Agricultura: Desmatamento e irrigação de lavouras fazem minguar rios do cerrado
Mais um artigo que denuncia o que a voracidade do agronegócio que transformou a produção de alimentos e a relação cultural dos seres humanos com o campo=agricultura, em ‘negócios’, ‘commodities’=mercadorias. Tragicamente, o solo que pertence a todos os brasileiros e habitantes do planeta vira um balcão de negócios no cassino global. E negócios baseados na morte de todos os seres das paisagens, antes disponívies para a Vida, mas que agora se transformam em sustentáculos que vão alimentar porcos, salmões, galinhas e outros animais do Impérios Coloniais. Negócios que, como numa guerra de extermínio, são embasados no aniquilamento de todos os seres que habitam milenarmente esses ecossistemas. Enquanto aqui vive a fome, os animais que se alimentam dessas mercadorias, mesmo envenenados pelos agrotóxicos, ainda são gordos e ‘negociáveis’ pelos donos do planeta. E nós, os que aqui vivem? Ficamos com as águas turvas de sedimentos, de agrotóxicos, de microvida patogência que se farta dos excessos de nutrientes que o agronegócio desperdiça nababescamente. E assim os supremacistas, como se fossem dono da terra, das águas originárias e da vida que se escoa lenta, mas irreversivelmente, fincam seu tacão por onde passam. Mas, como os antigos biomas degradados por sua insanidade, quando os atuais derem seu derradeiro suspiro, outras capitanias hereditárias, ‘encomiendas’ e ‘continentes’ estarão, em sua visão de mundo, disponívies para se apropriarem. Mesmo que seja em outros espaços siderais.