Ao entardecer, quando os raios do sol banham a exuberante paisagem, o Parque Nacional de Chitwan, localizado 200 quilômetros ao sul de Katmandu, capital do Nepal, e considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, é um lugar de absoluta tranquilidade.
Biodiversidade
Tecnologia Terminator: As sementes suicidas e… assassinas, artigo de Nagib Nassar.
Em entrevista à Folha de domingo (05/04/2015), o presidente da Embrapa enfatizou acreditar que o modelo de vendas de semente melhorada garante acesso fácil de agricultores e que sua empresa vai investir em código aberto, ou seja, vender aos agricultores sem cobrar royalties.
Projeto de Lei sobre biodiversidade fere tratado internacional, diz seu maior dirigente.
De acordo com o brasileiro Bráulio Dias, secretário executivo da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), aprovação de projeto em tramitação no Congresso pode trazer consequências negativas para o Brasil e restringir direitos de povos indígenas e tradicionais.
Manifesto denuncia lobby de empresas sobre PL de recursos genéticos.
Carta de camponeses, povos indígenas e tradicionais repudia ação de indústria contra seus direitos no debate sobre proposta que trata dos recursos genéticos e conhecimentos tradicionais. Projeto deve ser votado em comissões do Senado entre esta e a próxima semana.
Mobilização contra lei que regulamenta a biopirataria.
O avanço do Congresso mais reacionário desde a redemocratização sobre direitos coletivos tem mais um capítulo em aberto: o PL n.º 7.735/2014, atual PLC n.º 02/2015. Trata-se de uma nova medida legislativa que visa privatizar o acesso e a exploração econômica da biodiversidade e da agrobiodiversidade brasileiras, bem como dos conhecimentos tradicionais associados, contra os direitos comuns de sociedades indígenas, comunidades tradicionais e os agricultores familiares.
A grama da Amazônia e a poeira do deserto.
Passar os olhos pelos jornais é exercício rico e nem sempre ameno. Ao mesmo tempo que nos dá o privilégio de saber o que acontece em toda parte – notícias surpreendentes e alentadoras -, essa cobertura ampla traz implícito o risco de preocupações, aflições, sofrimentos até. A semana passada não foi diferente.
GLOBALIZAÇÃO-Florestas em perigo na África.
Imagens de satélite obtidas em uma investigação do Greenpeace África (em inglês) mostraram que mais de 3 mil hectares de floresta tropical já foram destruídos nas bordas de uma importante reserva natural africana, a Reserva de Fauna Dja, que é patrimônio mundial da Unesco e lar de grandes primatas. A área destruída faz parte de uma concessão da empresa chinesa Havea Sud, que produz óleo de palma no sul do Camarões.
Indígenas têm a chave para uma alimentação de qualidade.
Erradicar a fome e a má nutrição no século 21 já não se limita a melhorar a disponibilidade de alimentos, mas também sua qualidade. Apesar dos êxitos do sistema de alimentação mundial, cerca de 805 milhões de pessoas passam fome de forma crônica, e aproximadamente dois bilhões carecem de um ou mais micronutrientes, ao mesmo tempo em que há 2,8 bilhões de obesos, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), divulgados em outubro.
Adeus aos índios e à biodiversidade.
Sai década, entra década e não mudamos. Nosso mundo institucional continua cego e surdo ao que convenções e tratados, além de relatórios de pesquisadores, têm dito: a biodiversidade é um dos bens mais decisivos; sem ela, não só perderíamos a possibilidade de manutenção e reposição das espécies, como afetaríamos tudo o que está ao redor – bens naturais, recursos hídricos, regime do clima. E depois da Convenção da Biodiversidade (ONU), da qual o Brasil é signatário (1992), vários outros documentos têm enfatizado que o caminho mais eficaz para a conservação da biodiversidade está nas reservas indígenas, mais eficazes até que reservas, parques e outras áreas protegidas.
BIODIVERSIDADE-O que está em jogo no PL de acesso aos recursos genéticos do Congresso?
Um dos mais significativos avanços da Convenção sobre Diversidade Biológica é o reconhecimento do conhecimento tradicional de comunidades locais e povos indígenas como fundamental para a conservação e para o uso racional da biodiversidade. Desse reconhecimento, se derivaram importantes direitos a esses povos e comunidades, sendo os principais: (i) o consentimento prévio informado para o acesso ao conhecimento tradicional associado aos recursos genéticos e (ii) a repartição justa e equitativa dos benefícios advindos da utilização de recursos genéticos e do conhecimento tradicional a eles associados.