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O grito indígena na Cúpula dos Povos.

"Após a realização de centenas de atividades autogestionadas, começou hoje, na Cúpula dos Povos o segundo momento que é das plenárias de convergência. Os povos indígenas acabaram mantendo uma atividade do Acampamento Terra Livre, procurando construir um documento e preparando suas mobilizações. Estão cansados de palavras, buscam respostas a seus clamores", escreve Egon Heck ao enviar o artigo que publicamos a seguir.

Para empresários, economia verde não pode diminuir o consumo.

Maior evento do setor empresarial na programação da Rio+20, o Fórum de Sustentabilidade Corporativa dará voz ao empresariado durante a conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. A mensagem é clara, na perspectiva do empresariado "a questão não é reduzir o consumo, mas transformar os modelos de produção e consumo", define o porta-voz da iniciativa, Tim Wall.

Ex-banqueiro e ‘papa’ do decrescimento se enfrentam em Copacabana.

É concebível uma economia capitalista moderna que não se baseie no crescimento? A pergunta foi o centro de um debate, na tarde desta sexta, entre dois economistas com ponto de vista distintos: Tim Jackson, professor de sustentabilidade da Universidade de Surrey (Reino Unido) e autor do livro "Prosperidade sem Crescimento", e o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, do fundo Gávea Investimentos.

Cúpula dos Povos rejeita negociação de governos.

O comitê organizador da Cúpula dos Povos declarou na tarde desta sexta-feira que rejeita as negociações conduzidas por chefes de Estado na Rio+20. Na avaliação do grupo, a economia verde discutida na conferências atende aos interesses das empresas transnacionais, e não do meio ambiente.

Positividades e negatividades da Economia Verde.

"Já que se impôs a expressão economia verde vamos tentar desentranhar o que de positivo possa existir nele. Como qualquer outra realidade, também o gênio do capitalismo sempre criativo em suas adaptações, pode conter algum elemento aproveitável", escreve Leonardo Boff, teólogo, filósofo e escritor, ao descrever quatro acepções do conceito "economia verde", em artigo publicado por Adital, 14-06-2012.

‘Direção para economia verde seria sucesso’.

Secretário do Meio Ambiente (com status de ministro) durante a Eco-92, o físico José Goldemberg já não acredita que a Rio+20 possa ter resultado comparável à conferência realizada 20 anos atrás. A falta de convergência dos países quanto ao documento que está sendo negociado e o anúncio da possível criação de um fundo de US$ 30 bilhões pelo G-77 para financiar o desenvolvimento sustentável nos países mais pobres são alguns dos motivos que o levam ao descrédito - embora a maior participação da sociedade civil, na comparação com 92, o anime.

Porto Alegre e Davos encontram-se no Rio.

Um formidável confronto de forças humanas, sociais, econômicas e políticas está acontecendo ao longo deste mês de junho na cidade do Rio de Janeiro. Ao se realizarem sob o guarda-chuva de um mesmo evento, popularizado como Rio + 20, a Conferência da ONU para o Desenvolvimento Sustentável e a Cúpula dos Povos pela Justiça Social e Ambiental promovem numa mesma cidade, o encontro de personagens que vêm se confrontando a distância há mais de uma década.

Quanto de sustentabilidade aguenta a economia vigente?

"Três serão os grandes figurantes da Rio+20: os representantes oficiais dos Estados e governos, os Empresários e a Cúpula dos Povos. Cada grupo é portador de um projeto e de uma visão de futuro", analisa Leonardo Boff, teólogo, filósofo e escritor em artigo publicada por Adital, 13-06-2012. Segundo ele, "no primeiro grupo reina resignação, no segundo, inquietação e no terceiro, esperança".