Poder econômico (Pág. 24 de 64)

Bhopal, a 30 anos de um crime corporativo impune.

Na madrugada de 02 para 03 de dezembro de 1984, um vazamento de gás na fábrica de pesticidas da Union Carbide na região de Bhopal, na Índia, provocou um dos mais graves desastres humanitários e ambientais da história. Vinte e quatro toneladas de isocianato de metilo (MIC), um composto altamente tóxico e mortal, arrasaram qualquer resquício de vida e recursos em vários quilômetros do entorno. Calcula-se que entre 22.000 e 25.000 pessoas morreram em consequência do vazamento químico e que mais de 57.000 se viram expostas a níveis nocivos deste composto, que causou malformação e sequelas que, em alguns casos, passaram de geração para geração.

Diretores de empresas costumam saber ou participar de atos de corrupção, diz relatório da OCDE.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou nesta terça-feira (2) que, em quase metade dos casos de corrupção, os diretores das empresas sabem ou participam do pagamento de propinas para agentes públicos de outros países. Em seu primeiro relatório sobre a corrupção transnacional, a organização destaca que uma parte significativa das ocorrências de suborno tem a participação de pessoas de países desenvolvidos.

TI Munduruku: Funai admite pressão e condiciona demarcação à usina no Tapajós.

Em um vídeo filmado pelos Munduruku em setembro deste ano durante uma reunião na Funai em Brasilia, a presidente do órgão, Maria Augusta Assirati, afirma ter sido pressionada durante sua gestão por setores do Governo Federal para não assinar o relatório de demarcação da Terra Indígena Sawré Muybu, localizada na região de Itaituba, Pará. Ela chega a chorar e diz que ainda não publicou os estudos e o mapa com as coordenadas da TI porque outros órgãos do governo federal passaram a discutir a demarcação, que, se aprovada, inviabilizaria legalmente a construção da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, no rio Tapajós. Além de indígenas, ribeirinhos e representantes da Fundação, também estavam presentes, Nilton Tubino, da Secretaria Geral da Presidência da República e Celso Kjinic, do Ministério de Planejamento.

Ruralistas ampliam ataque aos direitos fundiários dos povos indígenas.

O Cimi – Conselho Indigenista Missionário repudia veementemente o texto do “Substitutivo à Proposta de Emenda à Constituição 215/2000” apresentado pelo deputado ruralista Osmar Serraglio (PMDB-PR), no dia 17 de novembro de 2014. A PEC 215/2000 e seu Substitutivo é descaradamente inconstitucional e ultrajante aos povos. Inviabiliza novas demarcações de terras indígenas. Reabre procedimentos administrativos já finalizados. Legaliza a invasão, a posse e a exploração das terras indígenas demarcadas.

Romana e o bilionário do amianto: a dor que não prescreve.

“No tribunal, ao ver agigantar-se diante dela o espectro aniquilador da injustiça, Romana só conseguiu encontrar um adjetivo: ‘Abominável’. Depois, diria: ‘Estou cansada. Cansada de sofrer e de ver as pessoas morrerem ao meu redor. A decepção dói como eu jamais poderia imaginar'”, escreve Eliane Brum, escritora, repórter e documentarista, em artigo publicado pelo jornal El País, 24-11-2014.

Entre a cheia e o vazio. Documentário sobre o Rio Madeira.

“A agonia do rio Madeira e de todos os modos de vida nele imbricados tornou-se cenário agora para uma política deliberada de silenciamento sobre os variados desastres que se consumaram no projeto Complexo Madeira”. O comentário é de Luis Fernando Novoa Garzon, sociólogo e professor da Universidade Federal de Rondônia, em artigo publicado no jornal Correio da Cidadania, 13-11-2014 (Nota do site: abaixo do texto do sociólogo está o documentário com o texto de apresentação do mesmo).

Verás que um filho teu não foge à luta na região dos Tapajós.

“Mas quem não está e nem vai ficar indiferente são os povos ameaçados da bacia do Tapajós. Seis municípios serão diretamente atingidos pelas desgraças, caso as hidroelétricas de São Luiz, Jatobá, Chacorão e mais quatro no rio Jamanxim, forem construídas”, escreve Edilberto Sena, coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém e militante do Movimento Tapajós Vivo.

Empreiteiras tentaram acordo ‘imoral’.

Advogados das cinco maiores empreiteiras do país buscaram fechar um acordo considerado “imoral” pelo Ministério Público Federal, na véspera da deflagração da 7ª fase da operação Lava-Jato, que levou 23 pessoas à prisão e contou com dezenas de ações de busca e apreensão em cinco Estados e no Distrito Federal (Nota do site: vale ressaltar que estas corporações como a Odebrecht, eram a joia da coroa dos militares e foi esta família que abocanhou, na privatização, o Polo Petroquímico de Camaçari, depois o Polo do Rio Grande do Sul e nos últimos tempos comprou a refinaria Ipiranga. Vê-se que esta elite não é de hoje que vem sendo nutrida pela sombra do Estado).