Poder econômico (Pág. 20 de 64)

GLOBALIZAÇÃO-Florestas em perigo na África.

Imagens de satélite obtidas em uma investigação do Greenpeace África (em inglês) mostraram que mais de 3 mil hectares de floresta tropical já foram destruídos nas bordas de uma importante reserva natural africana, a Reserva de Fauna Dja, que é patrimônio mundial da Unesco e lar de grandes primatas. A área destruída faz parte de uma concessão da empresa chinesa Havea Sud, que produz óleo de palma no sul do Camarões.

GLOBALIZAÇÃO-‘O caso HSBC é só a ponta do iceberg’.

“A Suíça é o principal local de lavagem de dinheiro do nosso planeta, o local de reciclagem dos lucros da morte.” O alerta bem que poderia ter sido feito pelas fontes que revelaram os segredos das 100 mil contas do banco HSBC na Suíça, o que criou um terremoto mundial. Mas, na verdade, a frase já foi dita há 25 anos na primeira página de um livro que já revelava tudo o que se vê agora.

GLOBALIZAÇÃO-Moçambique: a nova fronteira agrícola controlada por empresas de fachada. Entrevista especial com Devlin Kuyek.

A compra de terras em Moçambique, no continente africano, por empresas estrangeiras, é uma tentativa de “transformar a área numa nova fronteira para a produção barata de exportação, seguindo o modelo do Cerrado brasileiro”, informa Devlin Kuyek à IHU On-Line. Ele explica que o governo africano, com apoio dos governos japonês, americano, brasileiro e do Banco Mundial, “está desenvolvendo uma infraestrutura na região, ligando importantes e novas minas de carvão no leste (desenvolvidas pela Vale) com o porto de águas profundas de Nacala”.

AGRONEGÓCIO-A recolonização de Moçambique pelas mãos do agronegócio. Entrevista especial com Vicente Adriano.

Vejamos esta história. Um país que tem em seu povo uma lógica muito própria de vida. Tribos, que aos olhos estranhos podem ser vistas como primitivas, têm uma relação de subsistência com a terra. No entanto, povos europeus chegam e subvertem essa relação. O homem nativo passa a ser mão de obra, e a terra, espaço para formação de grandes monoculturas. Estamos no início do século XVI. Passam-se anos, o povo serve aos interesses dos colonizadores, surgem conflitos, e cai em miséria.

Grilagem e desmatamento contam a história do Jari.

O cearense José Júlio de Andrade é tido como o latifundiário pioneiro da região do Jari. Chegou à Amazônia no apogeu do ciclo da borracha, final do século XIX, e se apossou de uma extensão de terras maior que o território do Jari. Para subordinar a população local o coronel Andrade usava a prática do aviamento, ou seja, comprava borracha, balata ou a castanha em troca do fornecimento de insumos para as populações extrativistas. Como os preços sempre favoráveis ao comerciante, os coletores estavam sempre ao devendo ao dono do barracão, e eram obrigados a trabalhar de graça para ele. O expediente ainda hoje é usado na Amazônia.

Adeus aos índios e à biodiversidade.

Sai década, entra década e não mudamos. Nosso mundo institucional continua cego e surdo ao que convenções e tratados, além de relatórios de pesquisadores, têm dito: a biodiversidade é um dos bens mais decisivos; sem ela, não só perderíamos a possibilidade de manutenção e reposição das espécies, como afetaríamos tudo o que está ao redor – bens naturais, recursos hídricos, regime do clima. E depois da Convenção da Biodiversidade (ONU), da qual o Brasil é signatário (1992), vários outros documentos têm enfatizado que o caminho mais eficaz para a conservação da biodiversidade está nas reservas indígenas, mais eficazes até que reservas, parques e outras áreas protegidas.

ECOLOGIA-Belo Monte vai engolir muito mais que palafitas em Altamira.

Moradores e comerciantes de região central da cidade ainda não têm ideia quanto receberão por suas casas e estabelecimentos, muito distantes das palafitas que simbolizam os atingidos nas propagandas da Norte Energia. “Até final de fevereiro todas as casas dessa rua serão demolidas”, sentencia o engenheiro Marcelo Silva, ostentando no peito o crachá do Consórcio Norte Energia. Cercado de moradores indignados, Silva, acuado, aponta nervoso rua acima e abaixo a Sete de Setembro, localizada na Área Açaizal, bairro Centro, Altamira, PA.