Multinacionais: nenhuma opressão é pra sempre
Importante reflexão sobre as estruturas perversas de poder. Lastimável que num tempo que se propaga uma outra visão de humanidade, vivamos isso justamente nos espaços ditos ‘evoluídos’.
Importante reflexão sobre as estruturas perversas de poder. Lastimável que num tempo que se propaga uma outra visão de humanidade, vivamos isso justamente nos espaços ditos ‘evoluídos’.
‘Commodities’ é como se chama hoje as matérias primas que as colônias de agora abastecem o parque industrial dos Impérios para que tudo permaneça como sempre foi. E nós? Nutrimos em cada um de nós, viva e pujante, a doutrina e a ideologia da ‘colonialidade’. E assim seguem os séculos.
Microplásticos na Antártida. Sem palavras. Originários da resina das garrafas de refrigerantes, óleo de cozinha, e tantas outras fontes, além das roupas ‘ecológicas’ feitas com estas fibras deste poliéster, o PET.
Reflexão do eminente centenário Morin sobre esta louca desumanidade atual da sociedade global. Triste realidade onde os ditadores, explícitos e implícitos, se projetam com a aquiescência, consciente ou inconsciente, de todos nós.
Denúncia fundamental do economista e professor universitário, clamando que despertemos e posicionemo-nos contra essa devastação social, econômica, ambiental e humana que assola atualmente o nosso país.
Mais uma vez ‘The Story of Stuff Project’, nos traz conteúdos que irão, sem dúvida, auxiliar-nos a sermos mais responsáveis e consequentes com o futuro de todas as gerações que estão aí e que virão depois de nós, egoístas e supremacistas.
Um clamor quase desesperado porque a doutrina e a ideologia da sociedade ocidental, sem dúvida a atual locomotiva da humanidade, embebidas, empregnadas e contaminadas pelo supremacismo branco, nem pestanejam com essa súplica de seus cientistas.
Cada vez fica mais explícito de que houve um equívoco ao se considerar as resinas plásticas e outras moléculas artificiais como IGUAIS às naturais. Não só não são como se mostram destruidoras da vida planetária.
Enfim os cientistas globalmente estão se posicionando fortemente para que a sociedade humana encare com mais seriedade, veemência e ética a orgia dos plásticos no planeta. Melhor seria, das MOLÉCULAS SINTÉTICAS=plástico, agrotóxicos, medicamentos e outras.
Aqui aparece o que nos imobiliza no enfrentamento à imensa crise ecológica global: a necessidade de mudarmos nossos hábitos e nossos privilégios que vão além dos discursos.
Anversos da crença
Não vislumbro um futuro humano plástico, mas muito plástico no futuro desumano. E não falo de monturos, falo de montanhas de plástico impuro. Falo de futuro suástico, inseguro, iconoclástico. Plásticos grandes e pequenos, moles e duros, que se amontoam. Nanoplástico que se respira, que se bebe e se come, se adoece, se morre e se consome. Presente fantástico de futuro hiperplástico, plástico para sempre, para sempre espúrio, infértil e inseguro. Acuro todos os sentidos e arrepio em presságios. Agouros de agora, tempos adentro, mundo afora. Improvável um futuro fúlguro! Provavelmente escuro e obscuro. Assim, esconjuro e abjuro!
João Marino