Loja com produtos orgânicos ao preço de produtor
Inaugurado no final de maio, o Instituto Chão vende produtos orgânicos e artesanais pelo preço do produtor. Mas é muito mais que isso. Eles são uma experiência socioeconômica: querem, entre outras […]
Inaugurado no final de maio, o Instituto Chão vende produtos orgânicos e artesanais pelo preço do produtor. Mas é muito mais que isso. Eles são uma experiência socioeconômica: querem, entre outras […]
"Na encíclica Laudato si, lançada nessa semana, o papa Francisco traz uma grande surpresa: ele elabora o tema dentro do novo paradigma ecológico, coisa que nenhum documento oficial da ONU até hoje fez". O comentário é de Leonardo Boff em texto publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo, 20-06-2015. O texto será publicado como um capitulo de um livro italiano, Curare la Terra (Editrice Emi, Bologna 2015). O texto também foi publicado pelo jornal La Repubblica, 20-06-2015.
Uma comitiva de índios Munduruku e ribeirinhos do assentamento Montanha e Mangabal, ameaçados de graves impactos pelo empreendimento da usina hidrelétrica São Luiz do Tapajós, estiveram na última sexta-feira, 30 de janeiro, no Palácio do Planalto em Brasília, para entregar ao ministro Miguel Rosseto, da Secretaria-Geral da Presidência da República, os protocolos de consultas que elaboraram. Os protocolos detalham como eles querem ser consultados sobre a obra, direito assegurado pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho nunca cumprido pelo governo brasileiro em nenhuma obra de usina na Amazônia.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), confirmou na quata-feira (4/2) que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215 será desarquivada. O projeto transfere do governo federal para o Congresso a última palavra sobre a oficialização de Terras Indígenas (TIs), Unidades de Conservação e Territórios Quilombolas.
Cerca de 30 lideranças Munduruku do estado do Pará participaram de audiência nesta sexta-feira (30) no Palácio do Planalto com o ministro Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência da República. Os indígenas apresentaram o “Protocolo de Consulta Munduruku”, documento elaborado pelo povo sistematizando a maneira com que desejam ser consultados sobre o complexo hidrelétrico do Tapajós.
Três indígenas da tribo Awa-Guajá, que vive isolada no oeste do Maranhão, fizeram contato para pedir auxílio contra as ameças de madeireiros, segundo informações da ONG Survival International, que defende os pelos direitos dos povos indígenas, divulgadas no dia 21 de janeiro.
Há dois anos, no dia 28 de janeiro de 2013, a entrega de um documento ao povo Xavante marcou o fim da desintrusão (saída de agricultores e não índios) da Terra Indígena Marãiwatsédé, em Mato Grosso. Depois de muitos anos de espera, os indígenas voltavam para a sua terra tradicional – de onde foram retirados à força na década de 60.
O ano de 2015 apresenta graves ameaças e importantes desafios aos povos indígenas do Brasil. A vitória na batalha relativa à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215/00, no final de 2014, foi emocionante e enaltecedora, mas não decretou o fim dos ataques e da guerra imposta pelos ruralistas e demais inimigos contra os povos e seus direitos fundamentais.
Maria Augusta Assirati foi presidente interina da Fundação Nacional do Índio (Funai) por um 1 ano e 4 meses, tempo em que ela diz ter vivido com “grande descontentamento e constrangimento”. Na gestão que menos demarcou terras desde José Sarney, ela aponta a interferência política do governo Dilma Rousseff como a maior responsável pela paralisação do trabalho técnico do órgão indigenista. “A orientação é no sentido de que nenhum processo de demarcação em nenhum estágio, delimitação, declaração, ou homologação, tramite sem a avaliação do Ministério da Justiça e da Casa Civil”.
"Foi preciso um índio ser eleito presidente da república num país sul-americano, como Evo Morales na Bolívia, para a população branca de outros países, como o Brasil, não continuar convencida que a terra desse continente só pode ser considerada e explorada como mercadoria", escreve Jacques Távora Alfonsin, advogado, procurador aposentado do estado do Rio Grande do Sul e membro da ONG Acesso, Cidadania e Direitos Humanos.