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Tradições: Mapear mundos

Material que todos nós devemos conhecer para que se possa reconhecer como estamos como sociedade. Mostra como a constituição de 88 muda nossa história. Nele se percebe como somos, mesmo que inconscientemente, excludentes, supremacistas brancos e que sempre impusemos uma rejeição ideológica, cultural, étnica, doutrinária e transcendental aos povos originários. Mas o documentário mostra como a ação de cidadãos que, por amor à vida, se colocaram a serviço de definitivamente incluir como um patrimônio humano, todos os povos que sempre viveram antes de nós, neste espaço geográfico que os invasores jamais conseguiram reconhecê-los como seres humanos. Vale a pena ouvir as palavras dos líderes do movimento dos povos originários e aí poderemos entender porquê eles se consideram, como disse há pouco tempo, Ailton Krenak, Seres Coletivos.

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Impressionante como todos nós não conseguimos reconhecer e daí valorizar e mesmo honrar e agradecer, o que os povos originários vem fazendo, positivamente, há milhares de anos com nosso planeta e, em consequência, a todos os seres, humanos e não-humanos. Basta de sermos tão obtusos, excludentes e arrogantes. Sem a presença dos povos originários de todos os quadrantes da Terra, provavelmente estaríamos numa situação de vida, muito pior.

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Enfim até a mídia convencional passa a reconhecer a magnitude da presença e da importância dos nossos povos originários, inclusive para a preservação dos estados do sul e sudeste, onde vivem em sua maioria, os tais que adoram a doutrina da colonialidade e praticam, de maneira tosca, o capitalismo cruel e indigno. E mais, são as regiões onde estão os que mais desprezam os nossos conterrâneos originários que permitiram, por sua cultura e modo de vida, o extraordinário esbulho destes supremacistas brancos eurocêntricos. Triste, e cínico, 'cristianismo'.

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Matéria que mostra a abissal diferença entre aqueles que 'sugam' e 'avassalam' a natureza e aqueles que estão absoluta e totalmente imersos e integrados com todos os seres vivos. Assim, se contata como se relacionam os que se consideram 'Seres Coletivos' e os que egoica e cruelmente se apropriam de todas as formas de vida. Cada vez fica mais claro, como nós, os brasileiros, podemos escolher qual trilha queremos seguir.

Tradições: Yanuni, o filme – ‘Nossos antepassados não deixaram barras de ouro, mas Floresta’

Uma bela entrevista de uma grande cidadã planetária. Aqui é apresentado o documentário que nos mostra, mesmo para nós, conterrâneos dos povos originários, um mundo maravilhosamente importante que possamos, como nação, agregar à nossa visão de mundo. Sem excluir o que recebemos dos brancos que invadiram, há mais de 500 anos, o nosso continente, deveríamos ser inteligentes suficientes de incorporarmos toda essa tradição que, mesmo espoliada e vilipendiada, somente irá enriquecer a humanidade de cada um de nós.

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Nessa matéria se constata como as mega corporações estrangeiras, que monopolizam as explorações minerais no Brasil, tratam tanto os seres humanos como os ecossistemas locais. Vale ressaltar de que conosco ficam os resíduos e as minas exploradas e vazias com seus imensos espaços de seus rejeitos. Já as corporações e seus acionistas estrangeiros ficam com os lucros e os produtos que são acabados nas matrizes do hemisfério norte e prontos para comercialização. Passando então a ter um valor agregado imensamente superior à minérios que todo o nosso país e seus habitantes são os verdadeiros proprietários e deveriam ser guardiões. E assim, vemos como fica o nosso povo. Degradado, aviltado e como 'brinde' os rejeitos e as áreas agredidas, depauperadas e para sempre devastadas.

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Que maravilha quando se reconhece, valoriza e incentiva nossa biodiversidade étnica. Temos que abrir espaço em nossos corações e mentes e acolhermos as etnias que vieram da África como presentes que ganhamos, como nação, mesmo com toda a crueldade que nossos antepassados, eurodescendentes, fizeram com as populações pretas. Está na hora de repudiarmos políticos que usaram expressões fóbicas, como falar que os pretos eram pesados, no sul de São Paulo, por 'arrobas', como bichos ou de tratá-los como povos inferiores referindo-se a eles como 'vagabundos'.

Tradições: Ditadura – Justiça mantém condenação ao Estado brasileiro por violações ao povo Krenak

É dramático que toda a nação tem que reparar o que uma meia dúzia de ditadores, todos já mortos, deixaram de herança maldita tanto para os povos originários como para os euro e afrodescendentes. E o mais triste é como muitos dos eurodescendentes, dominados e cegos pelas doutrina do supremacismo branco eurocêntrico e pela ideologia da colonialidade, ainda permanecem nesta mesma toada. Mas, sem dúvida, o século XXI tem demonstrado que outros tempos e ares se difundem por nosso país tão rico em diversidade étnica e biológica, perfumando outras relações entre humanos e não-humanos.

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Sendo há anos reconhecidos como os grandes guardiões da higidez climática global, nada mais óbvio de que os povos originários estejam no topo dos espaços de decisões sobre todas as questões que envolvem o clima. Lastimamos, como website, as ditas sociedades brancas, infelizmente ainda extremamente supremacistas brancas e antropocêntricas não acolherem a visão de mundo dessa fundamental parcela da humanidade que tem mostrado que será a única esperança de futuro para o Planeta. E mais, como vem fazendo há mais de 5 séculos, a sociedade branca persiste em se considerar a donatária de toda a Terra como foi com as capitanias hereditárias, no colonialismo português, e as 'encomiendas' nos domínios espanhóis.

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Nesta arrogante pretensão do supremacismo branco que vai de se considerar portador de todas as verdades absolutas e definitivas dos Seres Humanos, esse reconhecimento dado pela autora deste material é, agora sim, pleno de humanidade e de humildade. Rica percepção de que todos os caminhos são sagrados quando se originam do coração. E, infelizmente, não é o que o cristianismo eurocêntrico tem feito, em todas as suas variações, umas mais fundamentalistas e salvadoristas do que outras, nos últimos quase 600 anos em todos os continentes do Planeta. Nunca conseguem reconhecer que todos somos seres humanos e que a diversidade dos caminhos e das cosmogonias é o que torna a Humanidade tão linda, rica e empolgante. São estas várias visões que deveriam gerar, em cada um que acessa a elas, o verdadeiro entusiasmo da Existência. Entendendo-se aqui entusiasmo como o toque na alma do 'Enthousiasmós' grego -'ter Deus dentro de si'- da Vida.