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Programa da TV Globo é contestado.

“A Rede Globo poderia então abertamente publicar quanto recebe em publicidades do governo para produzir informações falaciosas”, afirma Edilberto Sena, padre, membro da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém e coordenador da Rádio Rural AM de Santarém.

85 ricos somam tanto dinheiro quanto 3,5 bilhões de pobres no mundo.

A concentração em massa dos recursos econômicos nas mãos de poucos abre uma brecha que supõe uma grande ameaça para os sistemas políticos e econômicos inclusivos, porque favorece poucos em detrimento da maioria. De modo que para lutar contra a pobreza é básico abordar a desigualdade. Esta é a conclusão do relatório Governar para as Elites. Sequestro democrático e desigualdade econômica, que a ONG Oxfam Intermón publicou nessa segunda-feira.

Gestão Dilma é a pior da história para o meio ambiente, diz Mario Mantovani, da Fundação SOS Mata Atlântica.

O geógrafo Mario Mantovani trabalha há cerca de dez anos como uma espécie de “lobista da natureza” no Congresso Nacional. Diretor de políticas públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, ele tenta influenciar os projetos relacionados ao tema e coordena informalmente a chamada Frente Parlamentar Ambientalista, fórum com adesão de 187 dos atuais congressistas para debater assuntos da área em reuniões semanais. Militante da causa desde 1973, conhecido como um dos mais ativos ambientalistas do país, Mantovani não parece medir palavras para expor suas opiniões.

‘Vivemos hoje no que eu chamaria de democracias totalitárias’. Entrevista com David Harvey.

Um dos mais influentes pensadores marxistas da atualidade, o geógrafo britânico David Harvey esteve no Brasil em novembro para divulgar o lançamento de seu livro ‘Os limites do capital’. Escrito há mais de 30 anos, a obra ganha sua primeira versão em português, mas, segundo Harvey, isso não significa que tenha ficado ultrapassada, pelo contrário. Pioneiro em sua análise geográfica da dinâmica de acumulação capitalista descrita por Marx, o livro, assim como grande parte da obra de Harvey, tornou-se mais relevante para entender os efeitos da exploração econômica dos espaços urbanos e suas consequências para os trabalhadores, ainda mais numa conjuntura marcada pela eclosão de protestos contra as condições de vida nas cidades, não só no Brasil, mas também na Europa, América do Norte e África. Nesta entrevista, Harvey faz uma análise dos levantes urbanos que ocorrem em todo mundo, aponta que não será possível atender às reivindicações por meio de uma reforma do capitalismo, e defende: é preciso começar a pensar em uma sociedade pós-capitalista.

MPF pede que União e Funai paguem indenização de R$ 20 milhões aos Tenharim e Jiahui.

O Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) ingressou com ação civil pública, com pedido de liminar, na Justiça Federal para declarar a responsabilidade da União e da Fundação Nacional do Índio (Funai) por violações de direitos humanos dos povos indígenas Tenharim e Jiahui, em decorrência de danos permanentes da construção da rodovia Transamazônica (BR-230) em seus territórios. Na ação, o MPF pede a condenação da União e da Funai à reparação dos danos com várias medidas, entre elas, o pagamento de indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 20 milhões.

A história do conflito em Humaitá é também a história da BR-130, a Rodovia Transamazônica.

A história do conflito em Humaitá é também a história da BR-230, a Rodovia Transamazônica. A rodovia rasgou a cidade – e também o território ocupado pelos indígenas. Com 4.223 quilômetros, ela foi inaugurada em 1972 pelo ditador Emílio Garrastazu Médici. Agora os Tenharim querem contar com detalhes essa história, como disseram à reportagem da Pública, recebida por eles no dia 3 de janeiro.

Desenvolvimento após devastação causada por represa no Brasil.

É difícil que Itaparica inspire soluções semelhantes para conflitos gerados por outros megaprojetos atuais, como a polêmica hidrelétrica de Belo Monte, na Amazônia. O custo de seu programa de reassentamento rural somava, em 2010, o equivalente a 85% do total investido para construir a central e chegou a 100% em 2014, segundo um documento do Tribunal de Contas da União. Assentar cada família de Itaparica custou quatro vezes mais do que em outros projetos públicos de irrigação, acrescenta o informe.

Nem tão limpa, nem tão barata – documentário.

“A população brasileira precisa estar informada de que a energia limpa e barata de hidrelétricas não existe”, alerta o professor da USP Célio Bermann. Percorremos os caminhos do rio Uruguai, divisa dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, para apurar a questão. O resultado desse trabalho é a reportagem cinematográfica “Barragem”, que você assiste no link abaixo.

O antropólogo contra o Estado. “Foi preciso a esquerda para realizar o projeto da direita”.

Marcio Ferreira da Silva, um sujeito grandalhão e bem-humorado, professor de antropologia na Universidade de São Paulo, tentava encontrar um volume nas estantes de seu apartamento. Depois de perscrutar as prateleiras da sala, sumiu por um instante no corredor que levava aos quartos. “Achei”, exclamou. Trouxe lá de dentro uma edição especial da revista L’Homme, publicada no ano 2000, em que o antropólogo Claude Lévi-Strauss, aos 91 anos, comentava os avanços recentes de sua disciplina.