Mudanças climáticas (Pág. 30 de 32)

Com as metas atualmente propostas o planeta deve ter um aquecimento de 3,5ºC até o fim do século.

Planeta segue rumo a aquecimento superior a níveis seguros, diz estudo – Enquanto negociadores de quase 200 países tentam chegar a um acordo climático para redução de emissões de gases do efeito estufa, um estudo divulgado nesta terça-feira em Durban, na África do Sul, indica que, mesmo cumprindo as metas atualmente propostas pelos principais poluidores, o planeta deve ter um aquecimento de 3,5ºC até o fim do século.

Mudança climática já elevou a temperatura média em 1ºC nos últimos 50 anos.

A mudança climática começa a tomar corpo: o aumento de cerca de um ºC na temperatura média nos últimos 50 anos pode ser atribuído com uma certeza de 90% a 100% à atividade humana que acarreta o aquecimento global, segundo os especialistas em mudança climática da ONU. É o que revela o informe apresentado em Uganda, e que retrata a incidência do aumento de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

Mudanças climáticas ameaçam o Himalaia.

Chuvas erráticas, geleiras que se derretem e uma biodiversidade ameaçada são os sintomas da mudança climática na cordilheira do Himalaia, enquanto os governos da região se esforçam para encontrar soluções o mais rápido possível. Um exemplo da necessidade de cooperar é a Cúpula do Clima pela Vida do Himalaia, que ocorreu neste último fim de semana no Butão com a participação também de dirigentes da Índia, Bangladesh e Nepal, para elaborar estratégias de adaptação à mudança climática.

O governo da poluição.

No mês de setembro houve o anúncio em Pernambuco da construção da maior termelétrica a óleo combustível do mundo, no município do Cabo de Santo Agostinho. Com uma potência instalada de 1.452 megawatts (MW) e um sistema de armazenamento para suprir a termelétrica, com capacidade para armazenar 200 mil toneladas de óleo combustível, foi prometido, assim, produzir energia suficiente para atender as necessidades da cidade do Recife, caso necessário.

Começou a era do mundo finito, artigo de Washington Novaes.

A perplexidade é geral, depois da queda do sétimo governo na Europa (Islândia, Reino Unido, Irlanda, Portugal, Eslováquia, Grécia e Itália) e já com a Espanha na alça de mira, com uma dívida pública insustentável e uma taxa de desemprego de 21,5% (48% entre os jovens). E tudo acontece simultaneamente com a crise política que se alastra nos países árabes e a expansão do movimento “Ocupem o mundo”, dos jovens norte-americanos que protestam sentados nas ruas, diante da casa dos poderosos. Para onde vamos?

‘Rio+20 deverá admitir fracasso histórico’, alerta o economista Jeffrey Sachs.

Enquanto governos e autoridades tentam convencer o mundo de que a reunião no Brasil em 2012 sobre o clima (Rio+20) terá um papel fundamental para encontrar uma solução para os problemas do planeta, o economista Jeffrey Sachs abandona a diplomacia e faz uma dura constatação: o encontro no Rio de Janeiro deve servir para admitir duas décadas de fracassos no campo ambiental e deve ser a oportunidade para o mundo reconhecer que não tem uma resposta para a crise.