Agronegócio (Pág. 31 de 61)

Alimentos e agrotóxicos.

Os agrotóxicos são inseticidas, herbicidas e fungicidas, dentre outras substâncias, estas são as mais comuns, que são aplicados em lavouras ou em cultivos vegetais em geral. Cerca de 15 a 20 por cento dos alimentos que se consome no país, tem nível de agrotóxicos acima do permitido. Não se está fazendo qualquer libelo condenando ou estigmatizando agrotóxicos. Se estas substâncias não existissem em nosso atual contexto a segurança alimentar geral da população estaria comprometida.

Salinização da água e proliferação de algas nas lagoas do Litoral Norte gaúcho. Entrevista especial com Cacinele Rocha .

A irrigação das lavouras, a proliferação de algas e a presença de metais pesados nas lagoas do Litoral Norte do Rio Grande do Sul são sinais de que a qualidade da água está comprometida. Os dados são apontados pela química Cacinele Rocha, que integra o Ceclimar, órgão vinculado ao Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

“A concentração dos recursos destrói a natureza e coloca vidas humanas em risco”, afirma Vandana Shiva.

Para a filósofa, física e ‘ecofeminista’ indiana Vandana Shiva, a concentração de riqueza do 1% da população não é apenas injusta. “É a receita para um genocídio e um ‘ecocídio’ mundial”, disse a ativista antiglobalização em sua visita à Espanha, neste mês de março, por ocasião da primeira edição do Parabere Fórum, em Bilbao. A filósofa voltou a disparar contra os dois inimigos sobre os quais articulou sua luta: o controle dos recursos naturais, por meio de patentes conferidas para grandes multinacionais, e os organismos geneticamente modificados (OGM) destas corporações.

Lista global das dez maiores áreas de desmatamento inclui Amazônia e Cerrado.

Um relatório que vai ser publicado este mês pela organização não governamental WWF coloca duas regiões brasileiras no mapa das dez maiores frentes de desmatamento no mundo. A versão preliminar do documento, à qual o Valor teve acesso, aponta que a Amazônia e o Cerrado poderão perder 59 milhões de hectares de mata até 2030, caso não sejam reforçadas as políticas de controle do desmatamento. O volume representa 40% de todas as áreas verdes que poderão desaparecer do planeta nos próximos 15 anos.

Uma semana após despejo, gado pisoteia a lavoura de 3 mil famílias.

O Senador Eunício de Oliveira colocou sua boiada para acabar com a produção dos Sem Terra: arroz, feijão, milho, mandioca, abóbora, alface, couve, amendoim, gergelim.. Após seis meses de ocupação de parte do Complexo de Fazendas Santa Mônica, no último dia 4 de março, aproximadamente 3 mil famílias ligadas ao MST, que fazem o Acampamento Dom Tomás Balduino, deixaram a área.

Conflitos com índios vão se agravar, prevê ex-presidente da Funai.

Há uma reação cada vez mais forte na sociedade brasileira às demandas das populações indígenas, na avaliação do antropólogo Márcio Meira, ex-presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai). A reação decorre do crescimento econômico e o consequente avanço sobre áreas ocupadas pelos índios por empreendimentos do agronegócio, da mineração e hidrelétricas, segundo o especialista.

GLOBALIZAÇÃO-Florestas em perigo na África.

Imagens de satélite obtidas em uma investigação do Greenpeace África (em inglês) mostraram que mais de 3 mil hectares de floresta tropical já foram destruídos nas bordas de uma importante reserva natural africana, a Reserva de Fauna Dja, que é patrimônio mundial da Unesco e lar de grandes primatas. A área destruída faz parte de uma concessão da empresa chinesa Havea Sud, que produz óleo de palma no sul do Camarões.

AGRICULTURA-Agrotóxicos e agroecologia. Uma questão técnica? Não! Paradigmas diferentes em disputa. Entrevista especial com Fernando Carneiro.

A nova composição do Congresso Nacional e a chegada de Kátia Abreu ao Ministério da Agricultura estão deixando alguns pesquisadores da área da saúde e do meio ambiente, “preocupadíssimos”. Entre eles, Fernando Carneiro, da Associação de Saúde Coletiva - Abrasco, que atualmente coordena o GT de Saúde e Meio Ambiente da instituição. Segundo ele, as recentes mudanças no quadro político indicam que “as perspectivas de uma desregulamentação na legislação dos agrotóxicos são enormes”. Entre as alterações prováveis, ele menciona a possibilidade de “que se quebre todo o marco regulatório para favorecer a entrada de agrotóxicos no Brasil” e “de que se retire o papel da Anvisa e do Ibama para concentrá-los no Ministério da Agricultura, que já tem o comando do agronegócio”.