EUA banem a gordura trans e dão três anos para indústria se adequar. Isso foi em junho de 2015. Agora, depois dos três anos, será que ela se adequou? Ou a FDA transigiu? Infelizmente sim!
https://www.fda.gov/food/ingredientspackaginglabeling/foodadditivesingredients/ucm449162.htm
(NOTA DO SITE 1: Para quem não sabe, a gordura trans foi a transformação feita pela introdução do elemento hidrogênio à gordura vegetal fazendo com que de líquida passasse a ser pastosa ou semi-sólida. Esta foi uma opção industrial para que algumas imensas transnacionais de alimentos viessem a desbancar os produtos de origem do pequeno agricultor, como os de origem animal, tipo manteiga, e mesmo de outros vegetais sobre as quais elas não tinham o domínio total. Assim, com esta introdução e adesão pelos consumidores incautos, desavisados, ingênuos, negligentes e manipuláveis, o imenso poder dos alimentos industrializados, agora gigantesco, passasse a dominar, definitiva e completamente o mercado de alimentos, do desjejum ao jantar, dos doces aos salgados.
NOTA DO SITE 2: Seu verdadeiro cavalo de batalha e lindo ‘presente troiano’ para os consumidores globais foi e é a margarina de soja. E hoje como está o mundo que envolve este cultivo agrícola, pode-se ver que o seu objetivo foi totalmente alcançado! A teia se conecta da semente ao produto na prateleira.
NOTA DO SITE 3: Com o passar dos anos, depois da vasta campanha publicitária induzindo os consumidores a trocarem todas as gorduras, fossem de origem animal ou vegetal, por ela, o mundo constatou, há alguns anos, que esta gordura, artificialmente gerada em laboratório, mostrasse sua verdadeira face. É danosa justamente para o coração, órgão que, ironicamente, foi a justificava para a passagem, manipulada, das gorduras naturais para a trans como se ela fosse defender o consumidor, exatamente, das doenças do coração! Mais uma fraude na trilha burlesca da gordura trans e sua eminente protagonista, a margarina.
NOTA DO SITE 4: Então, nada ‘mais natural’ do que os grandes esquemas internacionais produtores desta vergonha chamada ‘margarina’, descaradamente, mudem sua fórmula original. Agora, pasmem, introduz-se inclusive manteiga e soro de leite e o processo de ‘hidrogenização’, chama-se agora: interesterificação. E sabem como ele é? Consiste simplesmente numa mistura das gorduras condenadas antes, manteiga e soro de leite, com o mesmo óleo totalmente hidrogenado (lembram como era o processo da gordura trans? a gordura vegetal, líquida, era hidrogenada e assim ficava pastosa ou semi-sólida o que veio a ser mais ‘prático’ do que a manteiga que ‘endurecia’ quando refrigerada) com óleos vegetais líquidos. No entanto, (vejam a canalhice!) determinadas pesquisas, já mostram ser esta opção industrial também geradora de problemas sérios à saúde. De quem? Dos mesmos consumidores incautos, desavisados, ingênuos, negligentes e manipuláveis!
NOTA DO SITE 5: Por que será então, depois disso tudo, que a FDA ainda permite, como se verá abaixo, que esta fraude industrial continue a envenenar os gloriosos norte americanos, até 2021?)
DETERMINAÇÃO FINAL SOBRE ÓLEOS PARCIALMENTE HIDROGENADOS (Removendo a Gordura Trans)
Em 2015, a FDA/Food and Drugs Administration (nt.: Administração de Alimentos de Medicamentos dos EUA) divulgou sua determinação final de que os óleos parcialmente hidrogenados/OPHs (nt.: em inglês PHOs/Partially Hydrogenated Oils) não são ‘geralmente reconhecidos como seguros’ (GRAS/Generally Recognized as Safe). A determinação é baseada em extensa pesquisa sobre os efeitos das gorduras trans, bem como da contribuição das partes interessadas durante o período de comentários públicos.
