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Os conhecimentos e os interesses. Universidade de Columbia exige que professores revelem a quem prestam serviços.

"As recomendações e análises dos economistas (inclusive as minhas), mesmo quando prestadas em boa fé, estão eivadas de valorações e pressupostos não revelados, para não falar de ostentações de rigor e cientificidade incompatíveis com a natureza do objeto investigado, incidente ontológico quase sempre ignorado pelos praticantes da "Ciência Triste". Isso não lança necessariamente dúvida sobre a honestidade intelectual dos economistas, mas, sim, os obriga a explicitar as "visões" (como dizia Schumpeter) que antecedem e fundamentam suas análises", escreve Luiz Gonzaga Belluzzo, professor titular do Instituto de Economia da Unicamp, em artigo publicado no jornal Valor, 03-07-2012.

A corrupção acadêmica e a crise financeira.

"Hoje em dia, se você vir um célebre professor de economia depondo no Congresso ou escrevendo um artigo, são boas as chances de ele ou ela ter sido pago por alguém com grande interesse no que está em debate. Na maior parte das vezes esses professores não revelam esses conflitos de interesse. Além disso, na maior parte do tempo suas universidades se fazem de desentendidas", escreve Charles Ferguson, vencedor do Oscar de melhor documentário de 2010 por "Inside Job -Trabalho Interno". Em livro homônimo, recém-lançado no Reino Unido, ele aborda conflitos de interesses de acadêmicos comprometidos com governo e empresas privadas

Risco de pesquisa com vírus mortal é alto demais, diz agência dos EUA.

Pesquisadores do Painel Consultivo sobre Biossegurança dos Estados Unidos (NSABB, na sigla em inglês) publicaram nesta terça-feira (31) um artigo nas revistas “Science” e “Nature”, no qual se posicionam mais uma vez contra a publicação dos detalhes de uma pesquisa com o vírus H5N1, da gripe aviária, que tem alta taxa de mortalidade entre humanos.