Agrotóxico (Pág. 32 de 37)

Agronegócio: uma burrice insustentável. Artigo de Egydio Schwade.

"O agronegócio é insustentável porque começa depredando a biodiversidade e as fontes da ciência, depende da máquina que compacta o solo e não respeita os meandros da natureza, envenena e contamina os produtos da terra, que não visam o bem viver do povo, mas o dinheiro de uns poucos", escreve Egydio Schwade, um dos fundadores do Cimi e primeiro secretário executivo da entidade, em 1972. Hoje é colaborador dessa instituição, residindo em Presidente Figueiredo, AM.

Agricultores da capital de São Paulo começam a eliminar agrotóxicos de suas lavouras.

Profissão: agropecuarista. Cidade de domicílio: São Paulo. Sim, na maior cidade do Hemisfério Sul, densamente urbanizada, há 435 agropecuaristas. Entre eles, 35 se livraram de agrotóxicos e fertilizantes químicos e aderiram a uma produção orgânica, de acordo com dados da Prefeitura – no ano passado, oito conquistaram uma certificação especial do Ministério da Agricultura que garante que sua produção é totalmente orgânica. Matéria de Edison Veiga e Rodrigo Burgarelli, em O Estado de S.Paulo.

Governo libera agrotóxico sem registro.

Mesmo com dois pareceres técnicos contrários, o Ministério da Agricultura (Mapa) liberou o uso de um agrotóxico não registrado no país para combater emergencialmente uma praga nas lavouras de algodão e soja. A decisão, publicada anteontem no Diário Oficial, permite o uso de defensivos agrícolas que tenham em sua composição o benzoato de emamectina, substância que, por ser considerada tóxica para o sistema neurológico, teve seu registro negado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2007.

Existe uma associação entre mortalidade por câncer e uso de agrotóxicos? Uma contribuição ao debate.

No Brasil, parte da agricultura passa por um processo contínuo de modernização, via incorporação de novas tecnologias, com a perspectiva de aumentar a competitividade no mercado internacional. A “modernização agrícola”, se por um lado gera crescimento econômico, por outro tem riscos potenciais ao ambiente e à saúde humana. Entre esses riscos, se incluem efeitos prejudiciais associados ao uso massivo e crônico de agrotóxicos, como são chamadas as substâncias químicas que têm por finalidade controlar ou eliminar plantas e animais (conhecidos como pragas) prejudiciais à agricultura.