Os óleos parcialmente hidrogenados/OPHs são a principal fonte alimentar de gordura trans artificial, em alimentos processados. Removê-las dos alimentos processados pode prevenir, todos os anos, milhares de ataques cardíacos e mortes. Para saber mais sobre a gordura trans, consulte nossa página Trans Fat (nt.: página da agência onde traz todo seu entendimento a respeito desta gordura sintetizada artificialmente). É importante notar que a gordura trans não desaparecerá completamente dos alimentos porque ocorre naturalmente em pequenas quantidades na carne e nos produtos lácteos, além de estar presente em níveis muito baixos em outros óleos comestíveis.
IMPLEMENTAÇÃO
A FDA está ampliando a data de conformidade para certos usos de óleos parcialmente hidrogenados (OPHs). Para a maioria dos usos destes óleos, 18 de junho de 2018, permanece sendo a data após a qual os fabricantes não poderão mais adicioná-los aos alimentos. No entanto, para permitir uma transição ordenada no mercado, a FDA está permitindo mais tempo para os produtos produzidos antes de 18 de junho de 2018 e sejam trabalhados através da distribuição. A agência está estendendo a data de cumprimento para esses alimentos até 1º de janeiro de 2020. Essa ação equilibra os benefícios de saúde de remover as gorduras trans do suprimento de alimentos com a necessidade de fornecer uma transição ordenada no mercado.
Ao mesmo tempo, a agência nega uma petição de aditivo alimentar da Grocery Manufacturers Association/GMA (nt.: é uma associação comercial norte americana, mais conhecida como ‘Lobby’, que representa as maiores empresas de produtos alimentícios, bebidas e bens de consumo do mundo) solicitando aprovação para certos usos limitados de OPHs. Para dar tempo à reformulação, a agência está estendendo até 18 de junho de 2019 a data de cumprimento para interromper a fabricação de alimentos com esses usos específicos e limitados peticionados de OPHs, e até 1º de janeiro de 2021 para que esses produtos passem pela distribuição.
Usos do Produto | Data Original | Data Estendida |
Fabricação de alimentos com usos não peticionados e OPHs | 18/junho/2018 | Não estendida |
Alimentos fabricados com usos não peticionados de OPHs antes de 18 de junho de 2018 | 18/junho/2018 | 01/janeiro/2020 |
Usos do Produto | Data Original | Data Estendida |
Fabricação de alimentos com usos peticionados de OPHs | 18/junho/2018 | 18/junho/2019 |
Alimentos fabricados com usos peticionados de OPHs depois 18 de junho de 2019 | 18/junho/2018 | 01/janeiro/2021 |
RETROSPECTIVA
Em janeiro de 2006, a FDA exigiu que a indústria de alimentos declarasse a quantidade de gordura trans na tabela do rótulo Informações Nutricionais. Uma das principais funções reguladoras da FDA é garantir que os alimentos, incluindo todas as substâncias adicionadas a eles, sejam seguros. Em novembro de 2013, a agência determinou preliminarmente que as gorduras trans não eram “geralmente reconhecidas como seguras” (GRAS) para uso em alimentos (nt.: note-se a ironia: a tal indústria de alimentos já vinha tendo 5 anos para ‘se adequar’…. mas irá agora, magicamente, adequar-se nos próximos 3 anos??). A determinação final foi, preliminarmente, divulgada em 16 de junho de 2015. Essa determinação foi baseada em extensa pesquisa sobre os efeitos destas gorduras, bem como nas contribuições fornecidas por todas as partes interessadas e recebidas durante o período das audiências públicas.
(NOTA FINAL DO SITE: A Anvisa não exige mais (2008) que os fabricantes grafem gordura vegetal hidrogenada por extenso nas embalagens, permitindo que ela seja indicada apenas como gordura vegetal…. será que isso quer dizer alguma coisa para os nossos consumidores incautos, desavisados, ingênuos, negligentes e manipuláveis!).
Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, setembro de 2018.