Governo mudará a delimitação de reservas indígenas e de terras ocupadas por descendentes de quilombolas.
Governo sai na frente – Mal clareava o primeiro dia do ano de 2012 e já se podia sentir a mão de ferro do governo.
Governo sai na frente – Mal clareava o primeiro dia do ano de 2012 e já se podia sentir a mão de ferro do governo.
O relatório final do Comitê Mundial de Represas, apresenta ampla evidência de que as grandes represas não conseguem produzir a electricidade projetada, fornecer a água requerida nem prevenir os prejuízos por inundações na extensão informada pelos promotores. Além disso, estas obras superam normalmente orçamentos de custos e de tempo de construção. Além de produzirem graves danos ambientais e estes se traduzirem em grave impacto que repercute sobre os direitos humanos das pessoas e das comunidades afetadas.
Agora que se aproximam grandes chuvas, inundações, temporais, furacões e deslizamentos de encostas temos que reaprender a escutar a natureza. Toda nossa cultura ocidental, de vertente grega, está assentada sobre o ver. Não é sem razão que a categoria central – idéia – (eidos em grego) significa visão. A tele-visão é sua expressão maior. Temos desenvolvido até os últimos limites a nossa visão. Penetramos com os telescópios de grande potência até a profundidade do universo para ver as galáxias mais distantes. Descemos às derradeiras partículas elementares e ao mistério íntimo da vida. O olhar é tudo para nós. Mas devemos tomar consciência de que esse é o modo de ser do homem ocidental e não de todos.
O secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, recebeu em audiência, na manhã desta quarta-feira, 14 de dezembro, os deputados Padre Ton, Érika Kokay e Domingos Dutra. A audiência foi solicitada pelos parlamentares a fim de apresentarem à CNBB o relatório sobre a situação dos povos Kaiowá Guarani, no Mato Grosso do Sul. O secretário executivo do Conselho Missionário Indigenista (CIMI), Cléber Buzatto, também participou da reunião além de assessores dos parlamentares.
O tema das Mudanças Climáticas tem ganhado cada vez mais espaço nos debates da sociedade. Com os povos indígenas isso não ocorre de forma diferente, já que eles discutem sobre as diferenças na natureza que afetam seu modo de vida. Para aproximar este diálogo a Comissão Pró-Índio de São Paulo (CPI-SP) elaborou a Cartilha “Mudanças Climáticas e o Povo Guarani” em conjunto com professores Guarani da Aldeia Tenondé-Porã, em Parelheiros, local onde ocorrerá o lançamento da publicação hoje, dia 15/12, às 9 horas. A elaboração da cartilha foi viabilizada pelo apoio financeiro de DKA-Áustria, Programa DTAT/ICCOe CAFOD.
Usinas estão sendo construídas sem consulta a povos impactados e deverão atingir locais sagrados de Terras Indígenas, como cemitérios. Lideranças afirmam que autorizações foram concedidas sem avaliação de impactos e estudos sobre componente indígena. Elas afirmam que comunidades estão sendo coagidas a participar das reuniões sobre medidas de mitigação e compensação de danos que desconhecem.
Reportagem produzida pelo Núcleo Amigos da Terra Brasil mostra casos de destruição social e ambiental que empresas transacionais provocam nos Estados do Pará e Maranhão, onde está concentrada mais de 80% da bauxita explorada no Brasil. O alumínio é uma das principais commodities brasileiras e o país é o 6º produtor mundial do metal, atrás da China, Rússia, Canadá, Austrália e EUA. O Brasil possui a terceira maior jazida de bauxita do mundo e é o quarto maior produtor mundial de alumina.
Para quem trafega pelo trecho da rodovia estadual MS-386 que liga as cidades sul-mato-grossenses de Amambaí e Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, é impossível não notar os barracos onde Mariluce Alves vive com os cinco filhos e sete adultos. No calor amplificado pelas folhas de zinco e pela lona plástica, o pai de Mariluce, José Alves, 71 anos, repousa a perna, atrofiada por um acidente, deitado em uma rede. Das crianças em idade escolar, duas não têm documentos.
Procuradores da República do Mato Grosso e do Pará estiveram semana passada na Terra Indígena Kayabi, na divisa entre os dois estados, a convite dos índios Kayabi e Munduruku, para debater os projetos de usinas hidrelétricas que afetam suas terras. Em outubro, essas mesmas etnias fizeram reféns sete funcionários da Funai e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que faziam estudos sobre as hidrelétricas.
Indígenas Guarani Kaiowá sofreram ontem (28) mais uma tentativa de intimidação por causa do conflito fundiário com fazendeiros no sudoeste de Mato Grosso do Sul. Dois homens em uma moto invadiram no meio da tarde o Acampamento Pyelito Kue, próximo ao município de Iguatemi, atiraram contra os índios, e prometeram voltar no fim do dia.