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Mercúrio em índios de área Yanomami

18 de março de 2016 by Luiz Jacques

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Mercúrio em índios de área Yanomami. Pesquisa revela alto nível deste metal na Comunidade indígena, em Roraima.

 

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/552318-pesquisa-revela-nivel-alto-de-mercurio-em-indios-de-area-yanomami-em-rr

A reportagem é de Valéria Oliveira, publicada por G1, 05-03-2016.

Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre contaminação por mercúrio em índios da Terra Indígena Yanomami, no Norte de Roraima, revela que povos das etnias Yanomami e Ye’kuana têm sido extremamente atingidos, principalmente mulheres e crianças. O nível alto de Mercúrio nas pessoas estudadas chega a 92,3%, conforme a pesquisa. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (3) nas comunidades.

A pesquisa usou amostras de cabelos de índios que vivem nas comunidades Papiú, Waikás e Aracaçá, regiões onde há grande exploração de garimpo ilegal de ouro. Os resultados serão apresentados aos órgãos fiscalizadores, ambientais e aos responsáveis pela saúde indígena.

Das amostras colhidas, o estudo constata que os índios Yanomami que vivem em Aracaçá são os que têm índices mais preocupantes.

Foram estudadas 13 pessoas, dessas, 92,3% estão contaminadas com nível alto de Mercúrio. O número aceitável, conforme a pesquisadora Cláudia Vega, é de 6 microgramas de Mercúrio por grama de cabelo.

Na comunidade Waikás, onde a população é formada por Ye’kuana, foram colhidas 47 amostras. Os resultados revelam 27% de contaminação entre o número de pessoas estudadas. A região de Papiú foi a que teve o menor índice: de 179 indígenas pesquisados, apenas 6% estavam contaminadas com o Mercúrio.

“Estamos associando essa diferença de exposição pela proximidade e interações com as regiões de garimpo. Eles ingerem o Mercúrio, na maioria dos casos, comendo o peixe contaminado e a substância passa para o corpo. A contaminação afeta todo o sistema nervoso, principalmente o central”, explica Cláudia.

Ainda de acordo com a pesquisadora da Fiocruz, a contaminação de mercúrio no corpo pode cauSAR problemas neurológicos, neuromotores e sistêmicos. Entretanto, a pesquisa analisou somente os índices de contaminação.

O Mercúrio é o único metal líquido em temperatura ambiente que se une facilmente ao ouro, formando uma liga metálica. Esse material, então, é aquecido, o Mercúrio se evapora e o ouro se funde sozinho. O excesso de Mercúrio restante desse processo é lançado diretamente nos rios e entra na cadeia alimentar, por meio da inGEStão de água e peixes.

O líder indígena Reinaldo Rocha Ye’kuana se diz preocupado com a situação. “Ficamos preocupados com o resultado da pesquisa. A contaminação atinge plantas, animais e pode também afetar nossa futura geração”, relatou. Ainda de acordo com ele, haverá um trabalho de conscientização na comunidade.

Pesquisa

A pesquisa sobre a contaminação por Mercúrio na Terra Indígena Yanomami teve início em novembro de 2014, após conversas entres os líderes indígenas e o coordenador do Instituto Sócio Ambiental (ISA), Marcos Wesley de Oliveira, sobre a presença de garimpeiros nas comunidades.

“A presença de garimpeiros que usam o Mercúrio próximo às comunidades gerou preOcupação com a saúde dos indígenas. Com isso, entramos nas regiões e fizemos as coletas de mechas de cabelo e de peixes, para que fossem feitas as análises. Agora, os resultados foram apresentados aos indígenas e serão enviados aos órgãos competentes”, explica Oliveira.

Além dos resultados apresentados nas comunidades, os pesquisadores também devolveram as amostras de cabelos usadas na pesquisa. O trabalho realizado nas comunidades teve ainda o apoio da Hutukara Associação Yanomami e Associação do Povo Yanomami no Brasil (Apyb).

PARA LER MAIS:

  • 09/11/2015 – Yanomami e Ye’kwana do Brasil e da Venezuela constroem agenda de trabalho conjunta para 2016
  • 12/08/2009 – Surto de malária se intensifica na Terra Indígena Yanomami
  • 03/03/2016 – Fiscalização flagra exploração de mão de obra indígena e trabalho infantil
  • 31/10/2013 – Países devem banir mercúrio até 2020
  • 20/05/2015 – Ribeirinhos de Rio Madeira (RO) estão sob maior risco de exposição ao mercúrio
  • 28/04/2015 – Philips pagará R$ 20 mi a ex-empregados que foram contaminados por mercúrio
  • 22/01/2013 – Países reduzirão uso de mercúrio
  • 14/01/2013 – Brasil debate acordo para banir mercúrio na próxima década
  • 04/08/2012 – Governo vai acabar com mercúrio em garimpos
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Arquivado em: Destaques, Ecologia, Resíduos, Saúde, Tradições Marcados com as tags: Comunidade indígena, Crime contra humanidade, Mercúrio, Veneno ambiental, Yanomami

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Comentários

  1. CARLA SANTOS diz

    24 de maio de 2016 em 10:08

    Por um lado, é desesperador…Por outro lado, sabemos que é uma consequência de um progresso capitalista que, infelizmente, mantém a roda viva da vida. Daí, surge um questionamento, divulgar para a massa o que adiantaria, se a maioria não terá condições técnicas de entendimento? E os que tem, no caso dos agentes sanitários, por que não orientam as pessoas? A verdade é que adquirimos maus hábitos pela facilidade de aquisição e uso dos produtos contaminados…Sem contar tantos outros empecilhos…A população cresce muito, e muito rápido. Penso se isso tudo não teria, propositalmente, ainda, a intenção de redução da população mundial? Se isso tudo é prejudicial por que as instituições responsáveis pela saúde das pessoas não fiscalizam, proibindo a produção e/ou o uso dessas substâncias químicas letais a todos os seres do planeta?

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