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Cinquenta anos de Silent Spring, artigo de Roberto Berlinck.

Em 1948 Rachel Carson, bióloga marinha, já sabia das consequências potencialmente devastadoras do acúmulo de defensivos agrícolas tóxicos (chamados de “biocidas” por Carson) em animais e plantas. Convencida da importância em tornar público o conhecimento sobre o perigo do acúmulo destas substâncias em plantas e animais, inclusive no homem, Carson procurou colegas para escrever um livro sobre o assunto. Mas não encontrou quem se dispusesse a fazê-lo. Buscou apoio financeiro, mas também teve dificuldade em conseguir. Decidiu, assim, assumir a responsabilidade em escrever e publicar o livro que seria considerado o marco inicial para o surgimento do movimento ambientalista: Silent Spring (“Primavera Silenciosa”), que neste ano completou 50 anos de publicação em 27 de setembro.

A FDA bane o BPA das mamadeiras e copinhos infantis.

De agora em diante, os fabricantes dos EUA não podem mais produzir mamadeiras e copos com biqueira (para criança que engatinha) de policarbonato se o plástico transparente tiver sido feito com bisfenol A, um composto mimetizador hormonal. Esperado a longo tempo, o anúncio mesmo não sendo grande coisa, representa um gesto ousado. A administração Obama decide trancar a porta do estábulo, depois que a vaca já m

O BPA Danifica Cromossomas, Altera o Desenvolvimento do Óvulo da Mãe e do Ovário dos Fetos.

Um estudo com animais detectou que a exposição ao BPA (bisfenol A) danifica cromossomas e interfere no desenvolvimento do óvulo, podendo levar a um aborto espontâneo ou a um nascimento com deficiências como a Síndrome de Down. Em animais expostos a pequenas doses deste químico, ocorreram não só problemas com o desenvolvimento inicial do óvulo, mas também no desenvolvimento do óvulo dos fetos fêmeas, ainda na fase embrionária; os óvulos não conseguiam aderir adequadamente nos folículos, podendo significar que eles poderão ter dificuldades de vir a se desenvolver e maturarem normalmente. Exposições químicas que nós estamos vivenciando atualmente têm potencial para impactarem não só a saúde, mas também alterar provavelmente as futuras gerações mesmo que elas não sejam expostas diretamente a estes químicos. Estudo recente detectou que ratas prenhes expostas a dioxinas transmitem enfermidades às terceiras gerações de seus descendentes via herança epigenética transgeracional, e alterações celulares que influenciam a expressão de vários genes. No sentido de evitar quaisquer tipo de químicos sintéticos tóxicos que possam lixiviar para nosso alimento e bebida, escolhamos sempre materiais de vidro em vez de plásticos, especialmente quando há contato direto do alimento com estes produtos ou naqueles que são dirigidos para mulheres grávidas, bebês e crianças.

Pisos que podem nos tornar e a nossos filhos, doentes.

Macios, os pisos plásticos flexíveis, tais como os de vinil ou aqueles pisos acolchoados com estruturas de brinquedos para crianças (muitas vezes usados em creches e jardins de infância, também), são usualmente feitos de polivinil cloreto (PVC), contendo os perigosos ftalatos. Uma nova pesquisa conduzida por pesquisadores suecos detectaram níveis de certos ftalatos, em maiores quantidades, na urina de bebês que tinham os pisos de PVC em seus quartos de dormir. Pisos de PVC têm sido conectados a doenças crônicas, incluindo alergias, asma e autismo. Os ftalatos emitidos dos pisos de PVC são substâncias disruptoras endócrinas que vem sendo relacionadas a uma ampla gama de efeitos de “feminização” tanto no desenvolvimento como na reprodução, sendo particularmente perigosos aos bebês e às crianças. Quando escolher materiais para os pisos domésticos, especialmente para o quarto do bebê, rejeitar o de PVC sempre que for possível.

Bisfenol-A (BPA) é relacionado a alterações hormonais da tireóide em mulheres grávidas e recém-nascidos;

Bisfenol-A (BPA), um composto químico reconhecidamente classificado como um dos Disruptores endócrinos, ou também denominados de Desreguladores endócrinos, tem sido associado a mudanças nos níveis de hormônio tireoidiano em mulheres grávidas e meninos recém-nascidos, de acordo com um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia , Berkeley.

Sacolas plásticas, opinião do Professor José Carlos Pinto, COPPE/UFRJ.

Texto do professor da UFRJ onde se percebe uma profunda ausência de explicitações, por exemplo, sobre os plastificantes e/ou aditivos. Pelo que tem se visto, estes são os maiores vilões e inviabilizadores do uso constante e indiscriminado das resinas plásticas como embalagens na função de ‘protetoras’ da qualidade dos alimentos. Infelizmente, além de algumas resinas terem seus monômeros como xenoestrogênios (conforme afirmativa da área técnica da Anvisa, ver material neste site) ou haver a contaminação, não intencional, de todos os plásticos que têm cloro com dioxina, são estes aditivos, nunca apresentados porque na maioria das vezes sua informação é tida como segredo industrial, que têm feminizado os machos e masculinizado as fêmeas. Conforme materiais que também estão neste site, são obesogênicos. Além disso, lastima-se que o texto não vá mais fundo e esclareça os metais pesados e os outros problemas ‘biológicos’ que estão embutido neste tipo de resinas oxibiodegradáveis que estão inundando o nosso mercado consumidor com esta ‘solução tecnológica’ (texto dos organizadores do site).