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Experiências mostram recuperação de áreas degradadas no Mato Grosso.

Cresce número de iniciativas coordenadas por instituições governamentais e não-governamentais visando adequação ambiental. Com a necessidade de recomposição de áreas degradadas em Mato Grosso, muitas ações foram apresentadas e discutidas na última quarta-feira durante um ciclo de palestras realizado pela Embrapa Agrossilvipastoril e pela Rede de Sementes do Cerrado em Sinop (MT).

Batalha pela fronteira munduruku: indígenas lutam por terra que governo quer alagar para hidrelétrica.

Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós no Pará pode alagar solo sagrado para os índios munduruku. À beira do rio Tapajós, no oeste do Pará, a floresta estala sob os passos dos guerreiros munduruku. São cerca de 20 homens fortes, com braços pintados com traços iguais aos da casca do jabuti. Eles trabalham em silêncio, as poucas palavras são ditas na língua materna, o munduruku. Avançam com atenção sobre um perigoso manto que cobre o chão: cipós, galhos forrados de espinhos e troncos em decomposição. As pisadas são lentas e firmes. Sem pressa, os guerreiros abrem a mata para o campo de batalha.

Agronegócio e a morte da Amazônia.

É comum ver nos discursos de empresários e políticos o pensamento ufanista sobre as maravilhas de nosso agronegócio, dizendo que a produção brasileira "alimenta o mundo" e que nosso gado é "verde". É um discurso que lembra a propaganda do Brasil Grande, de triste memória, e tenta pôr uma grande sujeira para baixo do tapete.

Tapajós: respeitem a forma da gente ser.

Todo o cotidiano dos Mundururuku é permeado pela relação com o rio. O Rio Tapajós corre em tom esverdeado cortando a floresta amazônica. Depois de cerca de uma hora de viagem, avista-se, no alto de sua margem direita, um conjunto de casas que forma a aldeia Sawré Muybu. O barco encosta na beira do rio, onde a trilha por um morro alto leva ao centro da aldeia. A subida é tão árdua que é difícil acreditar que essa aldeia pode ser alagada, caso a Usina Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós venha a ser construída.

Desmatamento acumulado na Amazônia cobra fatura e começa a afetar o clima, diz estudo.

Um relatório lançado nesta quinta-feira em São Paulo (30) sintetiza, pela primeira vez, cerca de duzentos dos principais estudos e artigos científicos sobre o papel da floresta amazônica no sistema climático, na regulação das chuvas e na exportação de serviços ambientais para áreas produtivas, vizinhas e distantes da Amazônia. A avaliação conclui que reduzir a zero o desmatamento já não basta para garantir as funções climáticas do bioma. (Acessar o relatório no link do texto).

“Estamos indo direto para o matadouro”, diz cientista.

Especialista na relação da Amazônia com o clima, o agrônomo Antonio Donato Nobre faz conexões entre a seca no Sudeste e o desmatamento das florestas. Assustado com os mais de 200 artigos sobre o tema que leu em quatro meses para compilar o estudo "O Futuro Climático da Amazônia", lançado ontem, em São Paulo, Nobre garante que a mudança do clima já não é mais previsão científica, mas realidade. "Estamos indo para o matadouro", diz. Nos últimos 40 anos foram destruídas 40 bilhões de árvores na floresta. "É o clima que sente cada árvore retirada da Amazônia", diz o pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Árvores amazônicas antigas produzem mil litros de água por dia. O ar úmido é também "exportado" para áreas como o Sudeste, com vocação para deserto.

Entenda os sistemas de monitoramento da floresta amazônica.

O monitoramento das alterações na cobertura florestal da Amazônia Legal é realizado por três diferentes sistemas: o Deter, o Prodes e o Degrad – este último, dedicado exclusivamente à degradação da floresta. Os três são operados pelo INPE, órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e servem para orientar as políticas governamentais de enfrentamento às causas do desmatamento ilegal. Ao lado desse três sistemas oficiais, a florestas amazônica é monitorada pelo Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD). Operada pela organização não-governamental Imazon, sediada em Belém, essa ferramenta tem perfil semelhante ao do Deter e se destina a gerar alertas periódicos de desmatamento.

Brasil participa de projeto de preservação da Amazônia em parceria com sete países sul-americanos.

Um projeto de preservação da Amazônia está sendo elaborado por oito países da América do Sul, dentre os quais o Brasil está incluído, uma vez que seus recursos naturais são cruciais para a segurança alimentar, a economia e biodiversidade globais. A iniciativa Visão Amazônica será financiada pela União Europeia e conta com a participação de Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.