Sistema imunológico, é um órgão? onde fica?

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Corpo Humano Zach

Art by Nunzio Paci

NOTA DO WEBSITE: Abaixo estão reflexões do médico norte americano, Dr. Zach Bush, com tripla certificação, obtidas pela prática em hospitais e na Universidade da Virgínia/USA, nas especializações: endocrinologia/metabolismo; medicina interna; cuidados paliativos/intensivista.

ZB

11.08.2020

Nosso corpo não possui um órgão chamado sistema imunológico.

Ele é, na verdade, um sistema imunológico.

Um sistema composto de vírus, bactérias, fungos, parasitas e também alguns elementos humanos. A última década revelou descobertas do vasto universo que chamamos de microbioma.

Duas conclusões de mudança de paradigma foram apuradas em milhares de estudos e pesquisas: nem a imunidade humana nem o cérebro funcionam sem a interação de milhões de espécies de minúsculos organismos que habitam todos os nichos do nosso corpo humano.

O intestino é o centro do . Cada órgão interno: fígado, rins, sistema vascular e mesmo o cérebro tem ecossistemas únicos de vírus, bactérias e fungos que mantêm o equilíbrio e a função destes órgãos.

O fundamento do intestino e do microbioma na saúde humana não podem ser subestimados. Nosso laboratório (nt.: liderado pelo Dr.Bush) trabalha desde 2013 para entender a relação entre o microbioma e a integridade do revestimento intestinal. Esse revestimento interno, cobrindo duas quadras de tênis na superfície, tem apenas metade da espessura de um fio de cabelo humano. Esta barreira super fina semelhante ao celofane não é uma parede, mas sim um guardião inteligente, permitindo que as coisas boas entrem, mantendo fora o bioma indesejado, toxinas, sejam orgânicas, inorgânicas, etc.

Em um método profundamente eloquente de freios e contrapesos, a mãe natureza projetou nossa barreira intestinal, estrutura primária que define nossa auto-identidade no nível biológico, para ser completamente dependente de seu contato contínuo com a população microbiana da terra.

Através de nossa respiração, e tudo que tocamos, nosso microbioma mostra ser uma extensão de nós mesmos. Se nos isolarmos da natureza e de sua , falharemos em nossa identidade, função imunológica e em nossa mente.

Uma ingestão de antibióticos: demonstrou aumentar o risco de depressão maior em 24%, transtornos de ansiedade em 17%
Duas ingestões de antibióticos em um ano: aumento de 52% na depressão e aumento de 44% nos transtornos de ansiedade.

Nem o microbioma nem o viroma (nt.: expressão empregada pelo autor para identificar um grupo ou massa -oma- de vírus) estão contra nós. O microbioma, comunicando-se por meio de vírus, é a origem da vida biológica e a via de adaptação que torna uma Terra biodiversa, abundante e resiliente. Se lutarmos, morreremos.

Vá abraçar uma árvore!

06.08.2020

O sistema imunológico humano nunca está disposto a matar bactérias e vírus. Esse não é o seu propósito.

Seu objetivo é trazer-nos para o equilíbrio com esses organismos. Deveríamos ter bactérias, fungos e vírus em todos os nichos do nosso corpo. Se fôssemos uma máquina de esterilização, estaríamos mortos.

A sociedade está começando a perceber que houve um longo jogo pelas indústrias farmacêuticas como um todo, para começarem a realmente controlar o comportamento humano para seu próprio lucro. Quando se começar a tentar forçar as pessoas a usarem o seu produto, irá falhar.

As pessoas são inerentemente uma espécie criativa. Elas estão lutando por suas liberdades biológica, psicológica e filosófica e, finalmente, espiritual. Não se pode simplesmente suprimir as coisas. É como o metálico a escorregar em uma mesa. Tentemos esmagá-lo, escorre mais rápido, mais rápido, procurando encontrar minerais com a mesma possibilidade de combinação.

Somos esse mercúrio escorregadio agora, e o planeta, à medida que os seres humanos começam a lutar por uma liberdade que não é sobre usar ou não a máscara.

Nossa liberdade é pensar na corrente de consciência do universo pela primeira vez. O novo paradigma é de liberdade no nível mais fundamental. Então, vamos usar uma máscara amanhã para ir ao supermercado? Claro que sim, porque não vale a pena lutar. Essa não é a nossa luta.
Nossa luta é interna. Precisamos nos libertar em um nível espiritual profundo, dos laços de rigidez socioeconômica, rigidez religiosa, todas essas normas sociais. O maior poder que temos é nossa capacidade de ficar em silêncio, nossa capacidade como espécie é estarmos presentes em vários níveis: espiritual, físico, cognitivo, etc.

