https://g1.globo.com/saude/noticia/2023/12/06/anvisa-agrotoxicos-relatorio-para.ghtml
Mariana Garcia, Paloma Rodrigues, g1
06/12/2023
[NOTA DO WEBSITE: Incrível como se pode aceitar que nosso alimento seja envenenado. Existem no Brasil tantas soluções para se produzir alimentos sem nenhum tipo de veneno que surpreende como essas soluções não são decantadas pelos governos. Para se ter uma ideia dessa realidade, basta acessar -POR SER IMPORTANTÍSSIMA- a matéria que publicamos e que ressaltamos como uma solução inquestionável. Os vídeos são do Globo Rural e já tem quase 30 anos! E ainda não é o que se deveria fazer até hoje! Burrice? Sim… burrice!].
Agência analisou 1.772 amostras de 13 alimentos, como amendoim, batata, brócolis e café em pó. Os números do ciclo 2018-2019 também foram divulgados.
Um em cada quatro alimentos de origem vegetal no Brasil tem resíduos de agrotóxicos proibidos ou acima do permitido, segundo dados de 2022 do Programa de Avaliação de Resíduos de Agrotóxicos/PARA, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O relatório, divulgado nesta quarta-feira (6), trouxe os números de 2018, 2019 e 2022 (a coleta foi suspensa em 2020 e 2021 por causa da pandemia).
👉 O PARA foi criado em 2001 para verificar a quantidade de elementos químicos em produtos importantes para a dieta do brasileiro, como alface, arroz, beterraba, cenoura, chuchu, laranja, tomate e uva.
🚨 Com base nele, é possível orientar a fiscalização e tomar medidas para proteger o consumidor de algum risco.
Ciclo 2022
As amostras do ciclo 2022 foram coletadas em supermercados de todas as regiões do país, totalizando 79 municípios.
Foram analisadas 1.772 amostras de 13 alimentos de origem vegetal: amendoim, batata, brócolis, café em pó, laranja, feijão, farinha de mandioca, maracujá, morango, pimentão, quiabo, repolho e farinha de trigo.
- 41,1% das amostras não tinham resíduos.
- 33,9% das amostras com resíduos dentro do limite permitido.
- 25% das amostras com inconformidade, que pode ser a presença de um agrotóxico não autorizado ou com resíduos acima do limite permitido.
- 0,17%, equivalente a 3 amostras, apresentaram risco agudo.
Segundo a Anvisa, o risco agudo é o risco de danos à saúde pelo consumo de uma grande porção do alimento contendo resíduo de um determinado agrotóxico em curto espaço de tempo, como uma refeição ou um dia de consumo.
Resultados do PARA sobre agrotóxicos no Brasil — Foto: Reprodução/Anvisa
Ciclo 2018-2019
A Anvisa também divulgou dados de 2018 e 2019. Nos anos de 2020 e 2021, as atividades de coleta, transporte e análises de amostras foram temporariamente suspensas por causa da pandemia de Covid-19.
No período, foram analisadas 3.296 amostras de 14 alimentos de origem vegetal: abobrinha, aveia, banana, cebola, couve, laranja, maçã, mamão, milho, pepino, pera, soja, trigo e uvas. As amostras foram coletadas em estabelecimentos em 84 municípios.
- 33,2% das amostras não tinham resíduos.
- 41,2% das amostras com resíduos dentro do limite permitido.
- 25,6% das amostras com inconformidade, que pode ser a presença de um agrotóxico não autorizado ou com resíduos acima do limite permitido.
- 0,55%, equivalente a 18 amostras, apresentaram risco agudo.
🍊 Laranja: redução de risco agudo
O relatório aponta uma redução do risco agudo na laranja:
- No ciclo 2013/2015, 12,1% das amostras tinham potencial de risco agudo.
- No ciclo 2018/2019, esse número caiu para 3%.
- No ciclo 2022, o risco agudo ficou em 0,6%.
A Anvisa explicou que um dos principais motivos para a queda foi a proibição do uso de carbofurano no processo de reavaliação e a exclusão do uso de carbossulfano na cultura de citros. A agência também realizou restrições de uso para metidationa e o formetanato.