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GLOBALIZAÇÃO-Moçambique: a nova fronteira agrícola controlada por empresas de fachada. Entrevista especial com Devlin Kuyek.

A compra de terras em Moçambique, no continente africano, por empresas estrangeiras, é uma tentativa de “transformar a área numa nova fronteira para a produção barata de exportação, seguindo o modelo do Cerrado brasileiro”, informa Devlin Kuyek à IHU On-Line. Ele explica que o governo africano, com apoio dos governos japonês, americano, brasileiro e do Banco Mundial, “está desenvolvendo uma infraestrutura na região, ligando importantes e novas minas de carvão no leste (desenvolvidas pela Vale) com o porto de águas profundas de Nacala”.

GLOBALIZAÇÃO-A crise do neo-desenvolvimentismo.

"A Cepal, seguindo novamente os interesses dos Estados imperialistas, tem sugerido a integração do Mercosul às cadeias produtivas globais, qual seja: a instalação de plantas das grandes corporações multinacionais que virão em busca de matérias-primas e mão de obra mais barata", escreve Tatiana Berringer, doutora em Ciência Política pela Unicamp e integrante do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais, em artigo publicado pela revista Carta Capital, 20-01-2015.

INDÍGENAS-Evo, líder dos povos indígenas.

As autoridades bolivianas preparam os detalhes para a investidura do presidente Evo Morales (foto), que acontecerá nas ruínas de Tiahuanaco, hoje, um dia antes que o chefe de Estado inicie oficialmente seu terceiro mandato consecutivo até 2020. Morales, reeleito nas eleições de outubro com mais de 61%, será ungido líder dos povos indígenas, em Tiahuanaco, a 71 quilômetros de La Paz, a capital do antigo império pré-colombiano com o mesmo nome - cuja cultura se desenvolveu entre os anos 1580 antes de Cristo e 1172 de nossa era -, após ser submetido a uma série de rituais para entrar em contato com as fontes de energia do lugar.

Oxfam: Em 2016, 1% mais ricos terão mais dinheiro que o resto do mundo.

Um estudo divulgado nesta segunda-feira 19 pela ONG britânica Oxfam afirma que, em 2016, as 37 milhões de pessoas que compõem o 1% mais rico da população mundial terão mais dinheiro do que os outros 99% juntos. O relatório tem o objetivo de influenciar as discussões a serem travadas no Fórum Econômico Mundial (FEM), que reúne os ricos e poderosos no resort suíço de Davos entre 21 e 24 de janeiro.

ECONOMIA VERDE-A lógica perversa do capitalismo verde.

Para entender como e por que o capitalismo verde avança sobre os territórios indígenas e das populações tradicionais é necessário reconhecer os paradoxos da água. Ou seja, a água é vida e morte, liberdade e escravidão, esperança e opressão, guerra e paz. A água é um bem imensurável, insubstituível e indispensável à vida em nosso planeta, considerada pelo Artigo 225 da Constituição Federal, bem difuso, de uso comum do povo.

Planeta insustentável: a civilização do lixo.

Esta é uma montanha que não para de crescer. Nos cálculos da ONU e do Banco Mundial nas últimas três décadas a geração de resíduos sólidos urbanos cresceu três vezes mais rápido do que a população. Os sete bilhões de habitantes produziram 1,4 bilhão de toneladas de lixo e em 10 anos o montante chegará a 2,2 bilhões de toneladas. Lógico que metade desse lixo é gerada pelos países da Organização Para a Cooperação e Desenvolvimento, a OCDE, clube dos 34 ricos do planeta. Entre eles os países da União Europeia, além de Coreia do Sul, Japão, Austrália e Reino Unido.