Povos indígenas. Os involuntários da Pátria
Povos indígenas. Os involuntários da Pátria. Reflexão emblemática de um antropólogo numa aula em plena Cinelândia no Rio de Janeiro, pelo dia do Índio.
Povos indígenas. Os involuntários da Pátria. Reflexão emblemática de um antropólogo numa aula em plena Cinelândia no Rio de Janeiro, pelo dia do Índio.
Ministro da Defesa constrange antropólogos e defensores de indígenas, em plena CPI da Funai.
Belo Monte, um monumento à insanidade. Entrevista com D. Erwin Kräutler.
Amazônia e as hidrelétricas com seus gases de efeito estufa. Esta opção de produção energética pode emitir mais gases do que as usinas a carvão, óleo e gás.
O Brasil está ampliando cada vez mais o seu portfólio para se tornar uma Disneylândia de conflitos. Quer ver sangue? Temos para espremer à vontade na favela mais próxima! Quer ver uma ex-floresta? Há um vasto pacote. E um ex-rio ainda habitado por ex-ribeirinhos em um ex-sítio arqueológico? No cardápio vem tudo concretado, difícil de ler, mas nesse safari a avistagem (assim se fala na gíria de agencias de ecoturismo) é garantida - ainda que a população local não esteja "habituada" (como algumas agências tentam treinar onças).
O caderno especial do Jornal O Estado de S. Paulo Favela Amazônia – um novo retrato da floresta (5/7), coordenado por Leonencio Nossa – é documento que precisa ser conhecido por todos. É, ao mesmo tempo, um retrato da devastação no bioma amazônico e um libelo sobre os formatos impiedosos da atuação humana naquela parte do nosso território – e suas consequências dramáticas internamente e para o inquietante drama do clima. Que se pode dizer quando se tem diante dos olhos os números – um terço da população das grandes e médias cidades vivendo em “territórios do tráfico”, condições mais desfavoráveis que a das favelas do Rio e de São Paulo, máfias controlando o programa Bolsa Família? Onde a biodiversidade – alto privilégio para o País – vai sendo perdida em alta velocidade?
As tentativas de aprovar a Lei da Mineração em terras indígenas “fere o espírito da Constituição. Esse é o primeiro aspecto que me salta aos olhos”, afirma Carlos Bittencourt em entrevista concedida à IHU On-Line por e-mail. Segundo ele, o PL 1610/96, que autoriza a exploração mineral em terras indígenas, não pode ser “desvinculado” da PEC 215, que sugere uma mudança no artigo 231 da Constituição Federal, atribuindo ao Congresso Nacional a aprovação da demarcação e ratificação das terras indígenas já homologadas. As duas medidas, pontua, sinalizam que “estamos diante dos antecedentes da batalha final contra os povos indígenas, muito próximos de um etnocídio completo”.
A Justiça Federal em Cuiabá sentenciou processo judicial sobre o licenciamento da usina hidrelétrica de São Manoel, no rio Teles Pires, na divisa entre o Pará e o Mato Grosso, suspendendo as licenças concedidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) por falta de estudos de impactos sobre os indígenas Kayabi, Apiaká e Munduruku, atingidos pela obra. Como em outros processos que discutem irregularidades em obras do governo federal na Amazônia, a sentença não vai entrar em vigor e a obra deve continuar, por conta da aplicação do instituto jurídico da suspensão segurança.
Respeitamos sempre a natureza, ela é de suma importância para nós e é essencial para a vida no planeta. Nós estamos preocupados com o equilíbrio do clima, com as mudanças […]
O primeiro genocídio do século XX foi esquecido. Cometido entre 1904 e 1908 na atual Namíbia, à época colônia alemã, acabou se tornando uma verdade inconveniente demais no período em que a região foi dominada pela África do Sul, depois da Primeira Guerra Mundial. A Namíbia ficou independente apenas em 1990 e hoje, 110 anos depois do início da tentativa de extermínio dos Herero e dos Nama, tenta ir adiante e se tornar uma democracia em todos os sentidos – inclusive racial.