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FDA

https://www.thenewlede.org/2022/08/fda-says-59-of-us-foods-tested-contain-pesticide-residues

CAREY GILLAM

11.08.2022

Resíduos de pesticidas foram detectados em 59% das amostras de alimentos dos EUA testadas pela Food and Drug Administration (FDA) em seu programa de testes anual mais recente, revelou a agência em um novo relatório.

Aproximadamente 77% das frutas domésticas, 60% dos vegetais e cerca de 53% dos grãos dos EUA amostrados, apresentaram resíduos.

(nt.: destaque acima deste parágrafo inicial dado pela tradução. A intenção é não só mostrar como destacar em que mundo vivemos! Esses percentuais são os EUA! Imagina-se no Brasil! Esse é o resultado do descalabro do agronegócio com os agrotóxicos e outros insumos industriais como sustentáculos da produção de alimentos.)

A agência disse que analisou 2.078 amostras de alimentos humanos, descobrindo que 51,6% dos alimentos importados continham resíduos de agrotóxicos em comparação com 59,2% dos alimentos domésticos dos

É comum que os agricultores convencionais usem uma variedade de agrotóxicos, incluindo herbicidas, inseticidas e fungicidas em seus campos, e às vezes apliquem os produtos químicos diretamente em suas plantações, como meio de combater ervas daninhas, insetos e doenças de plantas. Resíduos desses produtos químicos são encontrados não apenas nos alimentos, mas também na água potável. 

Tanto a FDA quanto o Departamento de dos EUA vêm monitorando os níveis de resíduos de agrotóxicos em alimentos há décadas, relatando suas descobertas anualmente.

A FDA disse que sua amostragem de 2020 foi reduzida pela pandemia de Covid-19. Ele não incluiu leite ou produtos lácteos dos EUA este ano em sua amostragem. A FDA disse que 84% das amostras para este relatório foram importadas de outros países. O novo relatório é para o ano fiscal de 2020, mas acabou de ser finalizado e divulgado este mês.

O relatório mostra que a detecção de resíduos aumentou ligeiramente em relação à análise de 2019. O relatório de 2019 da FDA descobriu que 57,6% das amostras domésticas tinham resíduos de agrotóxicos. Os alimentos importados analisados ​​para o relatório de 2019 apresentaram 50,6% com resíduos.

“Geralmente em conformidade”

A FDA, juntamente com outras agências governamentais, diz que esses resíduos nos alimentos não são considerados um risco para a saúde humana, a menos que atinjam certos “limites máximos de resíduos” (LMR) (nt.: importantíssimos estarmos alertas. Esse conceito de relação -entre dose e dano- de milhares de moléculas artificiais, hoje estão completamente fora da visão paradigmática da Idade Média onde Paracelsus, que SÓ lidava com substâncias naturais, definia de que a dose determinava se uma substância era medicamento ou veneno. Certo. MAS ele lidava com substâncias naturais. Agora são substâncias artificiais que IMITAM hormônios e eles agem em doses INFINITESIMAIS! Exemplo: DDT, proibido em todo o mundo, ainda atua, mesmo banido em 1972 nos EUA e na Suécia e Noruega em 1970 e definitivamente em mais de 30 países em 1995, agora se constatou que age como hormônio feminino e seu metabólito DDE age como anti-andrógeno ou seja, em doses infinitesimais, colocando por terra esse conceito de ‘limites máximos de resíduos'. Agora basta uma mínima dose para apresentar resultados não ‘toxicológicos', mas ‘fisiológicos' por serem ) estabelecidos pela Agência de Proteção Ambiental (EPA/Environmental Protection Agency) para cada agrotóxico usado. na produção de alimentos (nt.: ou seja, pela nossa explanação quaisquer doses já trariam efeitos hormonais definitivos em quaisquer idades).

A FDA disse que em sua amostragem mais recente, 96,8% dos alimentos domésticos e 88,4% dos alimentos humanos importados estavam em conformidade com os padrões federais e não violavam os LMRs. Isso caiu um pouco em relação a 2019, quando o FDA disse que descobriu que 98,7% dos alimentos humanos domésticos e 89,1% importados estavam dentro dos limites permitidos de resíduos de agrotóxicos.

