Destruição ambiental (Pág. 12 de 22)

O capitalismo selvagem está de volta e não irá se domesticar.

“O que aconteceu na Europa ocidental e na América do Norte entre aproximadamente 1917 e 1975 – quando o capitalismo criou, de fato, um crescimento alto e uma desigualdade menor – foi algo como uma anomalia histórica. Há uma percepção crescente entre os historiadores da economia de que este foi, de fato, o caso”, escreve David Graeber, antropólogo, em artigo publicado pelo jornal The Guardian, 30-05- 2014. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Água da Amazônia e a crise de São Paulo.

A crise de falta d´água em São Paulo e outras cidades do Brasil deve ser analisada com profundidade. Não estamos diante de um simples problema de chuvas abaixo da média histórica. Estamos diante de uma crise estrutural que requer uma reflexão profunda e mudanças de rumo na maneira com que lidamos com o recurso mais precioso de que dispomos – a água.

A história ambiental da devastação da floresta de araucárias.

A majestosa floresta de araucárias (Floresta Ombrófila Mista), parte do Bioma Mata Atlântica, foi intensivamente explorada com fins econômicos, desde a segunda metade do século XIX. Esse tipo florestal, característico do planalto sul – brasileiro, era marcado distintivamente das demais regiões florestais do país pela presença da Araucaria angustifolia, uma das duas únicas espécies nativas de conífera no Brasil (a outra é o Pinheiro bravo -Podocarpus lambertii-, também encontrado principalmente no ambiente da floresta com araucária).

Greenpeace: deputados são contra áreas protegidas.

Ela passou quase despercebida no dia em que foi registrada na Câmara dos Deputados, em 22 de abril, mas chocou as comunidades ambientalista, indigenista e científica assim que veio à tona. A Frente Parlamentar em Defesa das Populações Atingidas por Áreas Protegidas (Unidades de Conservação e Terras Indígenas), liderada pelo deputado federal ruralista Weverton Rocha (PDT-MA), conta com a assinatura de 214 outros deputados, entre eles figuras conhecidas por seu ferrenho posicionamento anti-indígena e anti-conservacionista, que agora é oficializado.

30 anos de terra arrasada no território de Carajás.

“A intolerância com abusos deu o tom de todas as falas no seminário Carajás 30 Anos, marcou uma manifestação em frente à sede da empresa, e explodiu na marcha que tomou as ruas de São Luis, derrubou grades da polícia e estacionou em frente ao palácio da governadora Roseane Sarney na última quinta, dia 8”.

A exploração ambiental na Amazônia e a promessa de desenvolvimento. Entrevista especial com Horácio Antunes de Sant’Ana Júnior.

Os reflexos do Projeto Grande Carajás, implementado na Amazônia oriental nos anos 1980, podem ser verificados ainda hoje, 30 anos depois, diante do crescimento econômico proporcionado em estados como o Maranhão, que é a 16ª economia entre os estados brasileiros. Contudo, a aparente expansão econômica “não significa melhoria da qualidade de vida” da população que vive no entorno da região onde se desenvolveu o projeto de exploração mineral, avalia Horácio Antunes de Sant’Ana Júnior, na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line. “A grande expansão econômica tem provocado uma situação que leva a péssimos Índices de Desenvolvimento Humano – IDH, alto grau de exportação de trabalhadores para trabalho escravo, péssima assistência à saúde e à educação, altos índices de violência urbana e rural, somente para citar alguns indicadores”, relata. Ao invés do desenvolvimento, o Projeto Grande Carajás gerou “concentração de terras, a violência e a miséria no campo, o inchaço urbano e maior concentração de renda”.