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Índios munduruku perdem a paciência e reagem.

"A situação em Jacareacanga nestes dias está tensa. Finalmente a tensão se dá porque o povo Munduruku ainda é capaz de se unir e resistir às agressões dos que se tornam seus inimigos. A forma agressiva de sua reação ao assassinato de seu parente pode ser criticada pelos bem pensantes da sociedade, mas quem vive aqui mais próximos deles e sente como são marginalizados pelo própio governo brasileiro, que programa tantas barragens nos rios da região, sabe que esse gesto forte de indignação é justo. Oxalá, munduruku e pariwat (não índios, na lingua deles) se unam e se organizem para resistir a tantas formas de violação de nossos direitos. É preciso concretizar a farse do hino nacional: " verás que um filho teu não foge à luta ...", esceve Edilberto Sena, padre coordenador geral da Rádio Rural de Santarém, presidente da Rede Notícias da Amazônia – RNA e membro da Frente em Defesa da Amazônia – FDA, ao enviar o artigo que publicamos a seguir.

MPF/AL requer indenização de R$ 125 milhões por danos morais e materiais sofridos pelo grupo indígena Xucuru Kariri.

Desde 1943, no Brasil, a data de 19 de abril marca o Dia do Índio. Mas o que efetivamente é feito para se resguardar a cultura indígena? Muito pouco. O Ministério Público Federal (MPF) em Arapiraca (AL) propôs ação, nessa segunda-feira, 2 de julho, na Justiça Federal contra a União e a Fundação Nacional do Índio (Funai), em que requer indenização de R$ 125 milhões por danos morais e materiais sofridos pelo grupo indígena Xucuru Kariri.

Área indígena sagrada vai virar hidrelétrica.

Na curva onde o rio divide os Estados do Pará e Mato Grosso, as águas esverdeadas e velozes do Teles Pires escondem um santuário de belezas naturais e um reino místico da cultura indígena. Para o "homem branco", nada mais é do que a sequência de sete quedas de corredeiras. Entre os povos indígenas, trata-se de um lugar sagrado, que não pode ser mexido. Ali, entre ilhas, pedras e uma mata ainda intocada, eles acreditam que vivem os espíritos de seus antepassados, a mãe dos peixes e da água. "Se for destruído, coisas ruins vão acontecer para o homem branco e para a comunidade indígena", prevê o cacique João Mairavi Caiabi, que aos 51 anos comanda 206 pessoas da aldeia Cururuzinho

Desenvolvimento sustentável marginaliza indígenas.

Rio de Janeiro, Brasil, 25/6/2012 (TerraViva) – O ativista queniano pelos direitos aborígines Peter Kitelo se dirigia à maior cúpula internacional sobre meio ambiente da década, no Rio de Janeiro, quando um aviso governamental chamou sua atenção. A publicidade convocava investidores internacionais a colocarem dinheiro no “desenvolvimento das florestas”. Kitelo viu nisso um perigo. O ativista, que participou da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, encerrada no dia 22, viu claramente a ameaça de outro ataque à subsistência das comunidades indígenas.

Índios mantêm ocupação de obras da usina de Belo Monte.

Faz quatro dias que cerca de 150 índios das etnias dos povos Xikrin, Juruna, Parakanã e Araras, afetados pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte, ocupam parte da Ilha Marciana, que integra o Sítio Pimental, da barragem. Eles confiscaram chaves de tratores, carros e equipamentos de rádio usados pelos trabalhadores.

O grito indígena na Cúpula dos Povos.

"Após a realização de centenas de atividades autogestionadas, começou hoje, na Cúpula dos Povos o segundo momento que é das plenárias de convergência. Os povos indígenas acabaram mantendo uma atividade do Acampamento Terra Livre, procurando construir um documento e preparando suas mobilizações. Estão cansados de palavras, buscam respostas a seus clamores", escreve Egon Heck ao enviar o artigo que publicamos a seguir.

Cacique Raoni defende união e cobra respeito aos povos indígenas no Rio.

Uma das presenças mais aguardadas na Cúpula dos Povos, na manhã desta sexta-feira (15), o cacique caiapó Raoni defendeu a união entre os povos e pediu respeito às tribos indígenas. Diante de uma plateia lotada, em sua maioria formada por índios de diferentes tribos do Brasil e da América Latina, o cacique ressaltou a importância da Amazônia e a preservação ao meio ambiente.

Raoni: “Pode ser que nos matem, mas vou com meus guerreiros impedir Belo Monte”.

Raoni Metuktire e Megaron Txucarramãe, kayapós de Mato Grosso, (Foto abaixo: Reprodução/CI e Lindomar Cruz/ABr) estão no Rio de Janeiro para participar do seminário Fundo Kayapó um doseventos paralelos da Rio+20. Mais uma vez, falarão em defesa dos povos indígenas – é a luta que iniciaram há mais de seis décadas, quando entraram em contato pela primeira vez com não índios, nos anos 1950.