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Ameaçados, índios isolados buscam contato.

“A maioria desse grupo contatado é de jovens. A maioria dos velhos foi massacrada pelos brancos peruanos, que atiram e tocam fogo nas casas dos isolados. Eles disseram que muitos velhos morreram e chegaram enterrar até três pessoas numa cova só. Disseram que morreu tanta gente que não deram conta de enterrar todos e os corpos foram comidos pelos urubus. Nosso povo Jamináwa compreende a língua dos isolados e nós vamos acompanhar. O governo brasileiro precisa fazer algo para defender esses povos. Eles disseram que existem outros cinco povos isolados na região e que são grupos bastante numerosos.”. Zé Correia, membro da etnia Jamináwa, do Acre, que participou do contato como intérprete da pela Fundação Nacional do Índio.

Momento do Norte aprender com o Sul.

Aconteceu em julho, em Portugal, um encontro de mais 600 pessoas e organizações de 30 países espalhados pelos cinco continentes. O Colóquio Internacional Epistemologias do Sul, organizado pelo Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra foi inédito por se tratar de um evento internacional organizado por uma instituição acadêmica europeia, não para mostrar ao mundo os avanços e a excelência da pesquisa dos países chamados desenvolvidos, mas sim para mostrar aos países do norte, o vasto conhecimento que vem sendo produzido nos países do sul, os tais em desenvolvimento ou emergentes.

Avante caminhantes. Uma caminhada pela Ilha do Bananal.

"Partilho um pouco do que vi, senti, partilhei em 20 disa atravessando a pé os quase cem quilômetros da ilha do Bananal. São momentos que não se deixam aprisionar. Ficam gravados em nossa memória como acontecimentos, joias a serem preservadas. Quarenta e quatro caminhantes, cada qual levando tudo que precisa para viver no caminho: desde a alimentação até a rede ou barraca para o merecido descanso. Construímos uma interação solidária com a natureza e os povos Karajá e Jawaé. Firmamos um compromisso pela vida, contra todas as ameças que pesam sobre a rica socio e biodiversidade", informam Egon Heck e Laila Menezes, do secretariado nacional do CIMI, ao enviar o artigo que publicamos a seguir.

Paraguai. A guerra química de destruição em massa de comunidades camponesas e indígenas continua.

A guerra química no Paraguai é diretamente proporcional à expansão exponencial do agronegócio. A destruição em massa de comunidades camponesas e indígenas é inerente ao modelo destrutivo extrativista empreendido a partir de 1970, a chamada Revolução Verde, a utilização do mesmo pacote tecnológico da Monsanto e outras multinacionais que seguem devastando as comunidades camponesas e indígenas com o método da fumigação.

Terras indígenas brasileiras são exemplo no combate a mudanças climáticas.

“Fortalecer os direitos florestais comunitários é uma estratégia essencial para reduzir bilhões de toneladas de emissões de carbono, sendo uma maneira efetiva para os governos cumprirem com as metas climáticas, proteger as florestas e proteger a subsistência de seus cidadãos.” Esse é o resultado de um estudo publicado pelo World Resources Institute (WRI) em parceria com o Rights and Resources Initiative (RRI), que coloca gestão das terras indígenas brasileiras como modelo de sucesso.

Terras indígenas apresentam o menor índice de desmatamento na Amazônia Legal.

As terras indígenas continuam apresentando o menor índice de desmatamento da Amazônia Legal. No último mês (junho de 2014) esse índice representou apenas 1% do total de desmatamento verificado na região amazônica, conforme afirma o Boletim Transparência Florestal da Amazônia Legal do Instituto Imazon. De acordo com o relatório, nas áreas privadas, o desmatamento de junho foi de 59%. O restante foi registrado em unidades de conservação (27%) e assentamentos de reforma agrária (13%).

PA: Serrarias em terra indígena são fechadas em operação conjunta do MPF, PF e Ibama.

Em uma operação realizada pelo Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA), Polícia Federal (PF), Polícia Militar, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nesta quarta-feira, 23 de julho, duas serrarias foram fechadas e 900 metros cúbicos de madeira foram apreendidos em Nova Esperança do Piriá, no nordeste Pará.

Indígenas: Os povos mais esquecidos e desfavorecidos do mundo.

A maioria das populações indígenas tem sido excluídas dos processos de tomada de decisões. Muitos tem sido marginalizados, explorados e submetidos à força, abandonando seus lugares de origem, sua identidade e seu idioma, convertendo-se em refugiados por medo da perseguição. A bacia do Rio Amazonas é uma imensa selva tropical que se estende por nove países latino-americanos e é habitada por mais de 300 nações indígenas. Trata-se da região com mais povos indígenas não contatados do mundo, com no mínimo setenta e sete grupos de indígenas isolados, segundo dados da FUNAI (Fundação Nacional do Indío).