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Atraentes e repelentes biológicos.

Uma visita de férias do então estudante de agronomia José Maurício Simões Bento a uma fazenda produtora de cana-de-açúcar em Olímpia, no interior paulista, no início da década de 1990, resultou alguns anos depois no lançamento do primeiro feromônio comercial brasileiro, uma substância química identificada na fêmea do besouro Migdolus fryanus usada para atrair os machos para o acasalamento. Sintetizada em laboratório, ela é usada para combater o inseto no canavial.

Agricultura: Liderança Surpreendente por Contribuição à Poluição.

O moderno sistema agrícola é responsável por liberar mais dióxido de carbono (CO2) na atmosfera do que a atual queima de combustíveis fósseis. Um importante fator que alguns especialistas acreditam ser a CHAVE para a reversão da devastação ambiental, é retornar ao sistema de pastoreio na criação de gado. Da mesma forma, como retomar os métodos de agricultura orgânica sustentável é algo necessário como suporte para a regeneração dos solos que, em última análise, ditam quão nutritivo o alimento será por terem se originado neles.

Transcrição da Palestra da Dra. Vandana Shiva.

Esta grande ativista e autora de vários livros, a física quântica, Dra.Vandana Shiva, fez uma inspirada palestra na Universidade de Wageningen, Holanda, em 21.fevereiro de 2014, chamada ‘Fooda Otherwise’ (Outra forma de produção de alimentos). Fala sobre agricultura, transnacionais e a luta de sobrevivência necessária para que a fome no mundo não se transforme em fome da humanidade.
“Monopólios, centralização e monoculturas vão passo a passo e são os instrumentos do poder. Nós temos que criar instrumentos de democracia, diversidade e resiliência.” Aqui está a transcrição desta palestra.

Quem tem medo da agricultura ecológica?

“Se as práticas agroecológicas emergem é precisamente como resposta a um modelo de agricultura que contamina a terra e os nossos corpos.” A reflexão é de Esther Vivas em artigo publicado no jornal espanhol Público, 07-07-2014. A tradução é de André Langer.

Alimentos orgânicos contêm mais antioxidantes, aponta estudo.

A demanda por orgânicos é, em parte, impulsionada pela percepção dos consumidores de que esses alimentos são mais nutritivos que os produzidos de forma convencional, apesar de não haver consenso científico a respeito. Mas um novo estudo sugere uma diferença clara entre os dois processos: o de que cultivos orgânicos possuem maior concentração de compostos antioxidantes.

Estudo revela que agricultores familiares não têm condições de cumprir normas de uso seguro dos agrotóxicos.

No Brasil, o conceito de uso seguro relacionado aos agrotóxicos é uma falácia. A constatação, em tom de alerta, é da dissertação de mestrado do farmacêutico Pedro Henrique Barbosa de Abreu, defendida recentemente na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, sob a orientação do professor Herling Alonzo. De acordo com o pesquisador, as normas contidas na denominada Lei dos Agrotóxicos, sancionada em 1989, bem como as diversas e complexas medidas técnicas descritas nos manuais de segurança, elaborados pela Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef, que representa as indústrias químicas) e por instituições públicas de saúde, meio ambiente e agricultura, não podem ser cumpridas, principalmente por parte dos agricultores familiares, que não dispõem de informações e nem de recursos para tal. “Ou seja, quando o assunto é agrotóxico, não se pode falar em uso seguro no país”, sustenta o autor do trabalho.

Transgênicos semeiam novos caminhos,

O produtor de feijão Manuel Alvarado integra o majoritário grupo de agricultores do México que considera desnecessária a introdução de variedades dessa leguminosa geneticamente modificadas, que o governo defende. “Em rendimentos, não há um estudo que demonstre ser superior aos híbridos ou às sementes regionais. As pessoas ainda não sabem o que é um produto transgênico, nem os efeitos que provoca, mas algumas coisas que se conhece não são boas”, afirmou o agricultor, que lidera a organização Enlace ao Campo, na cidade de Fresnillo, no Estado de Zacatecas.

A agricultura familiar brasileira no contexto mundial, artigo de Antonio L. O. Heberlê.

Não há uma definição universal sobre agricultura familiar, embora algumas sejam mais amplamente aceitas. Em muitos casos, como o brasileiro, há uma associação entre o espaço explorado pelos pequenos produtores, que considera o espaço da família, com referencial básico de Unidades Produtivas (quatro módulos fiscais). Mas isso é muito diferente da definição utilizada nos Estados Unidos, por exemplo, onde são incluidas fazendas de todos os tamanhos, desde aquelas com baixos níveis de renda ou produção até propriedades que são multimilionárias, mas todas conduzidas pelas famílias, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura -FAO (Lowder, S.K., Skoet, J. and Singh, S. 2014). As chamadas chamadas small family farms representam 21% da produção agrícola norte-americana (Hoppe & MacDonald, 2013).