Mudanças climáticas (Pág. 16 de 32)

Sofrendo com seca histórica, Califórnia propõe ampliação do corte de emissões.

O estado norte-americano da Califórnia está passando por uma severa estiagem: 2013 foi classificado como o ano mais seco desde que começaram as medições, em 1849, e 2014 parece seguir essa mesma linha. De acordo com Lynn Ingram, paleoclimatologista da Universidade de Berkeley, a análise dos anéis nos troncos de árvores revela que a seca atual é a pior dos últimos 500 anos.

Um inferno siderúrgico na Amazônia.

Piquiá de Baixo, Brasil, 10 de fevereiro de 2014 (Terramérica).- “Meu sobrinho tinha oito anos quando pisou na ‘munha’ (carvão pulverizado) e queimou as pernas até os joelhos”, conta Angelita Alves de Oliveira neste pedaço da Amazônia brasileira transformado em armadilha mortal para seus habitantes. O tratamento em hospitais distantes não conseguiu salvar a criança, porque “seu sangue ficou intoxicado, segundo o médico. Minha irmã jamais voltou a ser a mesma mulher. Perdeu seu filho mais novo”, disse a professora Oliveira. Seu marido também foi vítima dessas queimaduras, como comprovam as cicatrizes em suas pernas.

Governo investe pesado buscando reduzir emissões das siderúrgicas.

Investimento significativo do governo federal reduzirá as emissões de gases de efeito estufa geradas pela siderurgia no país. Encabeçadas pelos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as ações para a promoção do carvão vegetal, matéria prima renovável disponível para a produção de aço e ferro, foram lançadas na sexta-feira (7), em Belo Horizonte, pelos ministros Izabella Teixeira e Fernando Pimentel, respectivamente, e por representantes de federações e entidades que representam os empresários do segmento.

Falta de chuva afeta a capacidade da Amazônia de absorver carbono.

A seca que atingiu a Bacia Amazônica em 2010 foi tão severa que comprometeu até mesmo a capacidade da floresta de absorver o excesso de dióxido de carbono (CO2), considerado o principal gás de efeito estufa. No ano seguinte, com chuva acima da média, a vegetação conseguiu não apenas absorver toda a emissão oriunda de processos naturais como também a resultante de atividades humanas, entre elas as queimadas.

Os novos revolucionários: Cientistas do clima exigem mudança radical, por Renfrey Clarke.

Tradução deste texto, originalmente publicado na revista online “Climate and Capitalism”, no último dia 09/01. Trata-se de um artigo muito interessante, que mostra até onde podem chegar conclusões baseadas essencialmente na Ciência do Clima e no balanço de carbono. Evidentemente, concluir que existe um antagonismo entre a manutenção do equilíbrio do clima global e a permanência dos sistemas planetários de suporte à vida (humana, inclusive) e o modo de produção capitalista amplifica as vozes de contestação ao sistema. Mesmo antes dessa posição surgir mais claramente e crescer, a oposição ao uso de combustíveis fósseis já explica em si muito dos ataques sistematicamente lançados por esta aos cientistas. Pelo visto, esse acirramento do conflito entre ciência e status quo tende a crescer quantos mais forem os cientistas dispostos a se posicionarem como descrito neste artigo. Fica o convite à leitura.

Expansão de porto para exportação de carvão ameaça Grande Barreira de Coral.

A Grande Barreira de Coral é um dos mais ricos ecossistemas marinhos do planeta e um dos principais atrativos turísticos da Austrália, mas está sendo colocada em risco em nome do aumento da capacidade australiana de exportação de carvão. Na última sexta-feira (31), a Autoridade do Parque Marinho da Grande Barreira de Coral (GBRMPA) anunciou que três milhões de metros cúbicos de resíduos de dragagem serão depositados na área do parque, a cerca de 20 quilômetros de onde estão os corais.