Mudanças climáticas (Pág. 31 de 32)

Mulheres do Nepal vivem com terror do clima.

A nepalesa Suntali Shrestha, de 45 anos, esfrega as mãos com gesto nervoso ao lembrar as noites que passa insone, com medo de que soe o alarme de inundação enquanto dorme e fique debaixo d’água. “As sirenes estão sempre na minha cabeça, não me deixam em paz”, grita Suntali perante uma multidão reunida nesta pequena cidade do nordeste do Nepal para descrever as penúrias que passam por causa da mudança climática.

Cientistas medem pela 1ª vez a ‘velocidade’ da mudança climática.

Um grupo de cientistas internacionais mediu em 37 quilômetros por década no Hemisfério Norte e 17 no Sul o deslocamento médio dos regimes térmicos a latitudes mais altas em decorrência da mudança climática. A análise [The Pace of Shifting Climate in Marine and Terrestrial Ecosystems], publicada na revista “Science”, quantifica de forma global a velocidade da mudança climática e estabelece o avanço dos regimes térmicos em uma velocidade média de 27 quilômetros por década. Reportagem da Agência EFE.

Emissões de dióxido de carbono aumentam mais do que o previsto.

As tentativas internacionais de regulação climática fracassaram em diversos níveis. E como as emissões de dióxido de carbono aumentaram mais do que o previsto de 2009 a 2010, a meta de limitar o aquecimento global a um máximo de dois graus centígrados parece agora muito difícil de ser atingida. Mas o interesse político em mudar de rumo se dissipou.

”Tsunamis de montanha” ameaçam o reino de Butão.

O derretimento das geleiras do Himalaia tem criado o risco de um escoamento catastrófico dos lagos de altitude para os vales. Um desafio assustador para esse pequeno país que vive da ajuda da alta montanha. Ameaçado pelo aquecimento climático, o reino do Butão, espremido entre a Índia e a China nos sopés do Himalaia, está sofrendo as consequências da industrialização do resto do planeta.

Degelo da calota polar abre rota marítima no Ártico.

Aquecimento abre rota marítima no Ártico – Em 10 anos, tamanho médio da calota polar diminuiu um terço em relação às duas décadas anteriores, criando novas oportunidades de comércio. Contornando a ponta mais setentrional da Rússia em seu rebocador oceânico neste verão do Hemisfério Norte, o capitão Vladimir Bozanov avistou muitas morsas, alguns grupos de baleias-beluga e, ao longe, alguns icebergs