Povos Originários (Pág. 2 de 75)

Tradições: Maori – Falar a Língua da Terra

Sem dúvida que vivemos, a humanidade, novos tempos. Nunca os povos originários foram tão reconhecidos como agora, até mesmo pelos descendentes daqueles europeus que, a partir do século XV, saíram invadindo todos os continentes. Infelizmente, foram impondo suas verdades, autoritária e cruelmente, como se únicas fossem e com isso devastando a riqueza da diversidade humana. E assim, o planeta passou séculos nessa escuridão. Mas na entrada do século XXI, esta triste realidade do supremacismo branco eurocêntrico esmorece e novas oportunidades de nos reenriquecermos com a diversidade das culturas vão se reestabelecendo. Que lindo e que os novos tempos tenham vindo para ficar e darem novas possibilidades para a cura de todos. O capitalismo com seu individualismo indigno e cruel pode agora estar sendo lentamente substituído pelo paradigma da visão de mundo dos Seres Coletivos, onde todos são acolhidos, incluídos e reconhecidos. Tanto animados como inanimados.

Tradições: Presidente do México assinou a reforma constitucional que reconhece os direitos indígenas

Mais uma ação objetiva e direta onde os povos originários de várias partes do mundo que foram violentados e massacrados pelo supremacismo branco eurocêntrico, são reconhecidos em sua dignidade como seres humanos e donos de seus destinos. Uma movimentação exemplar do México para todos os povos das Américas. Sigamos nós também no Brasil esse passo digno de todo o povo mexicano!

Tradições: Fazendeiros destroem antiga civilização na Amazônia

Mais uma demonstração do que os 'brasileiros' - como os portugueses que faziam o pau-brasil desde o século XVI - que exortam a degradação, a exploração e a devastação de todo o solo e a cultura do País. A única coisa que os invasores fazem, é extirpar tudo sobre tudo, por dinheiro. Esses são os 'patriotas' e no restante do pais estamos nós, os 'idiotas' que não fazemos nada até porque queríamos estar fazendo o que eles fazem. O dinheiro acima de tudo e de todos. Esse é o verdadeiro 'deus' que nos une.

Tradições: Como a ideologia dos militares moldou a Amazônia de hoje

Importante matéria que mostra, como já refletimos anteriormente, que a devastação da Amazônia em todos os níveis: desmatamento, queimadas, gado, soja, desrespeito aos povos originários, as minerações e invasões do capital estrangeiro, são reflexos de uma política ideológica do organismo pago pelos brasileiros para lhes defender, o Exército, dentro das Forças Armadas. Percebe-se que, mesmo que indiretamente, professam a doutrina da colonialidade, fundada num capitalismo indigno e cruel, além de mostrarem ser supremacistas antropocêntricos e etnocratas. Sabe-se hoje, inclusive cientificamente, que uma das saídas para o impasse civilizatório que a humanidade está trilhando para seu extermínio, é a busca dos fundamentos de todos os povos originários de todos os continentes. Reconhece-se que a visão de mundo eurocêntrica com suas revoluções industrial, agrícola, petroquímica e tecnológica, está gerando um beco sem saída para a sobrevivência de todos os seres vivos, incluindo os humanos. Lastimamos que sustentamos quem não nos sustenta. Está na hora dos militares avançarem com seus corações e mentes e abandonarem a visão de mundo supremacista portuguesa do século XV que além de estar há séculos superada, mostra-se deletéria e caquética.

Povos Originários: Os conflitos entre imigrantes alemães e kaingang no Sul

Duas matérias, no mesmo dia e na mesma mídia pública alemã, DW. A mesma história, mas vista sob prismas diferentes. As duas partes vítimas da mesma ideologia que promoveu a ocupação dos territórios originários com o intuito de instalar uma colônia que estivesse a serviço dos Impérios Coloniais, uns mais visíveis e explícitos do que outros. No entanto, a doutrina sempre foi igual: agregar patrimônios=recursos móveis e imóveis aos cofres dos Impérios. E para tanto, os espaços americanos deveriam ser considerados como terras sem gente para abrigar gente sem terra. Argumento este que foi propalado, séculos depois, pela ditadura militar, do século XX, quando fez o mesmo com as terras do Pantanal, da Amazônia e do Cerrado. Lembram do discurso do Garrastazu Médici quando, na televisão em cadeia nacional, 'apresentou' as obras da Transamazônica? Idêntica visão de mundo que se perpetua no tempo e nos espaços. Será que não dá para se ver no exato dia de hoje com os homens do 'agronegócio' o mesmo de sempre? Percebam que esta ideologia da apropriação do patrimônio da humanidade, que sempre os povos originários de todas as Américas foram os guardiães e, com inteligência e harmonia, conservando e integrando, por princípios sociais e éticos, antes da chegada dos primeiros invasores, supremacistas brancos eurocêntricos, na modalidade portuguesa, no século XVI e que vem se desdobrando, sob várias modalidade europeias, desde então? Hoje são os crentes da doutrina da colonialidade, mas a visão sobre a Vida permanece idêntica. Como se vê, a história branca sempre é contada por eles, os 'cristãos', os 'bravos', os 'competentes', os 'progressistas', os 'meritocratas', em contraposição aos 'selvagens', os 'obtusos', os 'primitivos', os 'desgrenhados', os 'pagãos', os 'impuros', os 'bugres'.

