Poder econômico (Pág. 31 de 64)

Não à aprovação de mais de empreendimento minerador! Fora Manabi!!

Manifestamos para a sociedade nossa indignação perante a possibilidade de mais um licenciamento de mineração irresponsável em Minas Gerais. Em tempos de insegurança sobre o abastecimento de água, ameaça de crise energética, de desmatamento recorde e outros ataques ao meio socioambiental, o que seguimos assistindo é o aprofundamento do caráter primário-exportador de nossa economia, que amplia as amarras do subdesenvolvimento de nosso Estado e de nosso País.

Não é o clima, é a desigualdade o estopim dos conflitos.

As discussões dos últimos anos sobre os conflitos derivados de problemas climáticos variam desde informes sensacionalistas que garantem que o mundo sucumbirá às guerras pela água até os que acreditam que o assunto não tem nenhum interesse. O título de cada artigo que trata da relação entre mudança climática e conflito deveria ser: “É complicado”, segundo Clionadh Raleigh, diretora do Projeto de Base de Dados sobre a Localização e os Eventos dos Conflitos Armados (Acled).

O lobby da Monsanto.

“As leis Monsanto, em escala mundial, impõem normas que criam um registro eletrônico de todos os camponeses que produzem suas próprias sementes. A partir disto, os governos podem remeter esta lista de camponeses à indústria, com a finalidade de persegui-los por “falsificação” diante dos tribunais”, denuncia R. Gómez Mederos, em artigo publicado por Rebelión, 08-08-2014. A tradução é do Cepat.

Investimento em Tapajós será 69% maior que o previsto.

Principal aposta do setor elétrico para os próximos anos, a hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, no Pará, que deve ser leiloada entre o fim deste ano e 2015, teve a previsão de investimentos ampliada para R$ 30,6 bilhões. O valor, incluído no Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica, entregue à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e ainda não divulgado ao público, é 69% superior à última estimativa do governo, de R$ 18,1 bilhões, previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Estudo mostra que quatro grandes grupos econômicos brasileiros são subordinados ao capital internacional.

Recentemente ressurgiu a discussão sobre um tema efervescente dos anos 1950 aos 70: que o Brasil, como naquela época, estaria passando por um novo momento desenvolvimentista, buscando uma autonomia relativa e ganhando base material para colocar o capitalismo a serviço de um projeto nacional, mais democrático e socialmente justo. A observação é do economista Artur Monte Cardoso, cuja dissertação de mestrado, porém, aponta para um processo de reversão das bases do desenvolvimento brasileiro ou, mais que isso, de reversão neocolonial. “Burguesia brasileira nos anos 2000 – Um estudo de grupos industriais brasileiros selecionados” é o título do trabalho orientado pelo professor Plínio Soares de Arruda Sampaio Junior e apresentado no Instituto de Economia (IE) da Unicamp.

Quando se põe preço na natureza.

Quanto custa uma floresta? Qual é o valor econômico de um oceano? Pode-se pagar por uma floresta alpina ou uma pradaria glacial? Estes cálculos salvarão o planeta ou subordinarão a natureza às forças do mercado? A Organização Global de Legisladores para o Equilíbrio Ambiental (Globe International) divulgou no último dia de sua segunda Cúpula Mundial, realizada na semana passada na Cidade do México, um estudo sem precedentes sobre a contabilidade natural, que é a primeira compilação integral das iniciativas jurídicas e políticas de 21 países para calcular o valor monetário dos recursos naturais.

A desigualdade social brasileira no contexto mundial contemporâneo.

O debate sobre a desigualdade social no Brasil não pode ser visto desassociado do contexto das desigualdades mundiais, caso contrário corre-se o risco de cair nas armadilhas das análises rasteiras, que não dão conta ou simplesmente não querem entender o problema da desigualdade de forma mais ampla, no âmbito da globalização do pensamento único neoliberal, que tem moldado as formas de organização política, econômica e social no mundo. Nesse sentido, o boom do livro O Capital no século XXI, do economista francês Thomas Piketty, salvo as críticas, tem sido um excelente instrumento para aquecer um debate tão importante como este.

Trabalhadores de Belo Monte denunciam subornos por parte da empresa Iberdrola.

A construção da represa de Belo Monte está em continuidade no Brasil, e os camponeses têm informado sobre ameaças de morte e subornos a prefeituras e líderes das aldeias próximas da obra. O professor da Universidade de São Paulo, Celio Bermann, assegura no relatório “As multinacionais no Século XXI: impactos múltiplos”, de Luis Uharte, que as empresas do consórcio Norte Energia entregaram “fundos de campanha para o Partido dos Trabalhadores, como também para os outros partidos”, e acrescenta: “Agora esperam receber os resultados desse apoio”.