“Hoje é legal contaminar alguém com agrotóxico no Brasil”, critica procurador.
Em cerca de dez anos, a produção de agrotóxicos no Brasil cresceu entre 80 e 90% e o consumo aumentou aproximadamente 190%. Hoje é legal no Brasil e em outros […]
A questão maior é qual delas vira micro partículas irremovíveis das fontes de água? E qual o comportamento do consumidor?
Em cerca de dez anos, a produção de agrotóxicos no Brasil cresceu entre 80 e 90% e o consumo aumentou aproximadamente 190%. Hoje é legal no Brasil e em outros […]
Dez grandes companhias – entre elas Unilever, Nestlé, Procter & Gamble, Kraft e Coca-Cola – abocanham de 60% a 70% das compras de uma família e tornam o Brasil um dos países com maior nível de concentração no mundo.
Esta é uma montanha que não para de crescer. Nos cálculos da ONU e do Banco Mundial nas últimas três décadas a geração de resíduos sólidos urbanos cresceu três vezes mais rápido do que a população. Os sete bilhões de habitantes produziram 1,4 bilhão de toneladas de lixo e em 10 anos o montante chegará a 2,2 bilhões de toneladas. Lógico que metade desse lixo é gerada pelos países da Organização Para a Cooperação e Desenvolvimento, a OCDE, clube dos 34 ricos do planeta. Entre eles os países da União Europeia, além de Coreia do Sul, Japão, Austrália e Reino Unido.
Um dos maiores ícones do capitalismo está em decadência. A época do apogeu dos shopping centers já passou e há sinais eloquentes de que esse modelo de negócio está acabando — assim como o consumismo excessivo. Nos Estados Unidos, onde eles foram inventados, cerca de 15% no shoppings vão falir ou serão transformados em outros espaços comerciais nos próximos dez anos, segundo a Green Street Advisors, empresa americana ligada a empreendimentos comerciais. Outra empresa do ramo, a CoStar Group, calcula que, em média, 35% dos espaços das lojas dos shoppings americanos estão ociosos.
Desde produtos de limpeza, passando pelo segmento de beleza e higiene pessoal, até alimentos para pessoas e animais: dez megacorporações fornecem quase tudo que as pessoas consomem em todo o mundo.
"Da terra tiramos nosso sustento e à terra devolvemos dejetos do processo produtivo (resíduo, poluição, matéria dissipada). É assim que age o sistema econômico: usa e explora os limitados recursos naturais (input) e devolve lixo (output) à natureza", escreve Marcus Eduardo de Oliveira, economista e professor, com mestrado pela (USP), em artigo publicado pelo portal EcoD, 16-12-2014.
O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado deu a volta ao mundo para documentar os extremos da globalização, da migração e territórios não mapeados, mas se mostra mais incomodado pela pilhagem irresponsável […]
Cerca de 1,5 milhão de aves, peixes, baleias e tartarugas morrem ao ano por causa de dejetos plásticos no mar. E o problema pode se agravar: segundo estudos científicos divulgados em Quito, cinco "ilhas" desses resíduos flutuam nos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico.
A animação Sources and impacts of marine litter (Fontes e impactos do lixo marinho), feita por Jane Lee, para o projeto MARLISCO (MARine Litter in Europe Seas: Social AwarenesS and […]
Parece mentira, mas é verdade. No Kwait, mais especificamente na região desértica de Sulaibiya, existe esse aterro pra lá de gigantesco, onde são descartados os pneus usados oriundos de diversas partes do mundo — principalmente dos Estados Unidos da América — que pagam para usar esse lixão. A extensão do deserto que já foi tomada por esse depósito de lixo atinge tal proporção que pode até ser vista do espaço. E o depósito está aumentando.
Anversos da crença
Não vislumbro um futuro humano plástico, mas muito plástico no futuro desumano. E não falo de monturos, falo de montanhas de plástico impuro. Falo de futuro suástico, inseguro, iconoclástico. Plásticos grandes e pequenos, moles e duros, que se amontoam. Nanoplástico que se respira, que se bebe e se come, se adoece, se morre e se consome. Presente fantástico de futuro hiperplástico, plástico para sempre, para sempre espúrio, infértil e inseguro. Acuro todos os sentidos e arrepio em presságios. Agouros de agora, tempos adentro, mundo afora. Improvável um futuro fúlguro! Provavelmente escuro e obscuro. Assim, esconjuro e abjuro!
João Marino