Engenharia Genética (Pág. 2 de 5)

Do Transgênico ao Sintético: como a biologia sintética escapa da Lei.

Produtos derivados da biologia sintética, uma nova tecnologia que cresce rapidamente, estão chegando para invadir o mercado sem uma estruturação de legislações e regulamentações no espaço que exija uma avaliação pré mercado de seus riscos únicos tanto quanto à saúde como ao ambiente. Num futuro muitíssimo próximo, uma série de produtos alimentícios e agrícolas podem estar sendo colocados tanto no mercado sem rotulagem como nos ecossistemas naturais sem controles de biossegurança ou ainda entendermos sobre seus efeitos destes organismos sinteticamente modificados/OSM sobre a diversidade biológica.

MPF do PA propõe acordo sobre Soja.

Com o fim anunciado da Moratória da Soja, o MPF do Pará tenta medida para evitar o crescimento desenfreado da cultura no Estado. Enquanto isso, soluções concretas ainda estão longe da realidade. Compradores de soja que atuam no Pará assinaram, na noite de sexta-feira (15), o “Acordo Verde dos Grãos”, onde assumem junto ao Ministério Público Federal (MPF) do Estado o compromisso de não adquirir soja cultivada em áreas que sofreram desmatamento ilegal.

Movimentos sociais e cientistas pedem apoio do papa contra transgênicos.

Integrantes de movimentos sociais e cientistas pediram o apoio do papa Francisco para convencer o governo brasileiro a suspender todas as licenças ambientais que autorizam o cultivo e o uso de transgênicos e derivados no Brasil. Em carta enviada ao Vaticano no final de abril deste ano, oito pesquisadores de seis países sustentam que a possibilidade de as empresas multinacionais registrarem a propriedade de formas de vida, como sementes, e processos vivos ameaça a segurança alimentar, estimula a biopirataria e, portanto, deve ser impedida.

Porque os transgênicos são uma ameaça aos camponeses, à Soberania Alimentar, à saúde e à biodiversidade no planeta.

Cientistas escrevem ao Papa Francisco afirmando que "seria de enorme significado e de grande valor para todos que Sua Santidade se pronunciasse criticamente sobre os transgênicos e em apoio à agricultura camponesa, o que seria uma grande ajuda para salvar o povo e o planeta da ameaça representada pelo controle da vida por empresas que monopolizam as sementes, chave de toda a cadeia alimentar".

Transgênicos semeiam novos caminhos,

O produtor de feijão Manuel Alvarado integra o majoritário grupo de agricultores do México que considera desnecessária a introdução de variedades dessa leguminosa geneticamente modificadas, que o governo defende. “Em rendimentos, não há um estudo que demonstre ser superior aos híbridos ou às sementes regionais. As pessoas ainda não sabem o que é um produto transgênico, nem os efeitos que provoca, mas algumas coisas que se conhece não são boas”, afirmou o agricultor, que lidera a organização Enlace ao Campo, na cidade de Fresnillo, no Estado de Zacatecas.

20 anos de transgênicos: há o que comemorar?

Vinte anos após a aprovação do primeiro alimento geneticamente modificado do mundo – um tomate com maior durabilidade criado na Califórnia -, o mercado de transgênicos atinge a maturidade com números expressivos, ainda que cercado de polêmicas. A cada 100 hectares plantados com soja hoje no planeta, 80 já são de sementes com os genes alterados. No caso do milho, são 30 para cada 100, o que significa que a chance de encontrar essas matérias-primas na dieta alimentar humana e animal cresceu substancialmente.

Cientistas pedem a suspensão dos transgênicos em todo o mundo.

Carta aberta de cientistas de todo o mundo a todos os governos sobre os organismos geneticamente modificados (OGM). Os cientistas estão extremamente preocupados com os perigos que os transgênicos representam para a biodiversidade, a segurança alimentar, a saúde humana e animal, e, portanto, exigem uma moratória imediata sobre este tipo de cultivo em conformidade com o princípio da precaução.

Milho transgênico em xeque em Mato Grosso.

O produtor Fernando Ferri, de Campo Verde (MT), plantou 700 hectares com milho geneticamente modificado na segunda safra deste ano. Em tese, isso o livraria de fazer uso de inseticidas contra lagartas, já que as cultivares que escolheu são resistentes a esse tipo de praga. Entretanto, o agricultor se viu obrigado a fazer três aplicações do defensivo. "Paguei pela tecnologia transgênica, gastei a mais para combater lagartas e ainda acho que vou ter uma quebra de 10% a 15% de produtividade", prevê.