Plástico e a cadeia alimentar
Plástico e a cadeia alimentar. Cientistas documentam entrada de detritos plásticos na cadeia alimentar terrestre
Plástico e a cadeia alimentar. Cientistas documentam entrada de detritos plásticos na cadeia alimentar terrestre
Oceanos, a grande emergência, danos do aquecimento, da acidificação e do aumento de seu nível.
Bronzeadores, como contribuímos com a destruição dos corais. O bronzeador que banhistas usam para se protegerem, está matando corais e recifes na Terra.
"O estudo do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) atribui aos oceanos um valor econômico global de US$ 24 trilhões – o que corresponde à riqueza produzida em um ano pelos países mais desenvolvidos. Só que a “exploração excessiva”, a “má gestão” e o clima constituem uma “ameaça cada vez maior” (27/4/2015). O rendimento econômico advindo dos oceanos – US$ 2,5 trilhões por ano – está próximo do PIB britânico (US$ 2,9 trilhões) e do brasileiro (US$ 2,2 trilhões)", escreve Washington Novaes, jornalista, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, 19-06-2015.
A pesca desenfreada pode ser mais prejudicial a ecossistemas marinhos que a poluição, alertou a diretora-geral da organização não governamental (ONG) Oceana no Brasil, Monica Peres. Nesta segunda-feira (8), comemorou-se oDia Internacional dos Oceanos. A diretora-geral da ONG afirmou que o Brasil precisa investir na produção de dados e no manejo da pesca no país. “No Brasil, temos um problema muito grave de falta de manejo, de falta de dados, de falta de pesquisas necessárias para manejar bem essa atividade. Hoje em dia, não se sabe bem quantos barcos de pesca existem no país. Não sabemos, há muitos anos, sobre o que desembarca da pesca no Brasil. Isso é um problemão, e a pesca não manejada e intensa, acima da capacidade de as espécies se reporem, é um impacto talvez maior que o da poluição.”
Utilizar um gel esfoliante não só envolve limpar o rosto para eliminar impurezas, mas também jogar pelo ralo restos de plásticos microscópicos, componente habitual de cosméticos que acaba poluindo ecossistemas marítimos. Os microplásticos são partículas fáceis de produzir que a indústria usa para substituir algumas substâncias naturais e dar certas propriedades ao produto, explicou à Agência Efe o especialista em proteção do meio marinho, Peter Kershaw.
Ao menos 269 mil toneladas de detritos plásticos flutuam na superfície dos oceanos do mundo, estimou uma equipe internacional de pesquisadores em um estudo publicado nesta quarta-feira no periódico PLOS ONE. A contaminação por micro-plásticos está presente em diferentes concentrações em todos os oceanos do planeta, mas os dados são insuficientes para diferenciar com precisão o peso total dos micro e macro plásticos que flutuam nas superfícies, indica o estudo.
Um albatroz de pata negra alimentando seus filhotes com bolinhas de plástico, um bebê foca no Polo Norte com um saco enrolado no pescoço ou um barco de pesca perdido em alto mar porque um aparelho de pesca se enroscou na hélice, são exemplos que multiplicados por mil dão ideia do estado dos oceanos. Estima-se que cerca de 13 mil dejetos plásticos flutuam para cada quilômetros quadrado de oceano e que 6,4 milhões de toneladas de lixo desembocam neles a cada ano.
Boyan Slat é um jovem de 20 anos em uma missão ambiciosa – livrar os oceanos do planeta dos plásticos flutuantes. Apesar da idade, ele já leva anos tentando encontrar maneiras de coletar esses resíduos – e sua técnica já convenceu entusiastas e patrocinadores dispostos a bancar seus projetos. “Eu não entendo por que ‘obsessivo’ tem uma conotação negativa, mas eu sou obsessivo e gosto disso”, diz Slat. “Eu tenho uma ideia e vou em frente com ela.”