A Economia Verde na Amazônia, uma falácia a mais alardeada na Conferência Rio+20.
Edilberto Sena, padre, membro da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém, PA, nos enviou o artigo que o IHU da Unisinos publicou a seguir.
Edilberto Sena, padre, membro da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém, PA, nos enviou o artigo que o IHU da Unisinos publicou a seguir.
"A Rio+20 mostrou que os países industrializados não querem abdicar da sua posição; os países emergentes querem alcançar os industrializados; e os países pobres querem ser emergentes. Enquanto não houver entendimento acerca dos limites do planeta, inútil pensar em justiça social e desenvolvimento econômico. Por conseguinte, o ambiente é mais importante que o social e o econômico, já que sem ele não se pode encontrar solução para os outros dois. Por outro lado, o conceito de ecodesenvolvimento parece ser o mais correto enquanto tática e estratégia", escreve Leonardo Boff, teólogo, filósofo e escritor, ao reproduzir um artigo de Arthur Soffiati.
Texto do professor da UFRJ onde se percebe uma profunda ausência de explicitações, por exemplo, sobre os plastificantes e/ou aditivos. Pelo que tem se visto, estes são os maiores vilões e inviabilizadores do uso constante e indiscriminado das resinas plásticas como embalagens na função de 'protetoras' da qualidade dos alimentos. Infelizmente, além de algumas resinas terem seus monômeros como xenoestrogênios (conforme afirmativa da área técnica da Anvisa, ver material neste site) ou haver a contaminação, não intencional, de todos os plásticos que têm cloro com dioxina, são estes aditivos, nunca apresentados porque na maioria das vezes sua informação é tida como segredo industrial, que têm feminizado os machos e masculinizado as fêmeas. Conforme materiais que também estão neste site, são obesogênicos. Além disso, lastima-se que o texto não vá mais fundo e esclareça os metais pesados e os outros problemas 'biológicos' que estão embutido neste tipo de resinas oxibiodegradáveis que estão inundando o nosso mercado consumidor com esta 'solução tecnológica' (texto dos organizadores do site).
O desastre de Bhopal, em 1984, foi um dos piores acidentes industriais da história. Mas, quase três décadas depois, resíduos tóxicos ainda continuam armazenados no local em condições precárias. Agora, uma agência governamental alemã transportará para a Alemanha centenas de toneladas desses produtos prejudiciais à saúde a fim de destruí-los. Matéria de Simone Kaiser, Der Spiegel, no UOL Notícias.
"Barulho fizemos e até bastante. Mostramos, sobretudo no Aterro do Flamengo, a vibrante e até alegre diversidade que caracteriza os povos abrigados pelo Planeta Terra. Mas, é necessário reconhecer, faltou gente e nos faltou força para criar uma real densidade política democrática capaz de inverter o jogo ou, ao menos, ameaçar. Também, não conseguimos superar a nossa fragmentação", avalia Cândido Grzybowski, sociólogo e diretor do Ibase, em comentário publicado no sítio do Ibase.
A agroecologia é a saída para garantir a segurança alimentar do planeta. Este foi o recado que a física e ativista ambiental Vandana Shiva deu na Cúpula dos Povos, hoje pela manhã. Ela participou do seminário sobre segurança alimentar e transgênicos promovido pela Fiocruz e pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Em sua fala, Vandana foi enfática ao dizer que os mecanismos científicos de produção de alimentos estão defasados.
A falta de uma definição do que seja "sustentável" na agricultura e os pedidos de investimentos para elevar a produtividade no campo - sem especificar quais práticas agrícolas poderiam ser beneficiadas - incomodaram representantes de organizações não governamentais presentes na Rio+20. Na opinião dos ambientalistas, o texto final produzido nesta semana escancara o que todos já sabiam: a polêmica em torno da modificação genética dos alimentos não é mais tabu. Ao contrário, confirmou-se como solução da lavoura.
Propagada aos quatro ventos como fonte de energia limpa, as hidrelétricas também são responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa, e a omissão deste dado prejudica as tentativas de recuperação do clima, destaca o biólogo e pesquisador do Inpa.
A agricultura industrial significa um ecosuicídio porque em seu manejo produz os gases que afetam o seu próprio funcionamento. A afirmação é de Miguel Altieri, da Sociedade Latinoamericana de Agroecologia, e uma das principais referências mundiais nas pesquisas sobre o tema.
Cerca de 38% da vegetação nativa do País já desapareceu. E, com as preocupações voltadas para a Amazônia, onde está reunida a maior biodiversidade do planeta, pouca atenção foi dada ao resto do território brasileiro, que já perdeu 59% da vegetação nativa. O saldo da devastação foi calculado pelo Estadão Dados, com base em estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).