Publicações (Pág. 27 de 46)

Empreiteiras tentaram acordo ‘imoral’.

Advogados das cinco maiores empreiteiras do país buscaram fechar um acordo considerado “imoral” pelo Ministério Público Federal, na véspera da deflagração da 7ª fase da operação Lava-Jato, que levou 23 pessoas à prisão e contou com dezenas de ações de busca e apreensão em cinco Estados e no Distrito Federal (Nota do site: vale ressaltar que estas corporações como a Odebrecht, eram a joia da coroa dos militares e foi esta família que abocanhou, na privatização, o Polo Petroquímico de Camaçari, depois o Polo do Rio Grande do Sul e nos últimos tempos comprou a refinaria Ipiranga. Vê-se que esta elite não é de hoje que vem sendo nutrida pela sombra do Estado).

J&F ‘elegeu’ a maior bancada da Câmara.

A primeira campanha com o fim das doações ocultas expôs a força empresarial na eleição para deputados. Oito grupos econômicos que irrigaram o caixa dos candidatos à Câmara dos Deputados com R$ 162,6 milhões ajudaram a eleger bancadas maiores que as do PT e o PMDB, mostra levantamento do Valor com colaboração do Valor Data. Mais de 160 deputados eleitos receberam dinheiro da J&F, dona do frigorífico JBS, na disputa por cadeiras no Congresso Nacional. O grupo empresarial enviou cerca de R$ 57,6 milhões para financiar a disputa, se consolidando – com folga – como o maior doador da nova Câmara, segundo declararam as campanhas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“O neoextrativismo está acabando com a América Latina”. Entrevista com Boaventura de Sousa Santos.

Há alguns dias, Boaventura de Sousa Santos, pesquisador e diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Portugal) visitou a Espanha para o lançamento de dois livros chaves para entender a complexidade da realidade social contemporânea no mundo e no continente europeu: A democracia à beira do caos (Siglo del Hombre) e Democracia, direitos humanos e desenvolvimento (Dejusticia). Nenhum dos dois está em português. El Espectador falou com ele sobre seus trabalhos, a crise europeia e os problemas enfrentados pela América Latina.

CNBB manifesta preocupação com direitos indígenas.

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou no dia 23 de outubro, nota manifestando a preocupação da entidade em relação aos direitos dos povos indígenas, após decisões da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de anular os efeitos de portarias do Ministério da Justiça que reconheciam territórios ocupados por povos indígenas no Maranhão e no Mato Grosso do Sul. O texto foi aprovado pelo Conselho Permanente da Conferência, que esteve reunido em Brasília, de 21 a 23 de outubro. “A CNBB espera que não haja retrocesso na conquista dos diretos indígenas, especialmente quanto à demarcação de seus territórios”, afirma a nota.

CNBB vê retrocesso em decisões judiciais sobre terras indígenas.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou ontem (23) nota manifestando preocupação com as decisões da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de anular os efeitos de portarias do Ministério da Justiça que reconheciam territórios ocupados por povos indígenas no Maranhão e em Mato Grosso do Sul. O secretário-geral da CNBB e bispo auxiliar de Brasília, dom Leonardo Steiner, que trabalhou com indígenas em São Félix do Araguaia, norte de Mato Grosso, disse que tais decisões sinalizam retrocesso também quanto a terras indígenas já demarcadas. “Vamos procurar a Suprema Corte [Supremo Tribunal Federal] para dialogar, porque a situação indígena merece nosso cuidado”, disse ele.

O clamor dos indígenas que precisamos ainda ouvir.

“Alguma coisa falhou no processo de educação e de evangelização dos europeus, notadamente dos espanhois e dos portuguses que impediu que ocorresse verdadeiramente um encontro de pessoas e de culturas. O que houve foi uma negação pura e simples da alteridade”, escreve Leonardo Boff, filósofo, teólogo e escritor.