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Área de 12,4 milhões de hectares será protegida de forma integrada.

Uma área superior a 12.397.347 hectares, abrangendo o oeste do Amapá e o norte do Pará compõe, agora, um mosaico formado por Unidades de Conservação (UCs), áreas protegidas e terras indígenas dos dois estados. O Mosaico de Áreas Protegidas do Oeste do Amapá e Norte do Pará acaba de ser reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) por solicitação do Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), a partir do Edital de Apoio ao Reconhecimento de Mosaicos nº 1/2005 do Fundo Nacional de Meio Ambiente.

Disputa entre índios e produtores rurais expõe diferentes visões sobre uso e valor da terra.

Nos últimos meses de 2012, o conflito entre índios e produtores rurais voltou a ganhar destaque nacional. Principalmente depois de dois episódios ocorridos na Região Centro-Oeste. Primeiro, a divulgação de uma carta escrita por guaranis kaiowás da comunidade Pyelito Kue, no Mato Grosso do Sul, equivocadamente interpretada como uma ameaça de suicídio coletivo. Em seguida, o início do processo de retirada dos não índios da Terra Indígena Marãiwatsédé, no Mato Grosso, homologada pelo Poder Executivo em 1998.

Continuemos Kaiowá Guarani.

“Uma boa notícia para o sofrido povo Kaiowá Guarani, em especial aos aguerridos guerreiros de Pyelito Kuê-Mbarakay, que conseguem um passo importante na reconquista de seu tekohá. Em em vista o processo n 08620.082252/2012-03 e o relatório circunstanciado realizado pela antropóloga Alexandra, coordenadora do Grupo de Trabalho, foi publicado o relatório da Terra Indígena Iguatemipeguá I .

Índios com mestrado e ideais.

Filho de cacique, Ywmonyry, da comunidade Apurinã — localizada no sul do Amazonas — nasceu para ser caçador e viver na floresta. Mas, aos 10 anos, saiu da tribo e iniciou os estudos na cidade de Boca do Acre (AM). Ganhou um novo nome, dado pelo homem branco: Francisco de Moura Cândido. Sofreu discriminação, pensou em desistir, mas continuou.

Quilombolas expõem miséria brasileira.

Um pequeno grupo de quilombolas organizou, na quarta-feira, um protesto ao lado da praia onde a presidente Dilma Rousseff descansava, nos arredores de Salvador, na Bahia. Moradores da comunidade Rio dos Macacos, eles queriam demonstrar à presidente a demora na solução dos conflitos que enfrentam para obter os títulos de propriedade das terras em que vivem.

2012: Conjuntura da Política Indigenista. Povos indígenas e o desenvolvimentismo do governo Dilma Rousseff.

“Uma breve retrospectiva da política indigenista em 2012 constata a absoluta falta de disposição política, por parte do governo Dilma, para que os programas e projetos que beneficiem as comunidades indígenas sejam efetivamente executados”, escreve Roberto Antonio Liebgott, Cimi Regional Sul – Equipe Porto Alegre. Segundo ele, “tal fato estimula a cobiça de segmentos econômicos e políticos que ambicionam a exploração das terras indígenas e seus recursos ambientais, hídricos e minerais. O desenvolvimentismo proposto pelo governo visa essencialmente fortalecer os grandes conglomerados econômicos independentemente dos povos, culturas, pessoas e do meio ambiente”.