Índios munduruku perdem a paciência e reagem.
"A situação em Jacareacanga nestes dias está tensa. Finalmente a tensão se dá porque o povo Munduruku ainda é capaz de se unir e resistir às agressões dos que se tornam seus inimigos. A forma agressiva de sua reação ao assassinato de seu parente pode ser criticada pelos bem pensantes da sociedade, mas quem vive aqui mais próximos deles e sente como são marginalizados pelo própio governo brasileiro, que programa tantas barragens nos rios da região, sabe que esse gesto forte de indignação é justo. Oxalá, munduruku e pariwat (não índios, na lingua deles) se unam e se organizem para resistir a tantas formas de violação de nossos direitos. É preciso concretizar a farse do hino nacional: " verás que um filho teu não foge à luta ...", esceve Edilberto Sena, padre coordenador geral da Rádio Rural de Santarém, presidente da Rede Notícias da Amazônia – RNA e membro da Frente em Defesa da Amazônia – FDA, ao enviar o artigo que publicamos a seguir.