Destruição ambiental (Pág. 15 de 22)

Desenvolvimento após devastação causada por represa no Brasil.

É difícil que Itaparica inspire soluções semelhantes para conflitos gerados por outros megaprojetos atuais, como a polêmica hidrelétrica de Belo Monte, na Amazônia. O custo de seu programa de reassentamento rural somava, em 2010, o equivalente a 85% do total investido para construir a central e chegou a 100% em 2014, segundo um documento do Tribunal de Contas da União. Assentar cada família de Itaparica custou quatro vezes mais do que em outros projetos públicos de irrigação, acrescenta o informe.

Nem tão limpa, nem tão barata – documentário.

“A população brasileira precisa estar informada de que a energia limpa e barata de hidrelétricas não existe”, alerta o professor da USP Célio Bermann. Percorremos os caminhos do rio Uruguai, divisa dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, para apurar a questão. O resultado desse trabalho é a reportagem cinematográfica “Barragem”, que você assiste no link abaixo.

Belo Monte em 2013: o início da descida da montanha-russa.

Quem já andou de montanha russa, especialmente nos primeiros carros do trem, sabe como é aquela sensação do começo da descida, quando você já está indo ladeira abaixo, mas lentamente, pois os últimos carros subindo ainda freiam a composição. A antecipação da emoção que virá em breve já dá o frio na barriga. Acho que essa sensação resume bem a situação de Belo Monte em 2013. Mas pelo lado negativo, infelizmente.

Amazônia, uma história de destruição.

Debaixo da lona montada especialmente para levar a Amazônia à praça pública, em São Paulo, especialistas em Amazônia nas áreas de energia, ambiente, comunicação, além de representantes de movimentos e ONGs que atuam na região debateram os dilemas que vive a região – entre a necessidade de preservação, essencial também para a qualidade de vida da população da região, e a pressão pelo desenvolvimento. Um público de cerca de 100 pessoas compareceu ao debate – e todo mundo que passou por lá recebeu um exemplar do livro Amazônia Pública. O livro reúne três séries de reportagens sobre os impactos de grandes empreendimentos na Floresta Nacional de Carajás e no rio Tapajós, no Pará, e no rio Madeira, em Rondônia. Toda a apuração foi feita em campo por seis repórteres.

Brasil é grande exportador de ‘água virtual’.

As commodities agrícolas estão entre os principais itens de exportação do Brasil. A produção é tão elevada que se estima, atualmente, que a agricultura responde por mais de um quarto do PIB nacional. Porém, há um novo elemento, de abundante quantidade no País, que vem sendo muito bem cotado no mercado internacional e a China, um dos maiores clientes de nossas riquezas, já desponta como um dos grandes mercados para este antigo, porém valioso produto. A água!

ANP promove exploração que pode contaminar aquífero Guarani.

Também estão proibidos de entrar na Europa os produtos de origem animal contaminados pelos produtos químicos tóxicos que inundaram os lençóis freáticos daquela região, como pode ser visto neste filme de Fernando Pino Solanas que todos os que atuam em atividades agroindustriais de qualquer porte deveriam assistir, antes de festejarem que “tem petróleo no meu quintal e não preciso mais trabalhar”, como pensaram alguns “red necks” americanos que agora se arrependem até o fundo da alma, vendo o valor de suas terras caindo em até 90% depois da contaminação de seus rios e poços pelo uso do “fracking”, que é uma forma de extrair depósitos residuais, de pouco volume e de pequena vida útil de óleo e gás.