FAO (Pág. 2 de 2)

Políticas de agricultura familiar brasileiras são exemplo mundial.

As mudanças climáticas e o aumento da população impõem desafios aos atuais modelos de agricultura. E, nesse contexto, a agricultura familiar ganha força – sobretudo como um importante meio para reduzir a pobreza e garantir a segurança alimentar. As políticas brasileiras no setor são tidas como exemplo pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Mas, para os trabalhadores do campo, ainda há muito a ser feito.

Alimentos para comer ou jogar fora?

“O desperdício alimentar tem diversas causas e responsáveis, mas, basicamente, trata-se de um problema estrutural e de fundo: os alimentos se tornaram mercadorias de compra e venda e sua função principal, nos alimentar, ficou em segundo plano”. O comentário é de Esther Vivas ( em artigo publicado pelo Público, 01-01-2013.

MST ataca pai do Fome Zero, que elogiou agronegócio.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e representantes de sete entidades que atuam na área da defesa dos direitos humanos e de agricultores se disseram ontem "indignados" e com "medo" por causa de artigo do diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, em parceria com Suma Chakrabarti, presidente do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Berd), no qual os dois afirmam que "o mundo precisa de mais alimentos" na luta contra a fome e sustentam que "o setor privado pode ser o principal motor de tal crescimento". O texto, que saiu no último dia 6, na edição europeia do The Wall Street Journal, tem o título de "Fome por Investimento".

Agricultura tem que se comprometer com o planeta na Rio+20, diz FAO.

Ele, que participa do Fórum Social Mundial, que teve início em Porto Alegre (RS), afirmou que todos os ministros da agricultura, “do mundo todo”, têm que estar presentes na conferência para que a produção se comprometa de forma efetiva a limpar o planeta. “A agricultura não é só parte do problema, também é parte da solução da questão ambiental, tem muito que contribuir no desenvolvimento sustentável do planeta, encontrando técnicas menos agressivas com o meio ambiente, ajudando com a energia limpa e redistribuindo melhor a produção”, disse. Segundo Graziano, o setor contribui com 30% das emissões de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento global, e que é necessário conscientizar os agricultores. O brasileiro assumiu a FAO no início de 2012. Rio+20 – De acordo com a organização da conferência da ONU, o encontro estará dividido em três fases. De 13 a 15 de junho está prevista a 3ª Reunião do Comitê Preparatório, que deverá acertar os últimos detalhes da negociação diplomática baseada nos três pilares do desenvolvimento sustentável (o econômico, o social e o ambiental). De 16 a 19 de junho serão programados eventos com a sociedade civil e de 20 a 22 do mesmo mês acontece o encontro com a presença dos chefes de estado. A conferência que o Rio de Janeiro sediará é de uma modalidade de “uma por geração”, realizada a cada 20 anos. Portanto, deve definir objetivos políticos mais amplos. No último dia 11, foi divulgado o primeiro rascunho do texto-base que vai pautar o encontro. Denominado “Draft Zero” (Rascunho Zero, na tradução do inglês), o material de 19 páginas convoca os países a criar soluções para erradicar a pobreza no mundo, reduzir o impacto na biodiversidade, além de resolver questões diplomáticas como a criação de uma “agência ambiental” independente, que seria sediada no Quênia. O documento, que poderá ser modificado até o início da conferência, afirma que entre 2012 e 2015, as nações terão que criar metas para se chegar a uma economia verde, colocadas em prática em três anos e consolidadas até 2030. Apesar do apelo, organizações ambientais consideram o texto pouco ambicioso, principalmente nas questões sobre mudança climática. (Fonte: Globo Natureza)

Especialistas sugerem medidas para produção alimentar sem aumentar as emissões e a destruição de florestas.

O mundo se encontra diante de um gigantesco desafio: aumentar a produção de alimentos sem destruir a natureza nem piorar o aquecimento global. O problema, dizem os cientistas, é que a humanidade já chegou muito perto de seu limite seguro. O planeta abriga hoje 7 bilhões de pessoas, e a produção atual seria capaz de nutrir entre 8 bilhões, segundo estimativas mais conservadoras, e 10 bilhões, para os mais otimistas.

Soluções caseiras.

Nairobi, Quênia, 23/11/2011 – Quando os projetos de hortas financiados por doadores internacionais fracassaram na aldeia de Kalacha, perto do deserto de Chalbi, no Quênia, a população local propôs suas próprias ideias, que posteriormente mostraram ser a solução do problema.