Tradições (Pág. 43 de 64)

‘Vivemos o maior ataque a direitos indígenas desde 1988’, diz pesquisadora.

Para a cientista social Daniela Alarcon, vive-se no Brasil uma conjuntura extremamente desfavorável aos povos indígenas, às comunidades tradicionais e aos camponeses. “Setores como o agronegócio ganharam muito espaço no governo Dilma”, diz. Segundo ela, essa é uma das principais razões da não conclusão do processo demarcatório das terras indígenas no sul da Bahia, assim como de outras áreas e da secular não realização da reforma agrária.

Ministro da Justiça diz que vai encaminhar à Câmara parecer sobre inconstitucionalidade da PEC 215.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, disse ontem (3) que vai encaminhar hoje, sexta-feira (4), ao presidente da Câmara de Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), um parecer jurídico, elaborado pela pasta, que demonstra a inconstitucionalidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que transfere do Executivo para o Congresso a prerrogativa de demarcação de terras indígenas.

Le Monde denuncia ameaças contra a tribo Ianomâmi no Brasil.

As ameaças para a sobrevivência da comunidade Ianomâmi denunciadas pelas Ongs de defesa dos povos indígenas ganharam uma extensa reportagem no vespertino francês Le Monde desta quinta-feira. O enviado especial do jornal à região leste de Roraima constatou as dificuldades da população Ianomâmi em preservar seu território diante do apetite cada vez mais voraz dos garimpeiros e dos lobbies agrícolas interessados nas riquezas de suas reservas.

O mutirão do povo guarani-missioneiro.

"Vinte mulheres catadoras de Porto Alegre do bairro Farrapos, na região da entrada da cidade, no entorno da arena do Grêmio, se organizaram a fim de formarem um coletivo de trabalho para a reciclagem de resíduos sólidos. Conseguiram alguém que as ajudasse a construir uma pessoa jurídica. Registraram o estatuto no cartório especializado. Foram até o prédio conhecido como “chocolatão”, onde funciona a delegacia federal da fazenda e conseguiram ali o número do CNPJ para poderem comprar e vender como coletivo de trabalho em reciclagem", narra Antonio Cechin, irmão marista e militante social.