documento, vinculados ao Laboratório de Arqueologia e Etnologia (LAE-UFRGS), ao Núcleo de Antropologia das Sociedades Indígenas e Tradicionais (NIT-UFRGS), ao Núcleo de Antropologia e Cidadania (NACI-UFRGS), e ao Núcleo de Etnologia Ameríndia (NETA) da Universidade Federal de Pelotas viemos por meio desta nota manifestar nosso repúdio à prisão de cinco indígenas kaingang na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul, dentre eles o cacique da aldeia Kandóia-Votoro (município de Faxinalzinho), Deoclides de Paula, ocorridas no dia 09 de maio.

Acusamos o governo de violar a Constituição e tornar-se cúmplice dos crimes contra os índios´, Dom Erwin Kräutler.

O episódio que levou o cacique Babau Tupinambá a ser mantido sob custódia da Polícia Federal, em Brasília (DF), onde quatro mandados de prisão impediram a liderança de viajar ao Vaticano para encontro com o papa Francisco, representa para Dom Erwin Kräutler, bispo da Prelazia do Xingu, em Altamira (PA), e presidente do Cimi, a necessidade de ser conservada a aparência ´de um Brasil sensível à causa dos povos autóctones. As aparências de que o Brasil é um estado de direito que honra a sua Carta Magna precisam ser mantidas’. Babau faria denúncias de violações aos direitos indígenas no exterior.

Prisão de cacique opõe CNBB a governo.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), órgão máximo da Igreja Católica no país, diz estar mais do que decepcionada e irritada com um gesto entendido como censura do governo da presidente Dilma Rousseff à denúncia que seria feita ontem, ao papa Francisco, sobre a situação dos povos indígenas brasileiros.

Número de famílias despejadas em 2013 cresce 76% na Amazônia.

Barragens para usinas hidrelétricas, mineração, grilagem de terras, extração de madeira e monoculturas (pecuária, soja, dendê, eucalipto) avançam sobre terras indígenas, quilombolas e de outras comunidades camponesas. A Amazônia continua sendo considerada colônia, fonte de recursos naturais a serem explorados pelo resto do Brasil e do mundo. Na Amazônia, em 2013, se concentraram 20 dos 34 assassinatos, 174 das 241 pessoas ameaçadas de morte, 63 dos 143 presos, e 129 dos 243 agredidos em conflitos no campo no Brasil.

A extração de recursos naturais contra os direitos dos indígenas e do meio ambiente.

O jornalista Benjamin Dangl, que já acompanhou movimentos sociais e a política em toda a América Latina, durante mais de uma década, embora reconheça os avanços da esquerda na região, considera que “enquanto a marcha para o progresso continua de muitas formas, e os anos eleitorais vão e vêm, os perdedores da nova esquerda da América Latina são muitas vezes os mesmos que antes – as comunidades rurais despossuídas e movimentos indígenas, que ajudaram a preparar o caminho para essas eleições presidenciais”. Seu artigo é publicado por Rebelión, 29-04-2014. A tradução é do Cepat.

“É preconceito dizer que as línguas indígenas não são comunicativamente eficientes”. Entrevista com Cristina Messineo.

Pioneira no desenvolvimento local da linguística antropológica, seu foco de atenção são as línguas faladas aqui [na Argentina] antes da chegada dos espanhóis. “Quando comecei, faziam os meninos que falavam uma língua indígena na escola lavar a boca”, disse para recordar que até não muito tempo atrás imperava o que chama de “ideologia do desprezo”. As atuais políticas, a tarefa de recuperar as línguas em perigo.

As raízes da crise ecológica.

“Para Egger, as raízes da atual crise dizem respeito ao paradigma e ao nosso ser interior. A salvaguarda da criação implica também uma ecologia do espírito. A grande batalha trava-se na nossa cabeça e, mais ainda, no nosso coração”. A reportagem é de Catherine Dupeyron e publicada no boletim Observatoire de la Modernité, do Collège des Bernardins, 02-04-2014. A tradução é de André Langer. Michel Maxime Egger, cidadão suíço, começou sua vida profissional como jornalista. Depois escolheu seguir um duplo caminho: o de um engajamento cidadão, que se traduziu no trabalho de sociólogo, numa atividade em uma ONG, num trabalho de lobby pela ecologia, e o caminho de transformação espiritual, especialmente através da redescoberta das raízes cristãs. Seu último livro intitula-se A Terra como a si mesmo (Ed. Labor et Fides, 2012).

Escolarizando o mundo.

O filme examina o pressuposto escondido da superioridade cultural por trás dos projetos de ajuda educacionais, que, no discurso, procuram ajudar crianças a “escapar” para uma vida “melhor”. Aponta a falha da educação institucional em cumprir a promessa de retirar as pessoas da pobreza — tanto nos Estados Unidos quanto no chamado mundo “em desenvolvimento”.