Tradições: A ofensiva da extrema direita sobre Terras Indígenas no Brasil

A insensatez das chamadas bancadas ruralista e da BBB/Bala/Boi/Bíblia, vem demonstrando que podem ser tudo menos concidadãos em nosso país. Mesmo que fossem praticantes da colonialidade, fundada no capitalismo indigno e cruel, e crentes da doutrina do supremacismo branco eurocêntrico em seu confronto com os povos originários, os verdadeiros 'donos' imemoriais de todo o continente das Américas, jamais poderão negar que são eles que criam as possibilidades reais de podermos superar os embates das crises climática, social e ambiental de todas as Américas. Esta pretensão dos eurodescendentes de se sobreporem aos povos que vieram por séculos mostrando que só com a integração objetiva com a natureza iremos legar um planeta saudável para todas as futuras gerações de todos os seres, humanos e não-humanos, demonstra como são realmente anti-humanos e tacanhos. Além de criminosos pela violência de suas ações inviabilizarem um devir harmônico para seus filhos e netos.

Tradições: Pensando como ancestrais para salvar o planeta

Reflexões que se coadunam com a visão de mundo do nosso 'parente' e imortal Ailton Krenak. Sim, existe entre nós muitos que também pensam que o que chamam de progresso foi um decisão equivocada e fantasiosa já que vivemos num planeta com seus patrimônios finitos. Recuperarmos práticas que nosso povos originários, nossos ancestrais, queiramos ou não, sempre utilizaram, mostram que humilde e sabiamente reconhecem exatamente isso: a Grande Mãe Terra nos disponibiliza tudo o que todos, mas todos mesmo, seres, humanos e não-humanos que aqui coabitam, tem o que precisam. O resto é roubo e crueldade.

Ecologia: Para salvar a Amazônia, não deveríamos ouvir quem vive lá?

Belo exemplo de como a comunidade pode e deve se integrar para, como Seres Coletivos, em sua individualidade, formarem um bloco com força política para se contraporem ao poderio dos lobbies que só defendem os interesses dos rentistas. Importante se mostar como 'povo unido, jamais será vencido'. Mas infelizmente a população prefere a comodidade da ignorância e da impotência, além de se esconder via as influências de organizações religiosas fundamentalistas e retrógadas que acabam capturando a passividade do povo. Força e entusiasmo a cada uma e cada um dos participantes, ao demonstrarem de como os habitantes de toda a região sulamericana amazônica, na maioria povos originários, quilombolas, ribeirinhos e outros, têm energia para defenderem sua terra originário e, por tabela, todos nós, os negligentes e omissos.

Tradições: Cidades – convite a outras cosmovisões

Temos que sair desta monocultura intelectual eurocêntrica e ocidental. Que sejamos inteligentes e nos associemos à nossa maravilhosa diversidade cultural, de inteligências e do mundo fático que recebemos de 'presente' nos dias de hoje, porque diferente de outras nações das Américas, não tivemos 'tempo' de exterminarmos, como elas fizeram, todas as etnias que sempre viveram nas três Américas. Que sejamos humanos suficiente e o humildes o bastante, para abrirmos nossos corações e mentes para estas outras visões de mundo e de integração com as manifestações da natureza. E então aprendamos, todos os eurodescendentes e de outros ancestrais imigrantes e colonizadores, o que estas outras 'faces' da humanidade planetária têm para nos ensinar. Que sejamos mais acolhedores e não tão excludentes com aqueles que não tiveram todas as chances que recebemos da exploração autoritária de nosso país, praticada pelos nossos ancestrais. Com certeza, todos teremos muito a aprender para transformarmos esta trágica situação que vive a maioria de nossos conterrâneos, muitos já ultrapassando os limites mínimos de dignidade humana.

Tradições: O nascimento relatado de um raro bezerro de búfalo branco no parque de Yellowstone cumpre a profecia Lakota

Como acolhemos todas as expressões de conexão com a transcendência, essa aparição de um terneiro bisão branco, sagrado para muitos dos povos originários da América do Norte, muito nos toca. Principalmente quando a atual humanidade e de maneira mais forte em algumas de nossas civilizações, desgarrou completamente da relação com o sagrado. A materialidade, muito mais do que o ateísmo que de alguma forma tem princípios, essa atual manifestação da materialidade está totalmente compurcada por sua parte mais sombria, o individualismo egóico, excludente e arrogante. E se manifesta fortemente pela ideoloigia do supremacismo branco eurocêntrico. Basta acompanharmos as escolhas atuais dos dirigentes da União Europeia que mostram como o radicalismo e o fanatismo serão as tônicas dos próximos anos em toda a UE. E mesmo que tenham a fachada de espiritualidade, suas vísceras são pelo extremismo do Ego acima de tudo e de todos e não, como tentam demonstrar, de seu Deus cristão.