Conhecimento indígena é vital para preservar biodiversidade.

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Especialistas internacionais em disseram nesta segunda-feira que é vital para todas as comunidades do mundo aprender o conhecimento tradicional de povos indígenas para enfrentar as consequências da mudança climática e o rápido desaparecimento das espécies.

 

http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2013/12/10/100778-conhecimento-indigena-e-vital-para-preservar-biodiversidade.html

 

 

Exemplos do valor do conhecimento tradicional indígena diante dos problemas ambientais e ecológicos de hoje em dia são, por exemplo, as técnicas de gestão de incêndios florestais desenvolvidas há milhares de anos por povos no que hoje são os territórios de Austrália, Indonésia, Japão e Venezuela.

Grupos indígenas destas regiões utilizam os incêndios controlados no início da estação seca para criar zonas que amenizam os incêndios incontroláveis na época mais seca do ano, o que, além disso, contribui para a proteção da biodiversidade.

Os especialistas também ressaltaram que perante o aumento de condições meteorológicas extremas, a forma como os indígenas de China, Bolívia e Quênia administraram seus cultivos é uma lição que deve ser aprendida pelos agricultores modernos.

Neste caso, as comunidades indígenas preferiram sempre cultivar uma variedade de produtos tradicionais, apesar desta opção oferecer menos rendimento que o cultivo único de uma só variedade para fazer frente em melhores condições às possíveis mudanças das condições meteorológicas durante o ano.

Outro exemplo é a prática da rotativa no planalto da Tanzânia e nos campos do norte da Tailândia. E em muitas comunidades das ilhas do Pacífico, a prática tradicional implica o uso de restrições, tanto de espaço como de tempo, para permitir a recuperação dos recursos marítimos.

O presidente de Ipbes, um organismo internacional cujo objetivo é buscar soluções para a perda de biodiversidade, Zakri Abdul Hamid, disse em uma declaração que “nossa tarefa é complexa, mas essencial”.

“Devemos identificar as lacunas de conhecimento e criar relações entre decisões políticas e conhecimento, em todas suas formas”, acrescentou.

“Isto significa desenvolver um processo pelo qual a comunidade científica e a comunidade política reconhecem, consideram e estabelecem pontes com os indígenas e seu conhecimento local para a conservação e uso sustentável da biodiversidade”, disse Abdul Hamid.

(Fonte: Exame.com)

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