“As descobertas mostram que os níveis de resíduos químicos de agrotóxicos medidos pela FDA no suprimento de alimentos dos EUA estão geralmente em conformidade com as tolerâncias estabelecidas pela EPA”, disse a FDA no relatório.

Mas muitos cientistas e profissionais de saúde duvidam cada vez mais das garantias regulatórias sobre a segurança de uma dieta constante presença de resíduos, questionando o que o consumo a longo prazo dessas contaminações em alimentos pode estar fazendo sobre a saúde humana e animal.

Eles também estão preocupados com o fato de que a EPA, em vários casos, recusou-se a aplicar uma margem de segurança adicional de dez vezes para bebês e crianças ao estabelecer os níveis legais para resíduos de certos agrotóxicos. A EPA disse que nenhuma margem extra de segurança é necessária para proteger as crianças nesses casos.

Como pediatra que trabalhou por muitas décadas para proteger crianças contra exposições perigosas no meio ambiente, incluindo agrotóxicos em alimentos, estou profundamente perturbado com a descoberta de que 59% das amostras de alimentos dos EUA testadas pela FDA contêm quantidades tóxicas.”, (nt.: destaque dado pela tradução) disse Phil Landrigan, que dirige o Programa de Global e o Bem Comum do Boston College

“Embora eu entenda que a maioria deles está presente em níveis abaixo dos padrões federais, também sei que esses padrões podem ser influenciados pela pressão política e que nem sempre protegem a saúde de nossas crianças”, (nt.: observa-se que esse paradigma sobre dose e dano ainda está impregnando inclusive pessoas ligadas à saúde. Para se ver essa mudança histórica de percepção, basta pesquisar no nosso website, o que são e como agem os disruptores endócrinos) disse Landrigan. 

De fato, a EPA aprovou aumentos nos limites legais para certos agrotóxicos ao longo dos anos, a pedido das empresas que os vendem (nt.: mais uma demonstração de que os órgãos que deveriam nos defender, defendem antes de tudo o lucro e o dos CEOs e acionistas das empresas). A EPA aprovou vários aumentos permitidos para resíduos do glifosato químico para matar ervas daninhas, por exemplo. O glifosato é classificado como provável carcinógeno humano pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o , mas a EPA considera que não é provável que cause câncer.

A FDA também analisou alimentos para animais, descobrindo que 70% das amostras de alimentos para animais dos EUA tinham resíduos e 51,6% dos alimentos importados para animais também tinham resíduos. No entanto, todas as amostras de alimentos para animais dos EUA mostraram que estavam dentro dos limites permitidos e 96,8% das amostras de alimentos para animais importados estavam em conformidade com os padrões federais.

O principal agrotóxico encontrado em alimentos para animais, de acordo com a análise da FDA, foi o glifosato. Resíduos de glifosato foram detectados em 17 das 27 amostras de alimentos para animais, segundo a FDA.

Agrotóxicos mais comuns

A FDA lista os agrotóxicos que se encontram em ordem de frequência detectada. Este ano, os mais prevalentes detectados foram o fungicida azoxistrobina (nt.: permitido no para várias culturas); seguido pelo inseticida imidaclopride (nt.: permitido no Brasil para várias culturas. É um neonicotinoide, família de venenos considerada como a grande exterminadora de abelhas e outros insetos indispensáveis para polinização das flores); o fungicida boscalid (nt.: permitido no Brasil); fludioxonil (nt.: permitido no Brasil), outro fungicida; e cipermetrina (nt.: piretroide usado no país e é muito tóxico), um inseticida; e tiametoxam (nt.: outro neonicotinoide permitido), também um inseticida.

(Relatório de Pesticidas do Programa de Monitoramento de Resíduos de Pesticidas da FDA para o ano fiscal de 2020)

Tradução livre, parcial, de Luiz Jacques Saldanha, agosto de 2022.

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