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Belo Monte contorna críticas e deve ter 28 mil trabalhadores em 2013.

A maior obra de infraestrutura do país se prepara para entrar em sua fase de pico. Depois de 540 dias de trabalho no rio Xingu, em Altamira (PA), a usina de Belo Monte encerra o ano com 20% de seu projeto concluído, 148 dias de paralisações e uma verdadeira operação de guerra instalada na Amazônia, com 18 mil funcionários. Até meados de agosto de 2013, esse batalhão atingirá 28 mil profissionais, quando chegar ao auge das operações.

Especial 2012: Indígenas: estorvo ou nova concepção de mundo?

A problemática indígena faz interface com o modelo de desenvolvimento implantado no Brasil, com a expansão sobre a Amazônia Legal, com o tema da energia e mineração, entre outros. Os interesses expansionistas e extrativistas, assim como aqueles do agronegócio, entraram em choque com o estilo de vida e as necessidades dos povos indígenas em diversas partes do Brasil. Em decorrência, os conflitos envolvendo terras indígenas recrudesceram. Particularmente preocupante é a situação dos índios Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul.

Especial 2012: Agendas ambiental e indígena sofrem retrocessos em 2012.

O descaso com que o governo tratou, em 2012, a agenda socioambiental, é prova contundente de que o país se coloca de costas para a problemática e caminha na contramão do debate mundial. Aos poucos vai se sedimentando a percepção de que o governo brasileiro, apesar da retórica quando fala de temas relacionados ao meio ambiente, não percebe – ou não quer perceber – que é um dos poucos países que poderia oferecer uma alternativa à crise civilizacional, que tem na mudança climática um dos seus fatores preponderantes.

Os três poderes do Estado brasileiro são os grandes autores das violações aos direitos indígenas, por ação ou omissão

“O mínimo esperado é que o Estado brasileiro faça valer as leis que o povo elegeu e estabeleceu na Constituição de 1988 e através dos documentos internacionais com os quais se comprometeu. Só assim poderemos afirmar que estamos em um Estado brasileiro para os brasileiros e para a humanidade, e não para os interesses econômicos”. O comentário é de Kenarik Boujikian Felippe e Luiz Henrique Eloy Amado em artigo reproduzido pelo sítio do Cimi, 02-01-2013.

Um rio em fúria.

Dois dias antes do início dos testes na primeira turbina da hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia, o telefone tocou na casa da pescadora Maria Iêsa Reis Lima. “Vai começar”, avisou o amigo que trabalhava na construção da usina. Iêsa sentou na varanda e se pôs a observar as águas, esperando o que sabia ser uma mudança sem volta. “O rio Madeira tem um jeito perigoso, exige respeito. Os engenheiros dizem que têm toda a tecnologia, mas nada controla a reação desse rio.”

Incoerente, governo federal dá prêmios de direitos humanos.

“Antes de ler a declaração da Presidente da Repúlica, na entrega do prêmio de direitos humanos refleti sobre o ato e o teatro da premiação, como está abaixo. Mas ao ler o artigo saído hoje no Ihu, só me confirmou o escrito antes. Basta citar um trecho de sua declaração para ter certeza de que não andei longe da verdade. Veja: “Nesta terça-feira, 17 de dezembro, durante solenidade no Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF), a presidente Dilma Rousseff declarou que a defesa dos direitos humanos é um assunto importante não apenas para seu governo, mas uma preocupação pessoal, por ser parte de uma geração que teve a liberdade restrita pelo Estado. “O assunto, além de ser importante nacionalmente, me comove porque a minha geração sentiu na carne o abuso de poder, a truculência do Estado, e sabe como é importante, fundamental, o respeito pelos direitos humanos e, mais do que isso, sabe que esse é o pilar fundamental de uma sociedade”, disse Dilma em discurso durante a entrega do 18º Prêmio Direitos Humanos”, escreve Edilberto Sena, padre, membro da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém, PA, ao enviar o artigo que publicou em Santarém-PA, 17-12-2012.

História indígena valorizada.

Em 1943, o etnólogo alemão naturalizado brasileiro Curt Nimuendajú produziu documento que se tornou referência no estudo das etnias indígenas no país, com o nome de Mapa etno-histórico do Brazil e regiões adjacentes. Pertencente ao acervo do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, o material agora é parte integrante do programa Memória do Mundo, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Além de reconhecer a importância do mapa, o projeto facilita a preservação.

IBGE torna público as informações atualizadas de recursos minerais e solos da Amazônia Legal.

Complementando o acervo do Banco de Dados e Informações Ambientais (BDIA) sobre os recursos naturais da Amazônia Legal (AM Legal), o IBGE torna público as informações gráficas e alfanuméricas atualizadas de geologia e solos dessa região, cuja área (5.016.136,3 km2) ocupa cerca de 59% do território brasileiro. As informações, apresentadas com um nível de detalhe compatível com a escala 1:250:000, foram obtidas a partir de imagens de sensores orbitais – em especial do LANDSAT (conforme as datas mostradas no cartograma) – , de trabalhos de campo e de estudos realizados por uma equipe multidisciplinar com vasta experiência no mapeamento e sistematização de informações ambientais sobre o país. O BDIA da AM Legal até agora continha os dados de vegetação e relevo da região, disponibilizados, respectivamente, em 2008 e 2009.