Capitalismo (Pág. 5 de 12)

Os assassinatos de Paris: uma armadilha mortal.

É triste ver como um continente que foi berço de uma civilização marcha cegamente para uma armadilha: a de uma guerra santa contra o Islã. Para isso bastaram três terroristas muçulmanos e um ataque assassino ao semanário parisiense Charlie Hebdo. É preciso sair da compreensível onda do “todos somos Charlie Hebdo” para examinar os fatos e entender que estamos em mãos de uns poucos extremistas, nos colocando em seu próprio nível.

Nota da CPT: Balanço da Reforma Agrária 2014 e do primeiro mandato da Presidenta Dilma Rousseff.

No último ano do primeiro mandato, Dilma Rousseff deixa sua marca na questão agrária: foi a presidenta que menos desapropriou terras e assentou famílias para a Reforma Agrária; menos demarcou os territórios Indígenas, Quilombolas e de diversas populações tradicionais; menos criou Reservas Extrativistas. Em contrapartida, foi a que mais apoiou o agronegócio e os grandes empreendimentos capitalistas. Ao que parece, os sinais do tempo indicam que a mudança não vem do Planalto, vem das Planícies.

Planeta insustentável: a civilização do lixo.

Esta é uma montanha que não para de crescer. Nos cálculos da ONU e do Banco Mundial nas últimas três décadas a geração de resíduos sólidos urbanos cresceu três vezes mais rápido do que a população. Os sete bilhões de habitantes produziram 1,4 bilhão de toneladas de lixo e em 10 anos o montante chegará a 2,2 bilhões de toneladas. Lógico que metade desse lixo é gerada pelos países da Organização Para a Cooperação e Desenvolvimento, a OCDE, clube dos 34 ricos do planeta. Entre eles os países da União Europeia, além de Coreia do Sul, Japão, Austrália e Reino Unido.

A silenciosa decadência dos shopping-centers.

Um dos maiores ícones do capitalismo está em decadência. A época do apogeu dos shopping centers já passou e há sinais eloquentes de que esse modelo de negócio está acabando — assim como o consumismo excessivo. Nos Estados Unidos, onde eles foram inventados, cerca de 15% no shoppings vão falir ou serão transformados em outros espaços comerciais nos próximos dez anos, segundo a Green Street Advisors, empresa americana ligada a empreendimentos comerciais. Outra empresa do ramo, a CoStar Group, calcula que, em média, 35% dos espaços das lojas dos shoppings americanos estão ociosos.

O dilema entre crescer e preservar.

“Da terra tiramos nosso sustento e à terra devolvemos dejetos do processo produtivo (resíduo, poluição, matéria dissipada). É assim que age o sistema econômico: usa e explora os limitados recursos naturais (input) e devolve lixo (output) à natureza”, escreve Marcus Eduardo de Oliveira, economista e professor, com mestrado pela (USP), em artigo publicado pelo portal EcoD, 16-12-2014.