É difícil para os outros, roubarem nosso silêncio. Só podem nos distrair. Portanto, desliguemos a TV e sentemo-nos e ouçamos, hoje, a natureza. Ela é livre, ela pode se livrar dos insultos e dos abusos. Ela fará a vida mais abundante, mais inteligente quando o evento de extinção da humanidade terminar. Se terminarmos o caminho da extinção hoje, poderíamos ficar e liberar nossa

09.07.2020

Os vírus, como categoria, foram categorizados incorretamente no microbioma por muitos anos.
O microbioma é composto por duas palavras: “micro”, que significa pequeno, “bioma”, que significa organismo vivo. Os vírus não se enquadram na categoria de microbioma porque não são organismos vivos.

Os vírus são um pacote de informações genéticas. Eles não têm nenhuma enzima que possa reproduzir o DNA dentro deles. Eles são apenas uma rede de comunicação do genoma.

O viroma é seu próprio ecossistema de informações genômicas que emergem de bactérias e vida multicelular. Pelo menos 50% das informações genômicas que chamamos de vírus estão sendo exsudadas por bactérias-bacteriófagos. Bacteriófago é a tradução e o transporte de informações genéticas de uma bactéria para a outra e depois vai para dentro.

Curiosamente, seja humano ou uma bactéria, a célula tem uma série de funções regulatórias para decidir qual DNA ou RNA pode entrar no citoplasma da célula e qual DNA ou RNA pode sobreviver por tempo suficiente para interagir com o maquinário altamente regulado que determinará se você realmente produzirá uma proteína e permitirá que o gene seja ativado ou não. Esta é uma rede de comunicação altamente regulamentada de atualizações genômicas, e os vírus são produzidos com a própria missão de criar adaptação.

Por esse motivo, não continuamos a produzir o mesmo vírus continuamente. Pegamos um vírus e o produzimos por um curto período de tempo. Colocamos isso nos tecidos de nosso corpo que mais precisam dessa informação genética e então alcançamos um estado de equilíbrio. Se você pegar a gripe, uma espécie (ou cepa) específica desse código genético, atualizará toda a sequência genômica dentro de você. Curiosamente, agora sabemos que o DNA está em constante atualização.

Acreditamos que precisamos de anticorpos para matar vírus, mas você não mata um vírus porque ele já está morto. O que você precisa fazer é manter a maquinaria e os mecanismos de comunicação dentro do corpo intactos para que regulem a geração ou o silenciamento dessa informação genética quando ela entra no corpo.
Sua rede de comunicação intrínseca é o fator e a base mais importante de sua saúde.

An electron microscopic image of the 2019 novel coronavirus grown in cells at the University of Hong Kong. Source: The University of Hong Kong

02.07.2020

O que vemos neste link é uma visão dupla das viagens aéreas (nt.: tanto no mundo como na União Europeia), nos últimos meses.

Pode parecer dramático ver este macro-visual, duvidar que se possa mudar a trajetória do futuro do planeta. Mas é exatamente o oposto.

Todos os dias, podemos escolher a foto ‘antes' ou ‘depois' mostradas acima. Podemos decidir comprar produtos de um supermercado ou de um produtor local (melhor ainda, comprar uma produção orgânica em sua cidade). Podemos optar ir para o trabalho de carro ou de bicicleta. Se a próxima peça de roupa que formos comprar será nova ou de segunda mão. Em última análise, são os consumidores que têm a direção nas mãos. E cada uma dessas escolhas realmente resume nossa opção de cuidar, em vez de sermos omissos ou coniventes, fechando os olhos.

Nós realmente podemos estancar o para colocarmos dinheiro de volta tanto na desintoxicação como na regeneração da Mãe Natureza. Tudo se resume a nos tornarmos mais responsáveis. E

Esta pandemia global forçou todos nós a nos sentarmos e finalmente darmos à Mãe Terra o seu verdadeiro lugar no palco das nossas vidas. O vírus, de alguma forma, era a Mãe Natureza nos mostrando uma prova tangível de nossa capacidade de mudar o futuro. Podemos ver com nossos próprios olhos; não há mais dúvidas.

Se há uma mensagem que podemos levar, até agora, de 2020 é que podemos afetar a mudança quando quisermos.

Tradução livre, parcial, de Luiz Jacques Saldanha, agosto de 2020.

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1 comentário

  1. Humm!
    Um bom argumento acadêmico.
    Mas, finalmente, diante de um “vírus morto”, devo ou não sair de máscara ao ir ao supermercado ou à feira de orgânicos, comprar minhas defesas imunológicas?