Tanto o Polo Sul como o Polo Norte, mostram o que estamos provocando globalmente em nossa, inconsciente, submissão à doutrina dos ‘fantasmas famintos’: nada sacia nossa fome de devastação!
Não tão lentamente como se previa, a emergência climática se torna cada vez mais explícita e a humanidade, passiva e talvez impotente, não fazendo nada.
Estamos vivendo muito além do que ainda sonhávamos que fossem só sinais. Agora são as evidências incontestáveis da miséria humana que esse tempo da história da humanidade, nos escancaram, sem pejo nem dó.
É com tristeza que vemos que as grandes equilibradoras do clima global e geradoras de todas as chuvas, estão sendo destruídas, quase que por si próprias. Parecem mostrar que nós as desrespeitamos como Erisícton, ao desprezar Démeter, a deusa grega da agricultura e da fertilidade da terra.
Se a Nova Zelândia está retornando às florestas pela emergência climática por as terem trocado pela pecuária, por que nós do Brasil que temos as florestas, iremos destruir tudo o que eles agora querem reconstruir? Quem é estúpido e dissociado da realidade?
Informações que cada vez mostram mais a demência de nossos tempos ao não tomarmos decisões e ações que preservem nossa própria sobrevivência no planeta. Somos todos suicidas, aparentemente conscientes determinados.
São tantas as fontes de gases de efeito estufa que cada vez fica mais patente que as escolhas do chamado ‘desenvolvimento’ do sistema capitalista global, mostram os equívocos do egoismo e indivudualismo que sustentam essa doutrina.
Com a urgência de se tratar da Emergência Climática que assola o planeta, o reconhecimento dessas nossas preciosas ONGs, é animador.
O crescimento vertiginoso da temperatura planetária realmente confirma nossa visão suicida e criminosa em relação a todas as vidas, incluindo as de nossos descendentes.
Mais e mais informações que nos coloca, a todos, frente a nossos atos cotidianos e que não conseguimos renunciar. Até onde iremos?
Anversos da crença
Não vislumbro um futuro humano plástico, mas muito plástico no futuro desumano. E não falo de monturos, falo de montanhas de plástico impuro. Falo de futuro suástico, inseguro, iconoclástico. Plásticos grandes e pequenos, moles e duros, que se amontoam. Nanoplástico que se respira, que se bebe e se come, se adoece, se morre e se consome. Presente fantástico de futuro hiperplástico, plástico para sempre, para sempre espúrio, infértil e inseguro. Acuro todos os sentidos e arrepio em presságios. Agouros de agora, tempos adentro, mundo afora. Improvável um futuro fúlguro! Provavelmente escuro e obscuro. Assim, esconjuro e abjuro!
João Marino
