Tradições: Marco temporal – Reflexo do colonialismo e uma afronta aos direitos humanos e à Constituição Federal de 1988
A reflexão que a autora faz do absurdo que é a pretensa legalização do malfadado 'marco temporal', somente comprova a predominância da doutrina do supremacismo branco eurocêntrico agora plasmado nos 'patriotas' (ou idiotas?) nacionais. Como diz o pensador e imortal brasileiro, Ailton Krenak, o que deveríamos estar nos concentrando é em sermos anticoloniais e não pensarmos numa perspectiva decolonial. O que propomos objetivamente é tirarmos de dentro de nós, como no filme "Matrix", o verme que nos corrói em nossas vísceras, e nos faz contaminados pela ideologia da colonialidade. A ilegalidade que se manifesta depois da abertura da caixa de pandora feita pelo ex-capitão, talvez tenha sido o seu grande legado. Tirou as nossas máscaras de 'brasileiros'. Agora este apodo que surge lá no século XVI dado aos portugueses que viviam da função de 'fazer o pau-brasil' e daí tinham a profissão de 'brasileiros', como padeiros e marceneiros, fica desvelado. Precisamos ser é brasilenses, brasilinos ou quaisquer outros adjetivos gentílicos que nos denote verdadeiramente nascidos e integrados ao Brasil, como indivíduos na riqueza de sermos Seres Coletivos.