Dejetos de Animas Confinados nos EUA Contaminam a Água Potável, Afetando Comunidade

Esgoto Dos Confinamentos

https://www.ewg.org/agmag/2016/09/wis-farm-group-admits-tainting-drinking-water-continues-failing-residents

Por Emily Cassidy

15 DE SETEMBRO DE 2016

E se o seu vizinho derramar produtos químicos tóxicos em sua água potável, e concorda pagar só parte da limpeza?

Provavelmente não ficaríamos nada felizes.

Bem, é exatamente isso que está acontecendo no nordeste de Wisconsin (nt.: estado que fica no centro norte dos EUA, na região dos Grandes Lagos). Uma propriedade rural, chamada Peninsula Pride Farms, admitiu recentemente ser responsável pela dispersão da bactéria Escherichia coli, micro-organismo patogênico, contaminando a água potável da localidade onde se situa. 

No entanto, ele está preparado para pagar somente parte da descontaminação (part of the cleanup) do esterco de suas vacas leiteiras que é despejado no ambiente. Fará isso ou terá que fornecer água engarrafada para os residentes com poços contaminados por alguns meses.

Em torno de 30% dos poços analisados (30 percent of the wells tested) no condado de Kewaunee, Wisconsin, apresentaram níveis inseguros com contaminação biológica, como a bactéria E. coli, ou químico como os nitratos. Isso é oriundo principalmente pela descarga dos dejetos dos animais, in natura, das fazendas do condado.

O anúncio do grupo agrícola, composto por 35 operações de vacas leiteiras, ocorre depois que os moradores do condado de Kewaunee acionaram juridicamente (residents in the Kewaunee County filed lawsuits) o Departamento de Recursos Naturais do Estado de Wisconsin (nt.: em inglês – Wisconsin’s Department of Natural Resources) para exigir que estabelecesse padrões mais rígidos quanto à poluição agrícola. Os moradores do condado estão preocupados com a má qualidade dos rios, lagos e córregos locais.

Muitos mananciais hídricos na região estão indicados na lista de Águas Contaminadas (Impaired Waters list) da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (nt.: Environmental Protection Agency/EPA), indicando que estão totalmente impróprios para lazer, pescar, nadar e ingerir. As principais fontes de contaminação são fezes bovina, fertilizantes da alta concentração (nt.: conhecidos como adubos solúveis NPK) empregados pelas fazendas e resíduos das rações concentradas fornecidas aos animais concentrados.

Os habitantes locais estão, por isso, receosos com os efeitos sobre a saúde de todos pelos poluentes presente na água que sai das torneiras.

Muitos destes poluentes deste tipo de práticas agrícolas apresentam sérias preocupações com a saúde. Bactérias patógenas como a E. coli , proveniente das fezes das vacas, podem causar diarreia sanguinolenta (bloody diarrhea), colites (stomach cramps), febre e vômitos (fever and vomiting). Esta bactéria patogênicas também pode causar oenças respiratórias, pneumonia e infecção urinária (respiratory illnesses, pneumonia and urinary tract infections).

Consumir água contaminada com altos teores de nitratos, esterco e fertilizantes, poderá duplicar a possibilidade de alguém contrair um câncer de bexiga, tiroide ou mesmo dos ovários (bladder, thyroid and ovarian cancer).

Ao mesmo tempo que os poluidores aceitaram cobrir parte dos custos da limpeza das águas, seu processo agrícola gerando contaminação continua sem regulamentação. Os habitantes do condado exigem que a água fornecida e que saia da torneira seja potável e segura. Mas ao contrário, oferecem um paliativo na forma de curativo para a enfermidade de seus filhos

Além de auxiliar a remediação para a água potável que já está poluída, aos pecuaristas deveria ser ao menos exigido que fizessem o mínimo para resguardarem, em primeiro lugar, as águas de serem poluídos.

Alguns produtores estão fazendo a coisa certa ao empregarem técnicas de conservação de baixo custo, como manejo de do esterco animal, bem como implantando faixas de gramadas de amortecimento (grassy buffer strips) para impedir a a dispersão dos dejetos, o que a maioria não o faz. 

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, janeiro de 2020.