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Belo Monte e a ignorância ambiental.

Recentemente, o colunista do Correio da Cidadania Wladimir Pomar publicou dois artigos que me chamaram especialmente a atenção: “Perguntas de um ignorante ambiental” e “Belo Monte”, nos quais ele defende a construção de hidrelétricas como estratégias de desenvolvimento para o país, e este barramento, em especial, no Rio Xingu. Como colaborador frequente do Correio da Cidadania em questões ligadas ao meio ambiente, ecólogo e, acima de tudo, atingido direto por Belo Monte, pois resido na cidade de Altamira, no Pará, onde esta obra está sendo desenvolvida, sinto-me na obrigação de respondê-lo enfática e prontamente.

Índios mantêm ocupação de obras da usina de Belo Monte.

Faz quatro dias que cerca de 150 índios das etnias dos povos Xikrin, Juruna, Parakanã e Araras, afetados pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte, ocupam parte da Ilha Marciana, que integra o Sítio Pimental, da barragem. Eles confiscaram chaves de tratores, carros e equipamentos de rádio usados pelos trabalhadores.

Belo Monte, Anúncio de uma Guerra – o filme.

A primeira ideia era escrever um roteiro de ficção sobre a Amazônia. Depois de uma expedição pela floresta — e a constatação de que a Amazônia não é tão simples quanto parece —, a ideia passou a ser fazer uma pesquisa filmada. Após três anos, 120 horas de filmagens e R$ 140 mil angariados em uma grande vaquinha pela internet, o projeto finalmente saiu do papel. E em uma data propícia. O documentário "Belo Monte - Uma Guerra Anunciada", sobre a usina hidrelétrica que está sendo construída no Pará, estreou no último domingo, com exibição no auditório Ibirapuera, em São Paulo, em meio às discussões sobre meio ambiente promovidas pela Rio+20. Agora, ele está disponível na internet para quem quiser assitir neste link. Na próxima sexta-feira, o longa-metragem pode ser assistido na Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo. O horário da sessão ainda não foi definido.

Raoni: “Pode ser que nos matem, mas vou com meus guerreiros impedir Belo Monte”.

Raoni Metuktire e Megaron Txucarramãe, kayapós de Mato Grosso, (Foto abaixo: Reprodução/CI e Lindomar Cruz/ABr) estão no Rio de Janeiro para participar do seminário Fundo Kayapó um doseventos paralelos da Rio+20. Mais uma vez, falarão em defesa dos povos indígenas – é a luta que iniciaram há mais de seis décadas, quando entraram em contato pela primeira vez com não índios, nos anos 1950.